A direita, se quer progredir, não precisa de nenhuma "unidade" entre os incompatíveis, não precisa de afagos a oportunistas e vigaristas. Precisa exatamente do contrário. Precisa de um partido inicialmente pequeno, mas disciplinado e intransigente, que NÃO ACEITE ALIANÇAS COM NINGUÉM e não ceda UM MILÍMETRO DO SEU PROGRAMA, seja sob o pretexto que for. Esse programa tem de ser simples, claro, e refletir as preferências majoritárias do povo brasileiro, tal como reveladas em sondagens de opinião, SEM NADA LHES ACRESCENTAR NEM TIRAR.
Esse partido tem de possuir um bom serviço de inteligência e um bom grupo de intelectuais qualificados para oferecer diagnósticos e cenários para orientar a liderança. Só deve aceitar militantes que prometam, pela causa, sacrificar SUA VIDA, SUA HONRA, SEUS BENS E SUA LIBERDADE, como os Founding Fathers. O resto é conversa mole de palpiteiros amadores.
Felipe Halley Duque Professor Olavo, você acredita mesmo que um sistema totalmente voltado a políticas de direita daria certo no Brasil?
Olavo de Carvalho SÓ políticas de direita dão certo.
André Soffa Professor:
a direita não poderia afiliar-se em massa num partido já existente?
Isso pouparia tempo, tendo em vista a burocracia do processo. Os
afiliados, após, sendo maioria, executariam as mudanças necessárias no
estatuto e ideário do partido.
Olavo de Carvalho Sim. Entrar num partido, dominá-lo e expulsar os oportunistas.
E o nome desse partido deve ser simples: Partido Conservador.
Para um partido desse tipo se tornar viável, é preciso fixar desde o início o seguinte ponto: o militante que contribuir com MUITO dinheiro terá direito a UMA VOZ e UM VOTO. Nada mais, nem menos.
Este é o tipo do palpiteiro intrigante que, num partido sério, deve ser excluído "in limine":
BLOQUEEI o tal do Fernando Soares, que nunca fez porra nenhuma pelo Brasil e quer me passar pito. Esse é o tipo do parasita que tem de ser banido de todos os ambientes decentes.
Se vocês querem mesmo uma "organização" -- ou "partido"-- de direita, não se esqueçam de traçar uma fronteira bem nítida entre quem é militante, obediente e fiel ao programa e aos líderes, e quem apenas apóia (ou diz apoiar) o partido em pontos determinados do seu programa, ou em momentos específicos do combate político. Nenhum comunista com QI superior a 12 jamais confundiu militantes com meros "companheiros de viagem". E a turma da direita, quando fala em "união", está sonhando justamente em abolir essa diferença para não magoar suscetibilidades.
Nando Castro O senhor acredita que, mesmo do jeito que a política no Brasil é feita, é possível haver um partido assim?
Curtir · Responder · 13 · 3 de julho às 20:07
Olavo de Carvalho Ou vai haver, ou o país estará fodido para sempre.
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