quinta-feira, 31 de março de 2016

Infelizmente, todo o impulso do movimento popular, boicotado pelos puxa-sacos da classe política e incapaz de organizar-se para uma efetiva resistência pacífica, acabou sendo canalizado para a única direção que restava: o pedido de impeachment. Era apenas um prêmio de consolação, mas, no momento, até essa miséria está difícil de obter. Não adianta o Dr. Ribas Paiva arrotar doutrina sobre a constitucionalidade da "intervenção militar", pois intervenção não depende disso e sim da vontade dos militares, a qual até agora se revelou inexistente. Desprezar os pedidos de impeachment, no começo, era apostar numa estratégia mais abrangente, que eu mesmo sugeri na ocasião; na presente situação, é desistir do ÚLTIMO recurso que resta contra o esquema comunolarápio. Mendigo orgulhoso que recusa esmola pequena acaba é morrendo de fome.

Sempre concordei que, na situação de controle hegemônico montada pelo PT, uma intervenção militar seria constitucional e legítima. O problema não é esse. É que simplesmente os militares NÃO QUEREM intervir. A coisa mais inútil do mundo é ficar dizendo o que os outros deveriam fazer.

Impeachment, impugnação das eleições, intervenção militar, etc., são ALTERNATIVAS TÁTICAS. Discutir as táticas antes de ter um plano estatégico é coisa de um amadorismo patético. TODOS os movimentos de direita no Brasil são culpados disso.

Impeachment, intervenção militar, impugnação das eleições, etc. -- tudo isso é muito bonito, mas não passa de um conjunto de táticas auxiliares. A única coisa essencial para a salvação do Brasil é a ORGANIZAÇÃO DA MASSA PARA A DESOBEDIÊNCIA CIVIL MACIÇA. Digo isso desde março de 2015. É como falar com um poste.


O de C

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