segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

O adolescente é aquele que já percebe os defeitos dos adultos em redor, e intui seu próprio potencial para superá-los, mas ainda está atado pela obrigação de sujeitar-se a eles e pela impotência de quem mal chegou ao mundo. Esse é essencialmente o seu drama, e a depender de como ele o resolve, pode tornar-se um grande homem ou uma caricatura invertida e trágica da mediocridade que ele rejeita.

Há algo que os pais possam fazer para ajudar na resolução positiva desse drama?
Rafael Falcón
Rafael Falcón Tratar os filhos como adultos ignorantes, não como crianças metidas a besta. O que é mais necessário ao adolescente é um bom conjunto de mentores compreensivos, sejam eles pais, professores, quanto mais, melhor.
 
A geração passada manifestou sua rebeldia juvenil de modo puramente epidérmico, por meio dos movimentos contraculturais, do rock, etc. Viraram isso que estamos cansados de ver. Falando objetivamente, não é um bom exemplo a seguir.

Creio que uma adolescência saudável consista no convívio dialético permanente de dois fatores:
1) A recusa a aceitar a mediocridade reinante; a insistência em entender a fundo tudo o que me causa revolta; a transformação dos meus dramas numa verdadeira jornada intelectual e existencial.
2) A atitude geral de perdão a todos os erros e defeitos das pessoas, e especialmente das que têm poder sobre mim. Aceitar que o mundo pós-adâmico é o reino do demônio, que ignorância e injustiça se espalham por necessidade cósmica, não por culpa exclusiva dos indivíduos.
Numa palavra, a aceitação dos deveres próprios da juventude, mas acompanhada da aguda consciência de que os adultos também se enganam. Esse equilíbrio resulta numa ação obediente, mas insatisfeita; respeitosa, mas emulativa; ambiciosa, mas paciente; piedosa, mas audaz.

RFalcon

 
A frase de Cristo precisa ser adaptada ao Brasil: "na verdade, amais o que devíeis desprezar, e desprezais o que devíeis amar". Brasileiro não odeia nada, porque odiar é feio; então simplesmente finge inexistir tudo aquilo que lhe desagrada -- isto é, as coisas que importam. Quanto aos assuntos e pessoas mais irrelevantes do universo, ah, isso é sempre matéria de vida ou morte, capa de jornal, assunto de todos os blogs.

Atribuí de passagem uma frase a Cristo, num texto informal de um parágrafo cujo tema era a obsessão do brasileiro por detalhes irrelevantes e sua completa falta de interesse pelas coisas que importavam. Apareceu uma discussão nos comentários sobre se o autor da frase seria Cristo mesmo, e onde a teria dito. O interesse é SEMPRE no "quem, como, onde", nunca no "quê". QUOD ERAT DEMONSTRANDUM.

O brasileiro médio tem desprezo pelo conhecimento e, por isso, basta falar algo com seriedade para ele se esquivar do assunto com duplos sentidos, anedotas, etc. O brasileiro inteligente, não: ele se orgulha de, diante de qualquer idéia, ignorá-la completamente em favor de aspectos acidentais da comunicação, aos quais ele atribui uma importância desproporcional e até histérica. Isso é o melhor que você vai encontrar nas universidades. Mais nada.

RFalcon

Sobre a fotografia brasileira atual, parece que só existem dois polos: a beleza publicitária e a feiura "artistica". O que é lamentável.

Josias Teófilo
O regime financista e burocrático da modernidade tem seu principal discurso justificador na ideologia socialista. Um exemplo: a própria idéia de um banco central, de seguro depósito e resgate estatal ao sistema financeiro emergiu com toda a força durante o pânico financeiro de 1907. A Casa de Morgan (J.P Morgan) posou de banco central na época, organizando um resgate para os pobres irmãos que especularam com os depósitos em reserva fracionária e se deram mal. Os ideólogos socialistas e "progressistas" da época (alguns comprados, outros por convicção própria) logo passaram a usar esse episódio como uma prova de que o mercado era caótico e irracional e que um planejamento central benévolo ( como o realizado pelos Morgan) seria o caminho do futuro. Foi assim que a esquerda americana da época ajudou a implementar a mamata suprema para o sistema bancário conhecida como Federal Reserve. Da mesma forma, os Morgan,os Rockfeller e outros megacapitalistas tinham tentado cartelizar o mercado americano no final do século 19, somente para descobrir que sua natureza altamente descentralizada era imune à cartelização final. Novamente se aliaram aos intelectuais "progressistas" para vender o que conhecemos hoje como a "regulação" do mercado, a "defesa da concorrência". No entanto, foi exatamente através das agências reguladoras criadas a partir dessa idéia que que se efetivou o controle estatal e dos grandes grupos econômicos sobre a economia americana. Tanto que um historiador esquerdista, Gabriel Kolko, rastreando e percebendo essa aliança e sua verdadeira natureza, chamou tal resultado de "o triunfo do conservadorismo", já demonstrando a usual incompreensão esquerdosa da natureza revolucionária e centralizadora do pacto entre megacapitalistas e planejadores sociais esquerdistas ( que atingiu sua síntese perfeita no tal "desenvolvimento sustentável").

Murilo, poderia desenvolver (em outro post) essa relação entre a criação das agências de regulação da concorrência e a concentração do mercado na mão de uns poucos interessados?
Murilo Resende Ferreira
Murilo Resende Ferreira Você basicamente cria exigências regulatórias e controle de preços que só podem ser atendidas com eficiência por grandes corporações.
 
Uma estratagema genial: definir o corte sistemático de preços como prática anti-concorrência. Tudo isso baseado na teoria de que um monopolista baixa os preços para depois elevá-los muito acima do patamar anterior. No entanto, até mesmo o Rockfeller se deu muito mal tentando aplicar essa estratégia, perdeu grana e depois teve de subir os preços, sem ter destruído a concorrência. Só que baixar constantemente os preços também é um comportamento de quebra de cartel, exatamente o que os megacapitalistas queriam barrar.
 
Um exemplo claro é a privatização da telefonia no Brasil: houve uma abertura seguida de oligopólio coordenado pela agência reguladora, nunca mais houve de fato livre entrada no mercado. 

Nada expressa melhor nosso mundo do que a aliança entre banqueiros e uma esquerdista de estimação como a Marina Silva. Ela será sempre a rainha da floresta para o Walter Salles e a City de Londres, prontinha para demonstrar como os benévolos financistas só querem salvar o mundo com suas maravilhosas fundações e seus planos de nos trancar em metrópoles "sustentáveis"(tradução: vamos todos morar em cubículos de 10 metros quadrados, com a proibição estrita de mais de um filho) cercadas de reservas ecológicas (controladas na prática adivinhem por quem?). Fica bem claro que o Islã vai tratorar o Ocidente antes que tal delírio se realize, mas é inegável que a rainha da Floresta e seus donos sonham com esse Admirável Mundo Novo...

Murilo Resende

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Os protestos de rua só apareceram PORQUE os partidos "de oposição" eram omissos e cúmplices. O MBL foi criado para dar justamente a esses partidos a autoridade moral e o comando das massas. Não sou contra a passeata do dia 13, desde que nela os Aécios e similares sejam vaiados tanto quanto os comunolarápios.

A palavra "impeachment" tornou-se um símbolo da destruição completa do sistema comunolarápio, mas, na realidade, ele só servirá para uma destas duas coisas: (a) salvar o Temer da cassação do seu mandato e salvar o Toffoli de um processo por fraude eleitoral; ou (b) ser anulado mais tarde caso ainda seja possível cassar os mandatos e processar o Toffoli (hipótese na qual não acredito).

Não haverá impeachment. Se a situação apertar, a Dilma renunciará e irá para as Bahamas gastar o dinheiro do povo, enquanto os Aécios e demais traidores posam de salvadores da pátria. Foi para isso que as massas indignadas foram às ruas em março de 2015?

Quem lançou a palavra de ordem "impeachment" sabia o que estava fazendo. Lançou-a PORQUE sabia que era um processo demorado, infinitamente adiável. Lançou-a PORQUE ela fazia da classe política, que o povo abominava, o juiz único e soberano da situação. Lançou-a PORQUE sabia que ela adiava e amortecia as investigações sobre a fraude eleitoral.

Democracia, no meu entender, é o governo do povo. No entender dos Azevedos, é o governo do tucanato.

Depois de mostrar total desprezo pela massa, o tucanato agora tenta assumir a liderança dela e usá-la como instrumento de pressão para alcançar seus objetivos, que são a conservação da "Nova República" e do seu próprio poder.

Processar a chapa Dilma-Temer no TSE é pedir ao autor da fraude que castigue os beneficiários dela.

Vamos falar o português claro: se todas as instituições foram aparelhadas, confiar na “via institucional” é coisa de idiota ou vendido. Só uma intervenção popular direta pode salvar o Brasil. E tudo o que tucanos e emebelistas vêm fazendo destina-se a bloquear essa intervenção e reforçar a “via institucional”.

O Raymundo Faoro tinha razão: o “estamento burocrático” estrangula o país — com o agravante de que nunca antes foi tão prepotente e cínico quanto se tornou na “Nova República”.

Enquanto a capital continuar em Brasília, o estamento burocrático será inatingível e indestrutível, exceto por uma greve geral.

Brasília é o templo e fortaleza que o estamento burocrático erigiu para sua própria glória e perpetuação. Nada mais.

O fiasco do regime militar é a melhor prova de que as Forças Armadas NÃO PODEM contra o estamento burocrático. Só o povo pode.

D. Pedro II não tinha a vocação de reinar. Parece que o resto da Casa Real também não tem. Se tivesse, seria a liderança ideal para um resgate da nacionalidade.

