quarta-feira, 11 de maio de 2016

A contrapelo de tantas teorias musicais modernas, que sob influência kantiana entendem a música como puros sons matematicamente ordenados, independentes das emoções que possam despertar no ouvinte, a mim me parece evidente que essa concepção é uma amostra típica do pensamento metonímico. Os sons assim considerados só existem como entes de razão, já que ALGUMA emoção virá sempre com eles, não só na alma do ouvinte, mas do próprio executante, e só pode ser separada deles na mente, não na realidade. Concretamente falando, a música é sempre uma seqüência ordenada de emoções conduzidas por uma seqüência de sons planejada para isso. A satisfação "puramente intelectual" do músico que deseja fazer abstração das emoções não é senão uma emoção entre outras possíveis.

O de C

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