domingo, 13 de março de 2016

Formei minha mentalidade jornalística num tempo em que os articulistas eram Julio de Mesquita Filho, Oliveiros da Silva Ferreira, Paulo Francis, Otto Maria Carpeaux, Álvaro Lins, Sérgio Milliet e dezenas de outros do mesmo calibre. Quando hoje ouço alguém dizer que um coitado como esse tal de Ayan “tem textos brilhantes”, vejo que o abismo cultural já não tem mais fundo.

Olavo de Carvalho Minha obra JÁ FOI JULGADA, e por escritores DAQUELA GERAÇÃO. Opiniões de moleques analfabetos funcionais só me interessam como sintomas clínicos da miséria mental brasileira.

O pressuposto básico do debate democrático é a RESPONSABILIDADE CIVIL, PENAL, INTELECTUAL E PROFISSIONAL DOS PARTICIPANTES. POR ISSO O ANONIMATO É PROIBIDO E, EM TODOS OS CASOS, IMORAL. Só um cretino acha que debate é um confronto de “argumentos” descarnados pairando no céu das idéias puras, sem pessoas humanas por trás. O Ayan não tem desculpa: é um criminoso chinfrim e nada mais — alguém que só merece admiração e apoio de mentes disformes como Maestro Bagos, Veadascos e similares. cada um deles garantia infalível de manobra fraudulenta.

No presente estado de coisas, a primeira obrigação intelectual do brasileiro é ter uma opinião sobre todas as coisas existentes, inexistentes e por existir. A segunda é conservá-la intacta por toda a vida. A terceira é tomar o máximo cuidado para que qualquer palavra que diga sobre uma coisa não pareça, nem em sonhos, contradizer algo que anos antes ele disse sobre outra coisa ou (catástrofe!) sobre a mesma coisa. A quarta é ler tudo como se fosse um tratado de química ou de geometria, com conceitos estabelecidos e significados estáveis. A quinta e mais decisiva — conseqüencia das outras quatro — é nunca entender porra nenhuma de nada.


O de C

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