Se a classe política tivesse um pingo de vergonha na cara, faria um plebiscito com a pergunta: “É legítima uma eleição sem acesso popular à contagem de votos?” Não fará isso nunca.

A Igreja católica, as igrejas evangélicas, a mídia inteira, o empresariado e as Forças Armadas foram engolidos pelo estamento burocrático. A maçonaria está dividida. So restam a Casa Real e o povo, além de figuras isoladas como Jair Bolsonaro e Sérgio Moro.

Se os militares de 1964 tivessem governado na base de consultas permanentes ao povo em vez de se fechar numa igrejinha de tecnocratas iluminados, teriam se tornado indestrutíveis e seriam os melhores governantes brasileiros de todos os tempos. Mas acho que não tinham autoconfiança bastante para isso.

Pelo que se viu nos protestos de 2015, o povão ainda tem, no fundo, idéias políticas equilibradas e saudáveis, ainda que não muito claras. Esse é o nosso maior patrimônio, a rigor a nossa única força.

O povão não acredita em socialismo, não acredita em ditadura, não acredita em tecnocratas iluminados e não confia nem um pouquinho na classe política. Tudo isso é sinal de saúde.

O PT falava em “controle externo” do Legislativo e do Judiciário, mas era um controle a ser exercido por ONGs a serviço do próprio PT. Um engodo demoníaco. O controle legítimo tem de ser através de plebiscito, voto distrital e recall. Sem Smartmatic, é claro.

Nada impede o Temer de ser um grande presidente, se quiser. Mas parece que ele quer apenas “preservar as instituições”, e aí surge a famosa “pergunta que não quer calar”, da qual falava o Bruno Tolentino: “Sim, mas o cu era de quem?”

Pixaram a sede do PSOL em Porto Alegre com os dizeres: “Anarco-olavismo”. Não fui eu quem mandou, mas a idéia não é má.

Não boicotem a passeata do dia 13. Vão lá com cartazes “Bolsonaro Presidente”.

Se o povo não oferecer o mais breve possível uma reação firme e intransigente não só “à Dilma” ou “ao PT”, mas a toda a casta governante, e não impuser um verdadeiro regime democrático, com transparência, voto distrital e recall, onde os eleitores controlem seus representantes e pelo menos partes essenciais do funcionalismo público, em poucas décadas o Brasil desaparecerá do mapa sem deixar vestígios e será substituído por algo de totalmente diverso, imposto desde fora.

Alex Barreto Cypriano Seria tão interessante se Olavo dissesse mais a respeito desse desaparecimento do Brasil e seu sucessor…
Olavo de Carvalho Unificação mundial por meio de integrações regionais. O plano tem mais de meio século…

Vocês pensam que planos de dominação global são brincadeira, história da carochinha, teoria da conspiração? Vão pensando. O cu é seu.

Nenhuma grande mutação histórica foi jamais feita pela maioria. Cem mil brasileiros decididos são mais que suficientes para vencer esta etapa.

QUALQUER exigência popular que dependa do beneplácito da atual classe política é armadilha. Pela via judicial ainda se pode conseguir alguma coisa, se a pressão popular encorajar os juízes. No mais, só organização da massa e resistência pacífica.

Venho anunciando isto HÁ MESES. O PT vai tirar sua lasquinha no impeachment. A palavra-de-ordem é: Vão-se as hemorróidas, mas fiquem os cus.

http://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/pt-amea%C3%A7a-se-afastar-de-dilma-rousseff-diz-colunista/ar-BBq2993?li=AAggXC1&ocid=UP74DHP

Depois dessa, vocês AINDA TÊM ALGUMA DÚVIDA de que há algo de podre na idéia do mero impeachment? Tudo o que se passa na política brasileira há duas décadas só se esclarecerá quando soubermos o que o sr. Fernando Henrique Cardoso combinou com os líderes do Foro de São Paulo na reunião que teve com eles em Miami em 5 de março de 1993, a qual só foi noticiada num ÚNICO jornal do mundo, o “Granma” edição cubana (não a internacional).

Adiar a renúncia da Dilma até levar o povo inteiro ao desespero, de modo a que a simples saída da dona, sem maiores conquistas populares nem danos maiores para o PT, seja celebrada com fogos de artifício. É ÓBVIO que a tucanada quer isso. O próprio FHC, um dos padrinhos do “impeachment” bicudiano, já declarou que É PRECISO PRESERVAR O PT. Não sei se o plano vai dar certo, mas que é esse, é. Podemos aproveitar a onda impeachmentista para arrancar o braço de quem nos oferece um dedo mindinho? Podemos. Mas só se NEM POR UM MINUTO acreditarmos que “tirar a Dilma” é a salvação da pátria. É, isto sim, a salvação do PT. Isso já estava claro desde que, meses atrás, o Lula já não conseguia mais esconder a sua irritação com a dona.

Na verdade não haverá nem impeachment. A dona renuncia e sai limpinha, pronta para se candidatar a senadora quando quiser. Garanto que ela está só esperando o aviso.

É ÓBVIO que todos aqueles que mantêm um discurso “anti-corrupção” de tons apolíticos e ideologicamente neutros trabalham, sabendo ou não, para a salvação e perpetuação do PT, seja no poder, seja numa segunda posição, subordinada ao tucanismo, em ambos os casos sem NENHUMA mudança substantiva do quadro institucional.

Nunca subestimem o maquiavelismo tucano.

Pessoas que adoram e exigem “tomadas de posição”, que perguntam “Você é a favor do impeachment ou da cassação? A favor da resistência pacífica ou da intervenção militar?” etc. não entenderão NUNCA o jogo dialético da política mundial, aliás nem mesmo local. Sua rigidez faz delas as eternas perdedoras.

Socialistas, radicais ou moderados o quanto se queira, não são apenas dissimulados nas ações. Até o socialismo deles — todo socialismo — é dissimulação. Por trás da dissimulação há apenas niilismo e satanismo. Foi sempre assim. Leia Dostoiévski, “Os Demônios”, o livro que Lênin mais odiava.

Só analfabetos políticos acham que apoiar um candidato ou uma campanha qualquer é assumir um compromisso ideológico. Não é nem sequer lance estratégico. É movimento tático, que pode e deve ser mudado tão logo se altere o jogo de forças. Quem não entende nem isso, como esses retardados do ” Refutando Olavo de Carvalho”, não pode nem ir tomar no cu, porque não sabe onde é.

 O de C
Os imbecis acham MESMO que meus alunos, leitores e seguidores FB são uma militância organizada e obediente, que cada palavra que eles dizem vem de uma orientação minha e reflete um plano abrangente concebido por mim. É uma suposição francamente paranóica, que o mais breve exame dos fatos bastaria para dissipar. Bastaria perguntar: como esse tal de Olavo faz para fiscalizar e dirigir as ações e palavras de 250 mil pessoas?

SÓ ANALFABETOS FUNCIONAIS podem ser incapazes de distiguir entre a influência difusa de um escritor e a linha de comando de uma organização militante.

Já imaginaram a quantidade de assessores profissionais e comandos intermediários eu precisaria ter para fazer do círculo dos meus leitores uma militância disciplinada?

Até a minha família é grande demais para que eu mantenha contato permanente com cada um dos seus membros. Eles vivem reclamando disso. Imaginem então o meu público.

Acho que os pecados que cometi terão um desconto no Juízo Final, de tal modo fui condenado em vida pelos que não cometi.

Porque fundei o Mídia Sem Máscara uma década e meia atrás, os imbecis mal intencionados imaginam que até hoje dirijo esse site e, pior, que cada palavra ali publicada sai direta ou indiretamente do meu cérebro, como se seus redatores, a maioria dos quais nunca vi, fossem uma militância treinada e disciplinada sob as minhas ordens. Assim fica fácil conhecer o “pensamento do Olavo de Carvalho”. É só você ler uma matéria qualquer do MSM, e já sabe tudo.

Tudo o que digo e escrevo é opinião minha, sem qualquer compromisso com grupos, correntes ou partidos. Já o anti-olavismo é SEMPRE de origem grupal:
a) Comunolarápios.
b) Evangélicos ou pseudo-evangélicos russófilos.
c) Neonazistas e anti-semitas disfarçados de católicos tradicionalistas.
d) Tucanos e tucanófilos.

Essa história de que o Olavo é malvadinho, odiento, etc., já deu no saco. É coisa de imaginação paranóica pueril. A presteza com que, sem a mínima hesitação, discussão ou empombação, aceito imediatamente qualquer pedido de desculpas, já deveria bastar para evidenciar que raivinhas e ressentimentos são alheios ao meu espírito. É verdade que não dou moleza ao imimigo e, como todo esportista, quero poder dizer no leito de morte: “morior invictus” (morro invicto). Mas não levarei nem um pingo de ódio para o outro mundo.

Vocês já notaram que os anti-olavistas se apegam a picuinhas cada vez mais insignificantes, querendo dar-lhes, mediante gritaria histérica, ares de escândalo e crime hediondo? Preciso explicar o quanto isso é demente, patológico e, no fim das contas, grotesco?

Se eu não tivesse uma certa capacidade de síntese, estaria liquidado, pois esse pessoal insiste em CADA picuinha por meses a fio, preenche infinitas laudas com vários pseudônimos, e a tarefa de rebatedor de picuinhas é com certeza a mais pentelha do universo.

Quando vêm difamações quilométricas, geralmente resolvo a parada com mensagens de cinco linhas, para não encher o saco dos leitores, e ainda tem gente que acha ruim.

A ânsia de encontrar por trás do que escrevo algum criminho — unzinho que seja, por caridade! — não deixa essa cambada dormir.

O número de contradições aparentes encontradas num texto é diretamente proporcional ao analfabetismo funcional do leitor multiplicado pelo seu coeficiente de má-vontade.

