sexta-feira, 1 de abril de 2016

Quando eu era pequeno, ver a minha mãe sofrer, sem poder ajudá-la, me levava ao desespero e quase à loucura. Meus desenhos da época -- eu desenhava dia e noite -- tinham um tema recorrente: um homem maduro e forte, com uma barba muito preta, socorria um bebê, um cachorro, uma velhinha em apuros. Eu queria ser esse homem, é claro. Mas, na ocasião, tudo o que eu podia fazer pela minha mãe -- ou por quem quer que fosse -- eram micagens para fazê-la rir por uns momentos. Até hoje tento aliviar os sofrimentos das pessoas por meio de piadas. Às vezes consigo.

O de C

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