Quando me perguntam se existe a possibilidade de uma guerra civil no
Brasil, tenho respondido invariavelmente a mesma coisa: o que é mais
possível é uma agressão externa camuflada sob uma tênue aparência de
guerra civil.
Joe Patriota : Você está chegando atrasado, Mais de um ano atrás já
expliquei todas as dificuldades que, no plano internacional, dificultam
ou bloqueiam até agora uma ação das Forças Armadas. Mas isso não impede
que, esperando uma agressão externa para só então agir, elas então
entrem em campo carregando, justa ou injustamente, a culpa de nada ter
feito para impedir que essa possibilidade temível se concretizasse.
Vinte anos atrás já expliquei, em conferências pronunciadas em
instituições militares, toda a preparação do esquema agressivo
internacional criado para dar respaldo aos comunistas brasileiros no
poder. Se, agora que esse esquema está pronto para entrar em ação, os
militares o alegam como desculpa para a sua omissão no momento, isso não
explica os vinte anos de omissão durante os quais eles simplesmente
esperaram que o esquema crescesse e se consolidasse.
Não duvido, que na cabeça de pelo menos alguns oficiais militares, só
existam duas possibilidades: ou o poder total, ou nada. Não estão
dispostos a intervir para devolver o poder ao povo, mas intervirão para
dá-lo a si mesmos. Só que, para isso, é preciso esperar que a situação
se agrave até o ponto de uma agressão externa. Aí sairemos de uma
ditadura comunista para cair numa ditadura militar, que o povo
desesperado aplaudirá como salvadora da pátria.
Tanto a longa omissão das Forças Armadas quanto sua possível ação
tardia em face de uma agressão externa que poderia ter sido evitada,
terão sido tremendamente impatrióticas. NADA no mundo, nenhuma
esperteza, nenhuma estratégia, nenhum cálculo inteligentíssimo,
substitui a ação correta e justa inspirada pelo verdadeiro amor ao bem.
Uma intervenção militar deveria ter ocorrido tão logo se revelaram os
planos continentais do Foro de São Paulo e a montagem do esquema de
corrupção criado para sustentá-los. Quando alguns patriotas entusiastas
começaram a clamar por ela em 2015, já era tarde. Uma próxima
oportunidade, só em caso de agressão externa, uma ameaça que deveria ter
sido abortada, no máximo, até 2005, quando Lula fez o seu célebre
discurso no décimo quinto aniversário do Foro. A imprevidência é, como
sempre, uma das forças históricas mais decisivas.
É claro que, num caso de agressão externa, nenhum brasileiro recusará
apoio às Forças Armadas. Mas esse apoio teria sido muito mais
entusiástico se elas tivessem agido em tempo de impedir essa desgraça,
em vez de esperar para salvar a pátria "in extremis".
Uma coisa essencial falta a todos os nossos líderes políticos e
militares: GRANDEZA. Todos acham que a esperteza, real ou fingida, a
substitui com vantagem.
Parece que todo mundo, no Brasil, está vivendo no passado, repetindo
scripts caducos. Uns têm saudades da guerrilha continental dos anos 70;
outros, do tempo em que os guerrilheiros estavam na cadeia. Não há, em
todo o país, um número suficiente de cérebros interessados em
compreender a situação internacional de hoje.
O de C
Nenhum comentário:
Postar um comentário