Criei o Mídia Sem Máscara para dar voz àqueles que não tinham. Alguns, após obtê-la, se voltaram contra mim por motivos variados, e, quando se enlameiam na difamação mais torpe, aparecem outros me condenando por ter colocado esses indivíduos em circulação — como se me coubesse a culpa do mal que me fazem. Aparentemente, todos já se esqueceram da época em que viviam encolhidinhos, trêmulos e silenciosos, sem ânimo nem coragem de enfrentar uma pressão que lhe parecia invencível. Encorajados e fortalecidos pelo meu exemplo e iniciativa, querem provar que são hominhos, e não vêm maneira mais razoável de fazê-lo do que vingar-se daquele que lhes abriu o caminho. Alguns não hesitam, para esse fim, em macaquear os meus escritos, copiando detalhes do meu vocabulário e produzindo textos chochos onde abundam expressões como “erística”, “ad hominem”, “psicopatia”, “non sequitur”, “morte da alta cultura”, etc. Alguns escolheram mesmo o achincalhe ao Olavo de Carvalho como tema único e missão suprema de suas vidas. E eles são tantos que suas fisionomias individuais se apagam na pasta de um fenômeno social, com certeza o mais estranho já observado na história mental do país.

Centenas de bocós juntando-se para ciscar errinhos reais e imaginários nos meus livros, artigos e aulas, no intuito deliberado de foder com a minha vida, constituirão o maior espetáculo de inépcia intelectual coletiva já observado no mundo, mas infelizmente não pagarão por isso; pagarão só pelo crime de difamação premeditada.

Não vou mais responder aos meninos do “Refutando Olavo de Carvalho”. É ajudá-los a corrigir antecipadamente o dossiê anti-olavético devastador que dizem estar preparando. Vamos esperar que a bosta fique pronta, saindo pura e intecta dos cus mentais dos seus autores, sem a mais mínima interferência minha.

Para quê, caralho, para quê arrumar briga com o Olavo de Carvalho? Fui eu quem inventou o Mensalão e o Petrolão? Fui eu quem faliu a Petrobrás para vendê-la aos chineses? Fui eu quem fodeu com a educação nacional? Fui eu quem protegeu bandidos até que o número anual de assassinatos chegasse a 70 mil? Fui eu quem espalhou dinheiro do BNDES entre ditaduras moribundas para salvá-las da extinção natural? Fui eu quem ensinou as crianças a fazer surubinhas nas escolas? Fui eu quem contratou a Smartmatic para fraudar as eleições? Fui eu quem vendeu a Igreja Católica aos “teólogos da libertação”? Que mal lhes fiz, ó bostinhas, senão entender as coisas antes de vocês e não lhes deixar espaço senão para macaquear o que eu disse?

Os esquerdistas me odeiam porque revelei os seus crimes; os direitistas, porque revelei sua burrice. Como uns e os outros se xingam de “fascistas”, ambos me xingam da mesma coisa, sintetizando crime e burrice.


O de C

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Sempre imaginei que um aspirante a filósofo deveria ter um longo período de aprendizado, no qual se abrisse a todas as influências, a todas as correntes de pensamento, e não começar a expor suas opiniões em livros antes de que elas tivessem se consolidado num conjunto racional e ordenado, expressão da sua maturidade intelectual. Foi exatamente o que fiz. O que nunca me passou pela cabeça foi que ratos e baratas metidos a intérpretes do meu pensamento misturariam tudo numa pasta simultânea, empastelando a cronologia e tomando as etapas do meu aprendizado como se fossem partes essenciais do meu pensamento maduro e publicado. Essa deformação subginasiana das minhas idéias expressa apenas analfabetismo funcional e ânsia de fazê-lo parecer sondagem intelectual profunda ou até mesmo revelação espetacular. Por exemplo, se passei por uma tariqah mais de trinta anos atrás, isso é tomado como prova de que toda a minha obra publicada é um ardil muçulmano para desviar as pobres almas dos católicos. Se fui comunista CINQUENTA anos atrás, certamente toda a minha obra é um empreendimento comunista de desinformação. Tais são os critérios de interpretação usados por Caios Rossis, Bispas Macedos, Veadascos e tutti quanti.

A história da minha formação é rica e complexa demais para as cabeças dos apressadinhos bocós que tomam uma primeira impressão como certeza definitiva.

Há também, por trás de toda essa hostilidade pueril, o compreensível desejo que cada um tem de ocultar os seus pecados por baixo do desenho disforme que pinta da minha pessoa. Por exemplo, nos anos 80 entrei na tariqah do F. Schuon precisamente por ser, na época, a única tariqah multiconfessional do mundo, da qual eu poderia participar sem me comprometer até à goela com o Islam ortodoxo. Já o sr. Caio Rossi abandonou a Igreja Católica para filiar-se a uma tariqah ortodoxa, convertendo-se portanto oficialmente ao Islam, que mais tarde ele abandonaria, tornando-se portanto um renegado que, segundo a lei islâmica, qualquer muçulmano tem o direito de matar. POR ISSO ele sente a necessidade de acusar A MIM de ser um agente islâmico.

Minha OBRA PUBLICADA começa com "A Nova Era e a Revolução Cultural", de 1993, seguida de "O Jardim das Aflições", "O Imbecil Coletivo" e "Aristóteles em Nova Perspectiva". Incapazes de ler esses quatro lívros, os bobocas pegam entrevistinhas, panfletos ou artigos de vinte, trinta anos antes, e daí obtêm a fórmula mágica do "pensamento do Olavo de Carvalho".

O de C
Após os protestos de março de 2015, o passo seguinte tinha de ser, obrigatoriamente, a ORGANIZAÇÃO DA MASSA em comitês permanentes, com uma linha de comando e uma rede de comunicações. Incapazes de dar esse passo, os líderes emergidos do nada preferiram entrar em lindas discussões sobre hipóteses irrealizáveis e estão nisso até hoje. Um concurso de poses.

Quando, quando, quando, puta merda, vão parar com o teatrinho e começar a ORGANIZAR A MASSA -- não para protestos de domingo, mas para ações permanentes?

Se o foco de tudo for apenas "derrubar a Dilma", isso só poderá ser feito, no momento, por meio da classe política, reduzindo a massa à condição de pedinte e reforçando o estamento burocrático que há décadas esmaga o país.
Uma ação de maior envergadura, necessária e urgente, supõe a organização da massa, que, obcecados pelo fetiche "Dilma" e pelo slogan "impeachment", os distintos "líderes" nem começaram ainda.

"Tirar a Dilma"? E de que serve isso, depois que -- só para dar um exemplo -- milhares de tipos como Luciano Ayan, Pirrôlas, Sakamotos e tutti quanti já viraram "formadores de opinião"?
Quem pode acreditar que a mera destruição de um cadáver vai recolocar o Brasil nos eixos? A degradação mental e moral do país já foi fundo demais, a esta altura o impeachment da Dilma é só sacrifício inócuo de um bode expiatório.
Vocês já se esqueceram do ministro da Educação do FHC, Paulo Renato, que, quando os estudantes brasileiros tiraram o último lugar no teste do PISA, disse que "poderia ter sido pior"? Isso foi uns TREZE anos atrás.

Vocês acham MESMO que a escala de valores morais do FHC é diferente da do Lula?

Protestos de rua só servem para completar ou começar a organização da massa. Qualquer "community organizer" de doze anos de idade sabe disso. Sem organização da massa, esses protestos têm no máximo um papel propagandístico, mas toda propaganda se dirige a um alvo ao qual transfere o verdadeiro poder de ação. No Brasil esses protestos viraram fetiches, sacrifícios de galinhas pretas no altar da classe política. O do dia 13 só tem por finalidade consagrar o Parlamento corrupto como salvador da pátria. É melhor do que o PT no poder? É, mas só um pouquinho.

Para uns certos fulanos, "democracia" é tucanato. Tudo o mais é golpismo, militarismo e extremismo. É compreensível que se apeguem a esse truque de linguagem. Não têm mais nada a oferecer além dos mitos fundadores da "Nova República".

Destruir a Dilma para salvar a "Nova República" é abortar um bebê para salvar a mãe.

Corrupção, comunismo, criminalidade galopante e degradação da sociedade são os produtos mais perfeitos e acabados da "Nova República". Ela foi criada PARA ISSO. Salvá-la é matar o Brasil.

A Nova República foi a vingancinha e a chance áurea dos esquerdistas. Frustrados por vinte anos, voltaram com uma fome dos diabos e não pararam de comer desde então. Nem vão parar agora. A Dilma, a esta altura, é só um osso de frango que voa pela janela do restaurante.

É impossível uma pessoa adulta em seu juízo perfeito não perceber que a "Nova República" veio para entregar o poder, eternamente, ao conluio PT-PSDB, com o PMDB no meio a título de vaselina.
Se aceitarem o impeachment da Dilma, legitimando a eleição fraudulenta uma vez que só pode sofrer impeachment o governante legitimamente eleito, qual pretexto haverá para NÃO entregar a presidência ao Michel Temer? E como será possível, depois disso, processar os fraudadores de uma eleição que o Parlamento acabou de confirmar como legítima pela segunda vez?
Submeter a Dilma a impeachment é salvar, no ato, a Smartmatic, o Toffoli, o STE e o STF inteiros.
Todo brasileiro consciente e patriota luta pela CASSAÇÃO DOS MANDATOS, não pelo impeachment.

O impeachment é um recurso válido numa democracia normal em pleno funcionamento. Lutar por ele é impor ao povo a impressão de que o Brasil É essa democracia, não um regime farsesco em que só 23 pessoas têm acesso à contagem de votos na eleição presidencial. Todo adepto do impeachment é cúmplice dessa farsa, e não tem o mais mínimo respeito pelo povo cujos votos foram fraudados.
Por que raios, afinal, o PSDB e todos os mentores do MBL foram os primeiros a confirmar a legitimidade da eleição fraudulenta? Terá sido por patriotismo, por amor à honestidade e à decência?

