sábado, 26 de março de 2016

Em meio século de profissão jornalística, nunca vi alguém perder o emprego por ser gay, negro, mulher ou índio. Nem, aliás, por ser comunista. Dizem que o Carpeaux e o Cony perderam os seus por essa razão. Conversa mole. Perderam porque o "Correio da Manhã" faliu. O primeiro logo conseguiu um emprego melhor na imperialista Encyclopedia Britannica, e o segundo na "Manchete", sob a proteção do reacionaríssimo Dr. Adolpho Bloch.

No tempo da ditadura, todos os jornais em São Paulo eram dirigidos por esquerdistas. As únicas exceções eram o "Notícias Populares", jornalzinho de escândalo inventado e dirigido pelo mítico Jean Mellé, e a "Folha da Tarde" publicação sem leitores, falida desde o berço, onde, já no fim do período, os comunistas acabaram cedendo seus lugares a uma dupla reacionária, Sergio Paulo Freddy e Antonio Aggio Jr., que na época eu considerava meus inimigos de estimação.

O de C

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