O analfabeto funcional lê todas as sentenças em sentido absoluto,
material e chapado, como se fossem juízos atomísticos num manual de
química. É insensível às nuances, imprecisões e ambigüidades que tornam
possível a linguagem literária. Objeções levantadas por um analfabeto
funcional são irrespondíveis, pois versam sobre objetos da sua própria
invenção, alheios àquilo que ele imagina questionar. Pode-se analisá-las
e corrigi-las, mas isso é quase como realfabetizá-lo;
é uma trabalheira sem fim. Mas, se você perde a paciência e o manda
tomar no cu, ele logo apela ao chavão consagrado, que copia de outros
contextos sem entendê-lo: “Você não tem argumentos. Só usa ‘ad hominem
O de C
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