No Brasil cada palpiteiro se considera líder de alguma coisa, e não é de estranhar que todos me tratem como se eu fosse um deles -- o ideólogo e chefe de uma facção política. Esse fenômeno, em si, já ilustra a confusão mental alucinante em que este país mergulhou.

É inconcebível, para pessoas famintas de cargos e chefias, acreditar que alguém simplesmente NÃO QUEIRA liderar coisa nenhuma e se contente com o seu papel de analista da situação.

Sou tão indiferente a essas coisas que JAMAIS passo palavras-de-ordem nem mesmo a entidades que eu mesmo fundei e que professam, livremente, seguir o que entendem ser a minha "orientação".

Criei essas entidades para estimular o debate e não para dirigi-lo. Para cada Zé-Ruela que sonha em ser o salvador da pátria, isso é inconcebível.

Como desapareceu a alta cultura e só sobrou a política, quem quer que tente agir na esfera da alta cultura será ouvido como político.

O impeachment só serve como mal menor. Mas não muito menor.

Também é inconcebível, a pessoas afetadas da síndrome de Dunning-Kruger, admitir que alguém reconheça suas limitações e se contente em fazer o que sabe.

A maior parte das pessoas não raciocina mediante conceitos, mas mediante símbolos aglutinadores, sínteses confusas. Não capta sequer a diferença entre impeachment e cassação de mandato. A palavra "impeachment" virou símbolo da cirurgia salvadora, e a maioria nem percebe que, em vez de realizá-la, ele vai trocá-la por um chazinho.

Graças ao PSDB, ao MBL e similares, o Brasil trocou uma revolução libertadora por um tubo de xilocaína.

É curioso como isso se encaixa precisamente na tradição conciliadora que Paulo Mercadante descreve em "A Consciência Conservadora no Brasil" -- tradição que, é claro, não se volta contra o estamento burocrático, mas, ao contrário, é a base permanente e permanentemente renovada do seu poder.

Como não perceber que MBLs e similares NÃO QUEREM organizar a massa precisamente porque desejam apenas usá-la como instrumento de pressão difusa numa estratégia em que o essencial da iniciativa está nas mãos da classe política?

Conservar a iniciativa nas mãos da classe política, tomando-a do povo que a possuiu por uns breves momentos, é o que tantos hoje entendem por "democracia", chamando tudo o mais de golpismo e extremismo. Essa gente é tão desonesta e manipuladora quanto qualquer João Santana.

Depois de tudo o que fiz e faço, sozinho e pagando alto preço, ainda vem gente exigir que eu volte ao Brasil para desempenhar o que lhes parece ser a missão mais nobre do mundo: concorrer com o Kim Katacokinho e o Fabio Bostermann na liderança dos movimentos. Vão à PQP.

Num país de dimensões continentais, com uma capital escassamente povoada e distante dos centros mais populosos, só um cretino de marca pode imaginar que grandes manifestações de rua devem ser o instrumento principal de luta contra um governo. Organização da massa, combate ideológico local, ocupação de espaços, desobediência civil, panelaços, vaias e protestos concentrados em alvos individuais são MUITO mais eficientes. Também é claro que esses meios devem ser usados não como meio de pressionar a classe política, mas como instrumentos diretos de desmantelamento da cadeia de comando.

Não recomendei a ninguém que apoiasse ou boicotasse a passeata do dia 13. Não disse uma porra de uma palavra a respeito, e já apareceram centenas de malucos discutindo as opiniões imaginárias que me atribuem.

A partir de março de 2015, o Brasil tinha dois caminhos possíveis: organizar a massa, partir para a desobediência civil e, derrubando o sistema, criar uma democracia efetiva; ou maquiar a crise, transferindo a iniciativa da massa para os velhos políticos de sempre, concentrando a indignação pública num alvo simbólico -- a sra. Dilma Rousseff -- e salvando a "Nova República", isto é, o estamento burocrático que criou o PT e lhe entregou o poder. Era uma escolha entre a revolução e a farsa. A primeira hipótese parece superada. O momento foi perdido. Resta agora dar à palhaçada os ares de um feito heróico, com muitos discursos patrióticos, lágrimas de civismo e todo mundo cantando o Hino Nacional com a mão no coração, como nos versos épicos de "Batatinha quando nasce".

A geração do Reinaldo Azevedo (à qual pertenço cronologicamente mas não moralmente) está presa numa visão hipnótica na qual só existem duas forças: a "Nova República" e a "ditadura militar". Vendo com horror a hipótese de um golpe militar que os militares não querem dar de jeito nenhum, defendem a "Nova República", de unhas e dentes, contra um perigo inexistente e não percebem que, de fato, ELA é o único perigo. As grandes tragédias e derrotas nascem quando os homens se apegam a hábitos cognitivos consagrados e não enxergam o que está bem diante do seu nariz.

Em março de 2015 a escolha era esta: Ou derrubávamos o estamento burocrático e criávamos uma democracia de verdade, ou pedíamos que ele derrubasse a Dilma por nós e continuasse lá em cima todo pimpão. O MBL foi criado para que esta última alternativa prevalecesse, e tudo indica que vai conseguir.

O primeiro, mais inevitável e mais profundo efeito do impeachment será salvaguardar de toda punição os fraudadores da eleição presidencial.

Se você não sabe fazer política exceto por meio dos deputados e senadores que você mesmo elegeu, eles serão sempre os comandantes e você o comandado. Um dia o Reinaldo Azevedo perceberá o erro monstruoso que cometeu ao pensar que isso é democracia.

O de C
Os incomodados que me desculpem, mas ter razão é a minha profissão.

O de C
Repito e repetirei mil vezes: O panelaço é a MELHOR forma de protesto que existe. Passeata não derruba governo. Panelaço derruba.

O panelaço tem, entre outros, um efeito similar ao da "operação salame", tão conhecida nas empresas privadas: Ele faz com que os próprios subordinados do chefe fiquem COM MEDO de obedecê-lo. Ele quebra a cadeia de comando. Ele não é só um protesto: é uma ação efetiva.

É preciso prosseguir e ampliar os panelaços até que os próprios funcionários do Palácio do governo fiquem inibidos de obedecer a presidente. So simple as that. Quebrada a linha de comunicação, está quebrada a cadeia de comando. Aí será a hora de formar um governo provisório e expulsar todos os comunolarápios de uma vez.
Movimentos de rua funcionam contra governos locais e acessíveis, como funcionavam no tempo dos militares, quando os governadores dos Estados eram agentes nomeados do governo central. Passeatas em São Paulo e Porto Alegre deixam Brasília intacta; levar milhares de pessoas a Brasília custa DINHEIRO, e tudo o que custa dinheiro coloca o poder de iniciativa nas mãos de quem tem dinheiro, portanto não nas do povo.
O panelaço salta por cima de todas as dificuldades. É o terror dos usurpadores e tiranos.

Passeatas têm um valor psicológico e simbólico enorme, mas inversamente proporcional aos seus efeitos, que só se cumprem, quando se cumprem, por meio da classe política. O panelaço vai direto ao ponto. É o povo em ação.

Lucas Bolsonarista Sim, professor. Mas se eles pararem de fazer anúncios na TV, ficamos sem munição. Protestos é ação do povo independente da ação do governo.
Olavo de Carvalho
Olavo de Carvalho Se eles pararem de aparecer na TV, terão caído na "Espiral do silêncio" e estarão derrotados.
Isto é uma análise e uma sugestão, não uma palavra-de-ordem.

Não sou contra nenhuma passeata. Apoiei TODAS. Apenas reconheço os limites da sua eficácia e sugiro uma forma de ação mais barata e mais decisiva, com a vantagem de que dispensa a presença dos oportunistas e demagogos: o primeiro a puxar o panelaço continua a ser um ilustre desconhecido e não vai se aproveitar dessa ação para ser candidato a coisa nenhuma.

Não sou nem serei jamais candidato a porra nenhuma, e se alguém me oferecer um cargo público solicitarei gentilmente que o introduza no seu orifício retrofuricular.

Se a passeata do dia 13 for um sucesso, ótimo. Se for um fracasso, não chorem, porque o panelaço JÁ FOI UM SUCESSO e será o primeiro de uma série.

Durante trinta anos os comunolarápios reduziram todos os seus adversários à "Espiral do silêncio". O panelaço faz com que provem do seu próprio veneno.

O de C
Não sei quem me recomendou assistir ao filme "Idiocracy"; gostei do filme, mas quase não consegui rir, porque me parecia realista demais. Minha mulher leu "Admirável Mundo Novo" aos quinze anos e achava que, em vez duma sátira e de um alerta, aquilo era uma proposta a ser considerada pela sociedade.

O Ícaro de Carvalho me perguntou, durante o "hotseat" do Arquitetura Digital, qual era a diferença entre "alta cultura" e "cultura erudita". Esta última era o que os nazistas educados tinham: informações e hábitos relativos à audição de boa música, leitura de boa literatura, etc. É inteiramente possível exercitar sua cultura erudita pela manhã e matar judeus antes do jantar. Alta cultura, por sua vez, é isto aqui:

http://www.olavodecarvalho.org/textos/brasil.htm

Por exemplo, eu me pergunto sinceramente (repito: sinceramente) se a existência do nosso Senado, Câmara, etc. é tão mais razoável do que as trapalhadas do governo de "Idiocracy"; e se o presidente negão popstar deles é pior do que a Dilma.

Francamente, eu acharia mais razoável os brasileiros elegerem aquele negão louco do que a Dilma. Tudo bem que não a reelegemos, mas acho que até para a burrice há um limite.

