sexta-feira, 8 de abril de 2016

Esvaziar de sua substância espiritual e moral os costumes tradicionais, mas valorizando cada vez mais a sua casca econômico-social: tal tem sido há décadas a política da indústria cultural americana. Quanto mais se avacalha com a instituição do casamento, mais ricos e brilhantes se tornam os vestidos de noiva e as festas de casamento.

Bons tempos aqueles em que Charles Péguy podia escrever: "Tout commence en mystique et finit en politique." Hoje a mística termina em marketing.

Esvaziada da moral cristã que a controlava, a sociedade capitalista se torna tão deprimente que os ricos e famosos começam a implorar por um lugarzinho no "paredón". Se não o encontram, tratam pelo menos de morrer de Aids ou de overdose.

Vejam o que é a mentalidade capitalista esvaziada do cristianismo. Paypal e Apple boicotam o Estado de North Carolina por não obrigar as mulheres a mijar nos banheiros de homens, mas fazem negócios com a Malásia e Cuba, onde gays e transgêneros são tratados como lixo.

A imposição de leviandades arbitrárias como se fossem mandamentos divinos é a essência do "politicamente correto".

O capitalismo, em si e por si, não é nenhum valor moral. É apenas uma técnica. Nenhuma técnica determina, por si mesma, as finalidades do seu uso. O capitalismo pode ser usado para promover a liberdade ou para escravizar todo mundo no culto de babaquices hipnóticas.


O de C

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