Formei minha mentalidade jornalística num tempo em que os
articulistas eram Julio de Mesquita Filho, Oliveiros da Silva Ferreira,
Paulo Francis, Otto Maria Carpeaux, Álvaro Lins, Sérgio Milliet e
dezenas de outros do mesmo calibre. Quando hoje ouço alguém dizer que um
coitado como esse tal de Ayan “tem textos brilhantes”, vejo que o
abismo cultural já não tem mais fundo.
Olavo de Carvalho Minha
obra JÁ FOI JULGADA, e por escritores DAQUELA GERAÇÃO. Opiniões de
moleques analfabetos funcionais só me interessam como sintomas clínicos
da miséria mental brasileira.
O pressuposto básico do debate democrático é a RESPONSABILIDADE
CIVIL, PENAL, INTELECTUAL E PROFISSIONAL DOS PARTICIPANTES. POR ISSO O
ANONIMATO É PROIBIDO E, EM TODOS OS CASOS, IMORAL. Só um cretino acha
que debate é um confronto de “argumentos” descarnados pairando no céu
das idéias puras, sem pessoas humanas por trás. O Ayan não tem desculpa:
é um criminoso chinfrim e nada mais — alguém que só merece admiração e
apoio de mentes disformes como Maestro Bagos, Veadascos e similares.
cada um deles garantia infalível de manobra fraudulenta.
No presente estado de coisas, a primeira obrigação intelectual do
brasileiro é ter uma opinião sobre todas as coisas existentes,
inexistentes e por existir. A segunda é conservá-la intacta por toda a
vida. A terceira é tomar o máximo cuidado para que qualquer palavra que
diga sobre uma coisa não pareça, nem em sonhos, contradizer algo que
anos antes ele disse sobre outra coisa ou (catástrofe!) sobre a mesma
coisa. A quarta é ler tudo como se fosse um tratado de química ou de
geometria, com conceitos estabelecidos e significados estáveis. A quinta
e mais decisiva — conseqüencia das outras quatro — é nunca entender
porra nenhuma de nada.
O de C
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