Já que estamos falando de "homeschooling", vocês talvez saibam que dezoito governos estaduais solicitaram ao STF a proibição da educação domiciliar. Não reconheço nem a autoridade desses oligarcas para solicitar merda nenhuma nem a do STF para julgar. Se decidirem pela proibição, recomendo que imitem DE PERTO o movimento abortista, não apenas desafiando a autoridade de todos esses canalhas e analfabetos, mas insultando-os na face. Qualquer mostra pública de respeito ao STF será motivo de vergonha perante os seus filhos e, por si mesma, desautorizará vocês a praticarem educação domiciliar.

RFalcon
 

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Luciano Ayan:
Desde logo, não tenho satisfações a dar a um cara-de-pau que esconde a cara, senta no pau e, protegido então por uma confortável invisibilidade, se faz de valente, emitindo ultimatos como se fosse o comandante do cerco a uma fortaleza.
Em segundo lugar, já estou com o saco cheio de gente que pensa por chavões, carimbando-me ora de intervencionista, ora de anti-intervencionista, como se "tomar posição" diante de hipóteses inexistentes fosse a mais alta demonstração de coragem e civismo.
Até agora, por pura solidariedade moral abstraída de considerações estratégicas, apoiei TODAS as manifestações anti-PT, mesmo quando me pareciam inconsequentes e condenadas ao fracasso, e não hesito em fazer o mesmo com a do dia 13. Como todas, moralmente está certa, estrategicamente é nada mais que um peidinho de neném.
O que não posso admitir é esse duelo de poses entre os "democratas autênticos" que prometem uma impossível solução parlamentar e os "patriotas autênticos" que anunciam uma intervenção militar igualmente inviável.
Vocês são todos uns veadinhos bobocas, só têm pose e garganteio e, pior, nunca aprendem nada com a derrota e a humilhação.


A ascensão do PT ao poder foi precedida de QUARENTA ANOS de análises e preparações estratégicas. A "direita" quer desfazer tudo da noite para o dia, mediante peidos emotivos e grotescas "tomadas de posição", uns posando de democratas impolutos, outros ostentando valentia militarista por baixo das saias das suas mamães.

Luciano Ayan é um mentiroso abjeto. "Em setembro de 2015 Olavo de Carvalho absurdamente atacou os movimentos de rua", diz ele. Ataquei a PARALISAÇÃO dos movimentos de rua, substituídos pela estúpida romaria a Brasília, que tirou a iniciativa do povo e a passou aos políticos que a massa desprezava.

Luciano Ayan, mostre a sua cara, Todo mundo está cansado de conversar com a sua bunda anônima.

Após os protestos de março de 2015, o passo seguinte tinha de ser, obrigatoriamente, a ORGANIZAÇÃO DA MASSA em comitês permanentes, com uma linha de comando e uma rede de comunicações. Incapazes de dar esse passo, os líderes emergidos do nada preferiram entrar em lindas discussões sobre hipóteses irrealizáveis e estão nisso até hoje. Um concurso de poses.

Quando, quando, quando, puta merda, vão parar com o teatrinho e começar a ORGANIZAR A MASSA -- não para protestos de domingo, mas para ações permanentes?

Se o foco de tudo for apenas "derrubar a Dilma", isso só poderá ser feito, no momento, por meio da classe política, reduzindo a massa à condição de pedinte e reforçando o estamento burocrático que há décadas esmaga o país.
Uma ação de maior envergadura, necessária e urgente, supõe a organização da massa, que, obcecados pelo fetiche "Dilma" e pelo slogan "impeachment", os distintos "líderes" nem começaram ainda.

"Tirar a Dilma"? E de que serve isso, depois que -- só para dar um exemplo -- milhares de tipos como Luciano Ayan, Pirrôlas, Sakamotos e tutti quanti já viraram "formadores de opinião"?
Quem pode acreditar que a mera destruição de um cadáver vai recolocar o Brasil nos eixos? A degradação mental e moral do país já foi fundo demais, a esta altura o impeachment da Dilma é só sacrifício inócuo de um bode expiatório.
Vocês já se esqueceram do ministro da Educação do FHC, Paulo Renato, que, quando os estudantes brasileiros tiraram o último lugar no teste do PISA, disse que "poderia ter sido pior"? Isso foi uns TREZE anos atrás.

Vocês acham MESMO que a escala de valores morais do FHC é diferente da do Lula?

Protestos de rua só servem para completar ou começar a organização da massa. Qualquer "community organizer" de doze anos de idade sabe disso. Sem organização da massa, esses protestos têm no máximo um papel propagandístico, mas toda propaganda se dirige a um alvo ao qual transfere o verdadeiro poder de ação. No Brasil esses protestos viraram fetiches, sacrifícios de galinhas pretas no altar da classe política. O do dia 13 só tem por finalidade consagrar o Parlamento corrupto como salvador da pátria. É melhor do que o PT no poder? É, mas só um pouquinho.

Para uns certos fulanos, "democracia" é tucanato. Tudo o mais é golpismo, militarismo e extremismo. É compreensível que se apeguem a esse truque de linguagem. Não têm mais nada a oferecer além dos mitos fundadores da "Nova República".

Destruir a Dilma para salvar a "Nova República" é abortar um bebê para salvar a mãe.

Corrupção, comunismo, criminalidade galopante e degradação da sociedade são os produtos mais perfeitos e acabados da "Nova República". Ela foi criada PARA ISSO. Salvá-la é matar o Brasil.

A Nova República foi a vingancinha e a chance áurea dos esquerdistas. Frustrados por vinte anos, voltaram com uma fome dos diabos e não pararam de comer desde então. Nem vão parar agora. A Dilma, a esta altura, é só um osso de frango que voa pela janela do restaurante.

É impossível uma pessoa adulta em seu juízo perfeito não perceber que a "Nova República" veio para entregar o poder, eternamente, ao conluio PT-PSDB, com o PMDB no meio a título de vaselina.
Se aceitarem o impeachment da Dilma, legitimando a eleição fraudulenta uma vez que só pode sofrer impeachment o governante legitimamente eleito, qual pretexto haverá para NÃO entregar a presidência ao Michel Temer? E como será possível, depois disso, processar os fraudadores de uma eleição que o Parlamento acabou de confirmar como legítima pela segunda vez?
Submeter a Dilma a impeachment é salvar, no ato, a Smartmatic, o Toffoli, o STE e o STF inteiros.
Todo brasileiro consciente e patriota luta pela CASSAÇÃO DOS MANDATOS, não pelo impeachment.

O impeachment é um recurso válido numa democracia normal em pleno funcionamento. Lutar por ele é impor ao povo a impressão de que o Brasil É essa democracia, não um regime farsesco em que só 23 pessoas têm acesso à contagem de votos na eleição presidencial. Todo adepto do impeachment é cúmplice dessa farsa, e não tem o mais mínimo respeito pelo povo cujos votos foram fraudados.
Por que raios, afinal, o PSDB e todos os mentores do MBL foram os primeiros a confirmar a legitimidade da eleição fraudulenta? Terá sido por patriotismo, por amor à honestidade e à decência?

No Brasil cada palpiteiro se considera líder de alguma coisa, e não é de estranhar que todos me tratem como se eu fosse um deles -- o ideólogo e chefe de uma facção política. Esse fenômeno, em si, já ilustra a confusão mental alucinante em que este país mergulhou.

É inconcebível, para pessoas famintas de cargos e chefias, acreditar que alguém simplesmente NÃO QUEIRA liderar coisa nenhuma e se contente com o seu papel de analista da situação.

Sou tão indiferente a essas coisas que JAMAIS passo palavras-de-ordem nem mesmo a entidades que eu mesmo fundei e que professam, livremente, seguir o que entendem ser a minha "orientação".

Criei essas entidades para estimular o debate e não para dirigi-lo. Para cada Zé-Ruela que sonha em ser o salvador da pátria, isso é inconcebível.

Como desapareceu a alta cultura e só sobrou a política, quem quer que tente agir na esfera da alta cultura será ouvido como político.

O impeachment só serve como mal menor. Mas não muito menor.

Também é inconcebível, a pessoas afetadas da síndrome de Dunning-Kruger, admitir que alguém reconheça suas limitações e se contente em fazer o que sabe.

A maior parte das pessoas não raciocina mediante conceitos, mas mediante símbolos aglutinadores, sínteses confusas. Não capta sequer a diferença entre impeachment e cassação de mandato. A palavra "impeachment" virou símbolo da cirurgia salvadora, e a maioria nem percebe que, em vez de realizá-la, ele vai trocá-la por um chazinho.

Graças ao PSDB, ao MBL e similares, o Brasil trocou uma revolução libertadora por um tubo de xilocaína.

É curioso como isso se encaixa precisamente na tradição conciliadora que Paulo Mercadante descreve em "A Consciência Conservadora no Brasil" -- tradição que, é claro, não se volta contra o estamento burocrático, mas, ao contrário, é a base permanente e permanentemente renovada do seu poder.

Como não perceber que MBLs e similares NÃO QUEREM organizar a massa precisamente porque desejam apenas usá-la como instrumento de pressão difusa numa estratégia em que o essencial da iniciativa está nas mãos da classe política?

Conservar a iniciativa nas mãos da classe política, tomando-a do povo que a possuiu por uns breves momentos, é o que tantos hoje entendem por "democracia", chamando tudo o mais de golpismo e extremismo. Essa gente é tão desonesta e manipuladora quanto qualquer João Santana.

Depois de tudo o que fiz e faço, sozinho e pagando alto preço, ainda vem gente exigir que eu volte ao Brasil para desempenhar o que lhes parece ser a missão mais nobre do mundo: concorrer com o Kim Katacokinho e o Fabio Bostermann na liderança dos movimentos. Vão à PQP.

