Infelizmente, todo o impulso do movimento popular, boicotado pelos
puxa-sacos da classe política e incapaz de organizar-se para uma efetiva
resistência pacífica, acabou sendo canalizado para a única direção que
restava: o pedido de impeachment. Era apenas um prêmio de consolação,
mas, no momento, até essa miséria está difícil de obter. Não adianta o
Dr. Ribas Paiva arrotar doutrina sobre a constitucionalidade da
"intervenção militar", pois intervenção não depende disso e sim da
vontade dos militares, a qual até agora se revelou inexistente.
Desprezar os pedidos de impeachment, no começo, era apostar numa
estratégia mais abrangente, que eu mesmo sugeri na ocasião; na presente
situação, é desistir do ÚLTIMO recurso que resta contra o esquema
comunolarápio. Mendigo orgulhoso que recusa esmola pequena acaba é
morrendo de fome.
Sempre concordei que, na situação de controle hegemônico montada pelo
PT, uma intervenção militar seria constitucional e legítima. O problema
não é esse. É que simplesmente os militares NÃO QUEREM intervir. A
coisa mais inútil do mundo é ficar dizendo o que os outros deveriam
fazer.
Impeachment, impugnação das eleições, intervenção militar, etc., são
ALTERNATIVAS TÁTICAS. Discutir as táticas antes de ter um plano
estatégico é coisa de um amadorismo patético. TODOS os movimentos de
direita no Brasil são culpados disso.
Impeachment, intervenção militar, impugnação das eleições, etc. --
tudo isso é muito bonito, mas não passa de um conjunto de táticas
auxiliares. A única coisa essencial para a salvação do Brasil é a
ORGANIZAÇÃO DA MASSA PARA A DESOBEDIÊNCIA CIVIL MACIÇA. Digo isso desde
março de 2015. É como falar com um poste.
O de C
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