domingo, 20 de março de 2016

Quando me perguntam se existe a possibilidade de uma guerra civil no Brasil, tenho respondido invariavelmente a mesma coisa: o que é mais possível é uma agressão externa camuflada sob uma tênue aparência de guerra civil.

Joe Patriota : Você está chegando atrasado, Mais de um ano atrás já expliquei todas as dificuldades que, no plano internacional, dificultam ou bloqueiam até agora uma ação das Forças Armadas. Mas isso não impede que, esperando uma agressão externa para só então agir, elas então entrem em campo carregando, justa ou injustamente, a culpa de nada ter feito para impedir que essa possibilidade temível se concretizasse.

Vinte anos atrás já expliquei, em conferências pronunciadas em instituições militares, toda a preparação do esquema agressivo internacional criado para dar respaldo aos comunistas brasileiros no poder. Se, agora que esse esquema está pronto para entrar em ação, os militares o alegam como desculpa para a sua omissão no momento, isso não explica os vinte anos de omissão durante os quais eles simplesmente esperaram que o esquema crescesse e se consolidasse.

Não duvido, que na cabeça de pelo menos alguns oficiais militares, só existam duas possibilidades: ou o poder total, ou nada. Não estão dispostos a intervir para devolver o poder ao povo, mas intervirão para dá-lo a si mesmos. Só que, para isso, é preciso esperar que a situação se agrave até o ponto de uma agressão externa. Aí sairemos de uma ditadura comunista para cair numa ditadura militar, que o povo desesperado aplaudirá como salvadora da pátria.

Tanto a longa omissão das Forças Armadas quanto sua possível ação tardia em face de uma agressão externa que poderia ter sido evitada, terão sido tremendamente impatrióticas. NADA no mundo, nenhuma esperteza, nenhuma estratégia, nenhum cálculo inteligentíssimo, substitui a ação correta e justa inspirada pelo verdadeiro amor ao bem.

Uma intervenção militar deveria ter ocorrido tão logo se revelaram os planos continentais do Foro de São Paulo e a montagem do esquema de corrupção criado para sustentá-los. Quando alguns patriotas entusiastas começaram a clamar por ela em 2015, já era tarde. Uma próxima oportunidade, só em caso de agressão externa, uma ameaça que deveria ter sido abortada, no máximo, até 2005, quando Lula fez o seu célebre discurso no décimo quinto aniversário do Foro. A imprevidência é, como sempre, uma das forças históricas mais decisivas.

É claro que, num caso de agressão externa, nenhum brasileiro recusará apoio às Forças Armadas. Mas esse apoio teria sido muito mais entusiástico se elas tivessem agido em tempo de impedir essa desgraça, em vez de esperar para salvar a pátria "in extremis".

Uma coisa essencial falta a todos os nossos líderes políticos e militares: GRANDEZA. Todos acham que a esperteza, real ou fingida, a substitui com vantagem.

Parece que todo mundo, no Brasil, está vivendo no passado, repetindo scripts caducos. Uns têm saudades da guerrilha continental dos anos 70; outros, do tempo em que os guerrilheiros estavam na cadeia. Não há, em todo o país, um número suficiente de cérebros interessados em compreender a situação internacional de hoje.


O de C

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