Num país de dimensões continentais, com uma capital escassamente povoada e distante dos centros mais populosos, só um cretino de marca pode imaginar que grandes manifestações de rua devem ser o instrumento principal de luta contra um governo. Organização da massa, combate ideológico local, ocupação de espaços, desobediência civil, panelaços, vaias e protestos concentrados em alvos individuais são MUITO mais eficientes. Também é claro que esses meios devem ser usados não como meio de pressionar a classe política, mas como instrumentos diretos de desmantelamento da cadeia de comando.

Não recomendei a ninguém que apoiasse ou boicotasse a passeata do dia 13. Não disse uma porra de uma palavra a respeito, e já apareceram centenas de malucos discutindo as opiniões imaginárias que me atribuem.

A partir de março de 2015, o Brasil tinha dois caminhos possíveis: organizar a massa, partir para a desobediência civil e, derrubando o sistema, criar uma democracia efetiva; ou maquiar a crise, transferindo a iniciativa da massa para os velhos políticos de sempre, concentrando a indignação pública num alvo simbólico -- a sra. Dilma Rousseff -- e salvando a "Nova República", isto é, o estamento burocrático que criou o PT e lhe entregou o poder. Era uma escolha entre a revolução e a farsa. A primeira hipótese parece superada. O momento foi perdido. Resta agora dar à palhaçada os ares de um feito heróico, com muitos discursos patrióticos, lágrimas de civismo e todo mundo cantando o Hino Nacional com a mão no coração, como nos versos épicos de "Batatinha quando nasce".

A geração do Reinaldo Azevedo (à qual pertenço cronologicamente mas não moralmente) está presa numa visão hipnótica na qual só existem duas forças: a "Nova República" e a "ditadura militar". Vendo com horror a hipótese de um golpe militar que os militares não querem dar de jeito nenhum, defendem a "Nova República", de unhas e dentes, contra um perigo inexistente e não percebem que, de fato, ELA é o único perigo. As grandes tragédias e derrotas nascem quando os homens se apegam a hábitos cognitivos consagrados e não enxergam o que está bem diante do seu nariz.

Luciano Ayan é o Dr. Pirrôla do jornalismo. Sua missão é confundir, falsificar, macaquear, distorcer, desnortear e fazer-se de gostosão. Nada mais.

Em março de 2015 a escolha era esta: Ou derrubávamos o estamento burocrático e criávamos uma democracia de verdade, ou pedíamos que ele derrubasse a Dilma por nós e continuasse lá em cima todo pimpão. O MBL foi criado para que esta última alternativa prevalecesse, e tudo indica que vai conseguir.

O primeiro, mais inevitável e mais profundo efeito do impeachment será salvaguardar de toda punição os fraudadores da eleição presidencial.

Se você não sabe fazer política exceto por meio dos deputados e senadores que você mesmo elegeu, eles serão sempre os comandantes e você o comandado. Um dia o Reinaldo Azevedo perceberá o erro monstruoso que cometeu ao pensar que isso é democracia.

Nicholas Rubashov para Olavo de Carvalho
6 h ·
Olavo de Carvalho, a personagem "Luciano Ayan" mantinha, na época do Orkut, um perfil fake cujo nickname era "Snowball". Há inúmeras provas de que Snowball é um fake do fake "Luciano Ayan", e vou apresentá-las aqui.
Fui testemunha de tudo isso no Orkut -- presenciei a atuação do "Snowball" em comunidades como "Céticos S.A." e várias outras. O perfil fake "Snowball" pretendia ser, naquela época, um embaraço a "céticos" e "ateus militantes" na extinta rede social, pois passava o dia inteiro tentando "refutar" os militantes incréus e provar que Deus existe. Hoje, segundo dizem, "Luciano Ayan" é um ateu.
"Luciano" decidiu então ampliar sua militância contra os descrentes e criou os sites "quebrandoneoateismo.com.br" e "lucianoayan.com.br", ambos os domínios pertencentes à entidade Mateus Minuzzi:
domínio: quebrandoneoateismo .com.br
entidade: Mateus Minuzzi
nome: Mateus Minuzzi Freire da Fontoura Gomes
e-mail: snowball.orwell@HoT mail.com
criado: 28/01/2011
alterado: 28/01/2011
provedor: UOLHOST (22)

domínio: lucianoayan .com.br
entidade: Mateus Minuzzi
nome: Mateus Minuzzi Freire da Fontoura Gomes
e-mail: snowball.orwell@HoT mail.com
criado: 28/01/2011
alterado: 28/01/2011
provedor: UOLHOST (22)

As provas de que "Luciano" e "Snowball" são a mesma pessoa estão reunidas esmagadoramente aqui:
https://blogdomensalao.wordpress.com/…/luciano-ayan-uma-br…/
Acreditar que "Mateus Minuzzi" é um "laranja" do sujeito por trás do fake "Luciano Ayan" seria demasiada ingenuidade.
Eis o perfil de Mateus Minuzzi: https://www.facebook.com/mateus.minuzzi
Isso fornece evidência crível de que Mateus e "Luciano" são o mesmo indivíduo. Grande abraço, meu mestre de ontem, hoje e sempre.

Meus dados pessoais, meu endereço, meus documentos e até detalhes da vida da minha família circulam em centenas de blogs, pelo menos um deles citado na página do Ayan. Bastou publicar nome, CPF e endereço do Ayan, e já apareceram inumeráveis fakes clamando pelo "respeito à privacidade". Para esses canalhas, é normal, decente e até moralmente obrigatório que entre dois debatedores, um fique totalmente exposto e o outro completamente protegido sob o manto de uma confortável invisibilidade. ,

Todos os fakes do Ayan estão desesperados, pulando e guinchando como gremlins. Como discutir com um vigarista que a simples revelação do seu nome já basta para desmoralizar e aterrorizar?

Em Luciano Ayan, pai de fakes inumeráveis e fake ele próprio, o MBL encontrou o seu defensor ideal. É o que Goethe chamava de afinidades eletivas...

Sempre que algum macaquinho assanhado grita que estou louco, confirmo que estou na pista certa.

O exército inteiro dos fakes do Ayan enviou ao Facebook uma carga de denúncias em massa e a página da Leilah foi BLOQUEADA.

Lembrete: a Constituição Brasileira PROÍBE O ANONIMATO. Quem publica artigos não tem NENHUM direito de reclamar quando seu nome é divulgado.

Dei ao sr. Minuzzi a chance de explicar que ele NÃO É o Luciano Ayan. Até agora ele fez boca de siri, enquanto dezenas de fakes e ayanettes esbravejam contra a divulgação do nome, como se o anonimato não fosse simplesmente inconstitucional neste país. Tudo isso é muito significativo.

O sujeitinho acha mesmo que fofocagem de fakes na internet é "guerra política". Ele está jogando muito War.

Imaginem se eu ficaria desesperado e furibundo caso alguém divulgasse que o autor dos artigos do Olavo de Carvalho é o Olavo de Carvalho!

A ameaça de processo é puro blefe, pose, macaquice. Ninguém vai me processar por violar um pretenso direito que a própria Constituição proibe.

Prezado Sr. Matheus Minuzzi: O senhor é ou não é o "Luciano Ayan"? Nunca afirmei que fosse, apenas perguntei. Ou o senhor esclarece isso, ou vou continuar achando que é.

O Luciano Ayan tentou enganar a Vide Editorial, induzindo-a a publicar um livro dele sem saber o nome real do autor, o que colocaria a editora diretamente num conflito com a Constituição federal. Isso já diz tudo. O Rodrigo Simonsen, que agora está preparando a edição do livro e sujeitando-se a entrar na encrenca que a Vide evitou, diz que também não sabe o nome. Eu sei: É Luciano Moita.

Se o MBL não quer se desmoralizar de vez, deve divulgar que não autorizou nenhum "Luciano Ayan" a falar em seu nome.

Há tempos esse "Ayan" macaqueia os meus posts para posar de cristão conservador e adquirir credibilidade para depois organizar uma jogada perversa, mentindo contra mim. Nos termos da Constituição, tenho TODO O DIREITO de saber e divulgar a identidade de quem me difama

A ameaça de processo é o extremo blefe desesperado de um farsante que, escondendo a cara, pôs a bunda à mostra.

Nem mesmo assisti ao hangout pelo qual a indústria de fakes do Ayan me considera responsável. Nem sequer soube que alguém ia fazer esse hangout. Não dou orientações quanto a ações políticas específicas, mas não considero crime o fato de que alguém, inspirado por alguma opinião minha interpretada corretamente ou não, as crie -- desde que não mintam dizendo que obedecem a ordens minhas.

É materialmente impossível enfrentar milhares de difamadores, multiplicados por seus respectivos fakes e acrescidos ainda daqueles que me criticam por responder a algum ataque, mesmo que eu o faça com notas brevíssimas. Nunca houve no Brasil uma campanha de assassinato de reputação com essas proporções. É fenômeno único na história nacional.

Matheus Minuzzi informa que ele NÃO É o "Luciano Ayan". Não pode ser mesmo, pois tem apenas 24 anos e as vigarices do Ayan remontam a uma década e meia atrás. Curiosamente, o Ayan acha que com essa revelação me desmoralizou por completo, o que é no mínimo mais uma pose do palhaço-mor, produtor recordista de fakes da internet. Pois, de um lado, não acusei o Minuzzi de nada, apenas perguntei se ele era o Ayan, e por outro lado este último se prevalece do episódio para desviar a atenção pública do problema central: se ele não é o Minuzzi, quem é então? Nunca vi alguém pular, saracotear e gingar tanto para esconder uma identidade.

By the way, nem sei se o desmentido do Minuzzi é autêntico, pois não foi publicado sob o nome dele e sim de um tal Marcelo Paulino Rocha, que não tenho a menor idéia de quem seja.

