Todo mundo sabe que, nos cursos universitários de filosofia e
ciências humanas, no Brasil, não se lê jamais um livro inteiro, apenas
apostilas ou pedaços de apostilas; que neles a mera obediência servil
aos caprichos ideológicos do professor é infinitamente mais valorizada
do que o conhecimento, o talento, a criatividade ou o simples domínio do
idioma em que se escreve; que neles não há um só professor capaz de
sustentar, sem vexame, dez minutos de debate filosófico ou político com
um bosta como eu, que nem terminou a quarta série. Por que, então,
continuar fingindo que essas instituições são sérias, em vez de admitir
logo que são quadrilhas de falsários, tão confiáveis quanto a idoneidade
administrativa do PT, as contas da presidência da República ou o
catolicismo da CNBB?
Relendo o parágrafo anterior, notei um detalhe: Vocês já viram um
guru com pretensões de infalibilidade, que se coloca a si próprio no
topo da hierarquia intelectual e cultiva nos seus alunos a obediência
servil e a adoração idolátrica, referir-se a si mesmo como "um bosta que
nem terminou a quarta série"? Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.
Deus escreve direito por linhas tortas e revela aos zés-manés o que
esconde dos doutores. Se eu tivesse ao menos terminado a porra da quarta
série, o vexame dos ilustres professores universitários que se melam
de alto a baixo ao discutir comigo seria um pouco menor...
Deus inventou o Olavo para que a desmoralização da classe
universitária brasileira fosse completa, indisfarçável e indesculpável.
O de C
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