Na mensagem, o tal Minuzzi -- ou sei lá quem usando o nome dele -- diz que não me limitei a perguntar sobre ele, mas o acusei efetivamente de ser o Luciano Ayan. Como prova, cita não o meu post de ontem, mas uma matéria de janeiro do Mídia Sem Máscara, cuja publicação, segundo diz, foi ordenada por mim. E aí ele próprio comete crime não de difamação, mas de calúnia, pois, se considera a matéria difamatória e diz que EU ordenei publicá-la (coisa que jamais fiz, como o editor Edson Camargo pode facilmente confirmar), ele está me acusando de um ato que ele considera crime, e que jamais pratiquei. Já tive de dar este conselho a muitos imbecis, mas vejo-me obrigado a repeti-lo: quando ameaça processar alguém, não cometa um crime contra ele no próprio texto da ameaça. Qualquer iniciativa processual, nesse caso, entrará na categoria da DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA e poderá ser punida com até oito anos de prisão.

Se vocês estão achando este episódio muito confuso, saibam que o tal "Ayan" criou toda uma indústria de fakes -- até com identidades ideológicas diversas -- especialmente para confundir e desnortear. Ele se gaba de ser um especialista em "guerra política", nome que ele dá a esse joguinho puerilmente malicioso.

Não é estranho, e aliás suspeitíssimo, que o Minuzzi, enviando uma mensagem indignada contra mim a um tal Marcelo Paulino Rocha, se omitisse de publicá-la na sua própria página, onde ela apareceria não com o nome do Marcelo, mas com o dele próprio? Até agora, nessa página, não há nem menção ao assunto.
Para compensar, apareceu por aqui mais um fake com o nome de... Matheus Mazzutti. Coincidência?
Tudo isso está me parecendo é mais um cirquinho do Ayan.

Depois que escrevi que a mensagem do Minuzzi não aparecera na página dele, ela repentinamente apareceu.

É uma décade e meia de trolagem, um confusionismo premeditado, uma manipulação alucinante, criminosa e sórdida. Esse Ayan tem menos credibilidade do que o João Santana.

A coisa mais urgente para o tucanato é destruir as reputações dos dois homens públicos mais decentes deste país -- Sérgio Moro e Jair Bolsonaro -- e tirar proveito oportunista e tardio dos protestos populares. Toda essa intriga do rei da trolagem, Luciano Ayan, não é senão um fragmento mínimo dessa operação.

Comédia mambembe: um anônimo queixando-se de dano à sua reputação. É como um castrado choramingar que chutaram suas bolas.

É alucinante. O tal Marcelo Paulino Rocha aparece com um print-screen para provar que o Minuzzi publicou, sim, a mensagem contra mim na própria página, mas, examinando essa página, vejo que o último post ali foi publicado em 27 de janeiro e não tem NADA a ver com o assunto. Até onde vai a compulsão falsificatória dessa gente?

A esta altura, já mais ninguém sabe se o "Ayan" é um técnico (talvez um grupo) contratado para espalhar desinformação confusionista, ou se é simplesmente um psicótico com personalidades múltiplas. Uma pessoa normal é que ele não é.

Alex Brum Machado, Flávio Quintela. Rodrigo Simonsen e Cezar Kyn, se vocês, como diz o Minuzzi, realmente sabem que é o "Luciano Ayan", por favor divulguem os dados dele o quanto antes. Ou por acaso ele conversou com vocês por Skype sem dar nome e endereço reais?


O de C
Uma boa biblioteca particular reflete a evolução histórica central de cada disciplina ou tema que interessa ao estudioso. Formar uma ao longo das décadas vale por dez cursos universitários, na improvável suposição de que estes valham alguma coisa.

Minha biblioteca divide-se nas seguintes seções:
1 - Bibliografia para a pesquisa da mentalidade revolucionária em geral.
2 - Estudos literários
3 - História da filosofia e dicionários de filosofia
4 - Filosofia: textos e estudos (por ordem cronológica)
5 - Literatura geral
6 - Artes, humanidades e educação
7 - História geral e especial
8 - Política européia atual-
9 - Psicologia e psiquiatria
10 - Esoterismo
11 - Religiões em geral
12 - Comunismo
13- Debate político americano
14 - Brasil e Portugal
15 - Ciências sociais
16 - Anticristianismo
17 - Matemáticas e ciências naturais
18 - Miscelânea
Há duas seções especiais fora da classificação: (a) Bibliothèque de la Pléiade; (b) Obras completas de alguns filósofos que consulto sempre, como Eric Voegelin, Cornelio Fabro e Xavier Zubiri.
A divisão expressa as minhas áreas de interesse e nãp uma classificação padronizada que não serviria para nada.


P. S. Esqueci a seção de idiomas, dicionários.e enciclopédias, que contém algumas preciosidades como a Enciclopédia Catolica de 1956, a Enciclopédia Universalis, a Enciclopédia Judaica e o dicionário do Dr. Johnson em fac-simile.


O de C

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Luigi Amendola Professor Olavo: Pode me indicar um livro de História da Ciência Política?
Olavo de Carvalho
Olavo de Carvalho Philippe Nemo e Kurt Schilling.
Infelizmente os nossos militares são pessoas de mentalidade rasa, fútil e verbosa, incapazes de apreender a gravidade trágica da situação nacional. Se tivessem verdadeira consciência do abismo infernal em que o país está se metendo, já haveriam derrubado esse governo faz tempo. Clamar por "intervenção militar" não vai lhes infundir essa consciência.

"El sueño de la razón produce monstruos." Razão é eminentemente senso das proporções. Uma vez banida da esfera cognitiva e moral, só pode ser restaurada por um milagre ou pela morte.

Solução? Lutar dia e noite pelo bem, com a fúria e a tenacidade de um exército de heróis e mártires, e orar para que Deus, com pena dos inocentes, detenha a ação dos culpados. Ora et labora.


O de C
Por que, nos filmes de Hollywood desde a década de 90, ninguém mais sabe sofrer calado, a expressão das emoções é tão exagerada e todo mundo tem crise histérica? Que saudade daqueles atores de antigamente -- um Gary Cooper, um William Holden, um Robert Taylor --, que sem uma palavra, sem um gemido, transmitiam no olhar um oceano de emoções contidas! Agora tudo é barulhento e epidérmico, hiperbólico e insignificante. Chacoalha mas não comove.

Meu preferido sempre foi Robert Taylor. Ele sabia, só pelo olhar, parecer idiota ou inteligente, heróico ou gostosão, um doce de gente ou um verdadeiro diabo. E os diretores contam que era sempre correto e profissional, sem frescuras nem estrelismos.

Entre os poucos atores de Hollywood que honram a tradição dos Coopers, Holdens e Taylors estão Russel Crowe e Leonardo Di Caprio. Clint Eastwood também, mas já está com 173 anos.

O de C 
Toda a minha honra de escritor depende disto: Jamais reprimirei a expressão de um sentimento inocente ou de uma verdade inegável por medo dos maliciosos.

Antes censurado do que pusilânime.

As primeiras lições de coragem que recebi não vieram de nenhum guerreiro ou campeão de artes marciais. Vieram de uma mulherzinha frágil de um metro e quarenta de altura, minha mãe. Não posso decepcioná-la.

O de C

Quando propuseram o Betinho (Herbert de Souza) como modelo de santidade, na mesma hora entendi que num prazo de menos de uma geração o Brasil estaria moralmente destruído.

A paródia mundana da santidade é o sinal inequívoco da ruptura completa entre a alma e Deus.

By the way, jamais um santo, sem ser Papa ou cardeal, obrigado portanto pela função, falou na linguagem oficial da alta hierarquia eclesiástica. A voz de um santo é o que pode haver de mais PESSOAL no mundo.

O de C

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Uma vez provado que a Pepsi-Cola não usou fetos abortados "como" adoçante, e sim "no processo de fabricação" do adoçante -- uma diferença essencial e decisiva, sobretudo do ponto de vista dos fetos --, cai por terra a tese fundamental da filosofia do Olavo de Carvalho e toda a sua obra vai para o ralo.
Essa é uma das lições mais importantes que a molecada aprende hoje nas universidades brasileiras.

Quando os estudantes esquerdistas da MINHA geração chegaram ao poder, transformaram o país num favelão sangrento. Mas eles ainda sabiam ler ao menos um pouquinho. Imaginem o que virá quando chegar ao poder a geração do dr. Pirrôla.

Ernst Mach e Albert Einstein disseram que a visão heliocêntrica e a geocêntrica dos movimentos celestes são igualmente válidas. Mas, se eu digo a mesma coisa, fica provado não só que contestei Mach e Einstein, mas que sou uma besta quadrada.
Sem saber isso, ninguém merece um DIPROMA.

No meu tempo os estudantes de ciências eram mais sérios que os de letras, porque escolhiam a faculdade por interesse genuíno. Hoje é o oposto, por uma razão muito simples: a turminha vai para as faculdades de ciências porque um analfabeto funcional, incapaz de apreender nuances e desesperadamente necessitado de significações literais, compreende mais facilmente um manual de química do que "Guerra e Paz".

Macaquear é preciso: Tem aí um cidadão dizendo que meus alunos e leitores só gostam do que escrevo porque são vítimas do "socioconstrutivismo"...
Com certeza Miguel Reale, Herberto Sales, Carlos Heitor Cony, Nélida Piñon, J. O. de Meira Penna e outros admiradores da minha obra só entraram na escola durante o governo FHC.

Se você isolar abstrativamente o sistema solar do resto do universo, terá às vezes a impressão de que a Terra gira em torno do Sol, às vezes a impressão oposta. É por isso que, geometricamente, os dois sistemas funcionam. É óbvio que essa questão, portanto, não pode ser decidida na pura escala do sistema solar. E tão logo partimos para uma escala maior surge a questão do centro de massa, cuja solução eu e a torcida do Flamengo ignoramos.

Newton nunca disse que os objetos mais leves giram em torno dos mais pesados. Disse que todos giram em torno do CENTRO DE MASSA. Como não sei onde fica o centro de massa da porra do universo, não sei também o que está girando em torno do quê, e, enquanto aguardo para os próximos milênios a solução desse probleminha, considero o debate heliocentrismo versus geocentrismo provisoriamente indecidível, o que com certeza me torna um fanático religioso geocentrista.

Quando digo que uma questão é INDECIDÍVEL, estou afirmando, taxativamente, que NÃO TENHO NENHUMA OPINIÃO A RESPEITO; que, por maior que seja o meu interesse no assunto, e aliás por isso mesmo, deixo todas as opiniões em suspenso até maiores esclarecimentos, que talvez não venham no prazo de uma vida.
Mas basta eu afirmar isso e já aparecem milhares de pirrôlas, bagos e tutti quanti contestando a opinião que acabo de dizer que não tenho, como se não apenas eu a tivesse mas a defendesse com ardor fanático.
Como explicava o Cláudio Moura Castro -- o melhor comentarista de educação que já houve na mídia nacional --, no Brasil as pessoas não lêem o que está escrito, mas o que gostariam de pensar que é a intenção secreta do autor. Como não entendem o que está escrito, interpretam o que não está.
O raciocínio subentendido na mente do analfabeto funcional que assim procede é que não ter uma opinião quando ele tem uma equivale a contestá-la, a negá-la peremptoriamente. Por esse simples fenômeno nota-se o quanto o ensino universitário deste país desconhece a idéia mesma de debate científico ou filosófico, a qual depende, na raiz, da suspensão provisória do juízo. Entusiastas do heliocentrismo, do evolucionismo, da física einsteiniana ou do aquecimento global não podem nem mesmo admitir que exista algum debate a respeito, pois isso implicaria colocar em dúvida as certezas inabaláveis que adquiram desde o ginásio. Para preservar essa certeza, abstêm-se cuidadosamente de informar-se a respeito de possíveis teses adversárias, e assim fazem da ignorância mais patética o fundamento da "autoridade científica" em que repousa a sua segurança intelectual e até existencial. Por exemplo, quando eu era adolescente, li o livro de George Gaylord Simpson, "The Meaning of Evolution", e me tornei um evolucionista devoto. Mais tarde, porém, li outros livros -- de Giuseppe Sermonti, de Michael Behe, de David Berlinski -- e entendi que só havia duas maneiras de sair da dúvida: (a) tornar-me um gênio da biologia e resolver todas as dificuldades; (b) optar por um dos partidos na base da pura simpatia e defendê-lo até à morte. Não tendo vocação para a primeira alternativa nem sendo vigarista o bastante para me contentar com a segunda, convivo perfeitamente bem com a dúvida até hoje, mas basta eu dizer que ela existe e os entusiastas do darwinismo já me enquadram no partido inimigo, achando que se não derem cabo da minha pessoa estarão prestando um grave desserviço à memória de Darwin.
É claro que, na totalidade dos casos, esses indivíduos não são gênios da biologia, não resolveram nenhuma das dificuldades e em geral nem tomaram conhecimento de que elas existem.
Por favor, entendam que não estou "brigando" com ninguém. Estou falando de um problema alarmante, medonho, temível. O analfabetismo funcional endêmico entre estudantes e jovens professores universitários é o problema MAIS GRAVE dentre todos os que empesteiam o nosso país no momento. Dentro de dez, vinte anos, esses meninos serão senadores, deputados, governadores, juízes, e a estupidez geral que reina na nossa vida pública, com todo o seu cortejo de fracassos e misérias, terá evoluído para a barbárie pura e simples.

Até agora ninguém respondeu ao desafio do Dr. Robert Sungenis, que oferece US$ 100.00,00 a quem apresentar uma prova experimental do heliocentrismo. No Brasil deve haver pelo menos duzentas mil pessoas que se acreditam habilitadas a vencer esse concurso com um pé nas costas, mas não participam dele porque acham isso indigno das suas altas qualificações científicas...

Uma vez desafiei um evolucionista empombadissimo a ler e contestar ponto por ponto o livro do Dr. Vij Sodera, "A Little Speck to Man". Ofereci até enviar-lhe o livro de presente. Ele respondeu que não lia inglês...

A idéia de considerar hipóteses alternativas antes de firmar uma conclusão é desconhecida na universidade brasileira. Quando você a sugere, mesmo educadamente, todos ali sentem uma revolta profunda, que os queima desde as entranhas.

No Brasil, pesar argumentos contraditórios é fanatismo religioso.

David Luiz Dos Anjos Eduardo Heringue qual a diferença de verdade absoluta e verdade universal?

Só por curiosidade. Desde já agradeço.
· 7 h
Olavo de Carvalho
Olavo de Carvalho Absoluto quer dizer irrefutável, indestrutível. Universal quer dizer válido para todo tempo e lugar, mas não necessariamente irrefutável.
David Luiz Dos Anjos


Mal acabam de descobrir as tais ondas gravitacionais, e a turma já pede a minha opinião a respeito. Vocês têm idéia de quanto tempo eu levo para formar opinião sobre coisas dessa ordem?

Se todo o problema da educação nacional fosse a pura "doutrinação", uma campanha de propaganda bem conduzida bastaria para resolvê-lo. Mas os alunos das escolas brasileiras -- do primário à universidade -- não saem dali "doutrinados", isto é, imbuídos de um corpo de teorias, mesmo falso. Saem mentalmente deformados, transformados em aleijões intelectuais e morais repugnantes, verdadeiros diabinhos que se comprazem em pensar e fazer o errado.
Mais uma vez o dr. Pirrôla se oferece gentilmente para ser o símbolo condensador da deformidade psíquica da sua geração. Ele confessa que adotou o apelido "Pirula" quando soube que em finlandês essa palavra (grafada "pirulla") significa "diabo" e é empregada precisamente para designar pessoas que escolhem conscientemente fazer o que sabem que é errado. O prazer que ele e toda a sua turminha -- Maestro Bagos, Lola Barangovitch e tutti quanti -- obtêm nisso é patente, mas o fato de que seus vídeos tenham audiência e aplausos mostra que não se trata de fenômeno isolado e sim de um sintoma geracional.
"Doutrinação", perto disso, é água-com-açúcar.


A educação nacional não é "doutrinação": é iniciação diabólica.

Apegar-se a detalhes irrelevantes para impedir-se de compreender o óbvio é uma das características mais salientes do analfabeto funcional. Tem aí um cidadão alegando que o dr. Pirrôla adotou o apelido primeiro e só soube do significado depois. Talvez, mas, se o conservou depois que soube o significado e ainda se gaba disso em público, isso equivale a uma carteira de identidade psíquica. É isto o que está em pauta, e não a cronologia dos eventos.
Outro alega que o dr. Pirrôla é um bom rapaz, mas teve uma infância difícil, coitadinho. Já alegaram isso até do Champinha.

"Nenhum experimento jamais demonstrou que a Terra se move." (Albert Einstein, 1949)
E sou eu quem está "contestando Einstein", não é mesmo?

Newton admitia que um sistema geocêntico poderia ser verdadeiro caso houvesse em ação outras forças além da gravidade.
Mas sou eu quem está "contestando Newton", não é mesmo?

Galileu abjurou do sistema heliocêntrico -- não perante o Tribunal da Inquisição, mas muito tempo depois, logo antes de morrer. O documento em que ele faz essa declaração permaneceu escondido até 1989! "A falsidade do sistema copernicano não pode ser contestada por ninguém", diz ele.

Na controvérsia heliocentrismo-geocentrismo, as variáveis são tantas que, diante dela, só tenho dois meios de me livrar da dúvida: (a) torno-me um gênio da astrofísica e resolvo todas as dificuldades; (b) aposto às cegas num dos partidos e o defendo até à morte. Similarmente ao que acontece na discussão do evolucionismo, não tenho vocação para a primeira alternativa nem sou vigarista o bastante para aceitar a segunda. Portanto convivo pacificamente com a dúvida há muitas décadas e não acredito que a humanidade esteja com a respiração suspensa à espera de que eu resolva a questão.

Deveria haver limites para a escrotidão, mas já foram transpostos. A última dos pirrôlas é fingir que geocentrismo é teoria da terra plana e, demolindo esta última com a facilidade de quem peida, cantar vitória sobre o geocentrismo. Não há latrina, não há esgoto onde essa gente não afunde e se lambuze com gritinhos de prazer.

Qualquer que venha a ser o desenlace das futuras discussões sobre heliocentrismo e geocentrismo, uma coisa é historicamente certa: o heliocentrismo JÁ perdeu seus títulos de direito ao monopólio da verdade e hoje concorre com o seu antagonista em igualdade de condições. Isso quer dizer que TUDO o que conhecemos a respeito é o enunciado de uma contradição que não sabemos resolver.

Outra certeza histórica inabalável: a Igreja, depois de alguma relutância, aceitou o heliocentrismo com um espírito de tolerância muito maior do que muitos heliocentistas, hoje, sabendo que sua teoria não é eficazmente sustentada por nenhuma prova experimental, se dispõem a encarar a hipótese geocêntrica com a dignidade que ela merece. A classe científica é muito mais apegada aos seus mitos fundadores do que a cristandade jamais o foi a idéias cosmológicas deduzidas da sua fé.

S. Roberto Belarmino prontificou-se a discutir com Galileu com muito mais presteza do que qualquer heliocentrista, hoje, aceita discutir com o dr. Robert Sungenis.

O de C