domingo, 31 de janeiro de 2016

Se aceitamos o "casamento gay" e ao mesmo tempo reconhecemos trios, quartetos ou quintetos como "casais", nada impedirá que crianças sejam adotadas por grupos de marmanjos em rodízio nos papéis de papai e mamãe. Não há maior sinal de vacuidade e leviandade do que apoiar essa causa para parecer "mente aberta", sem pensar nas conseqüências. Se essa atitude vem acompanhada do desejo irrefreável de chamar de "fascista" quem a ela se oponha, então temos aí, no seu estado mais puro, o ódio à razão, a revolta psicótica contra a natureza das coisas.

O de C
Comecei ontem a ler a História das Invasões Bárbaras, o clássico de Thomas Hodgkin, 4800 páginas em oito volumes na bela edição da Folio Society. No começo vêm umas especulações filológicas que dão no saco, mas depois a narrativa toma impulso e se torna fascinante. Estou impressionado é com a covardia e inépcia dos comandantes romanos, negociadores e apaziguadores compulsivos que com freqüência preferiam vender-se ao inimigo em vez de combater. Tudo igualzinho ao que acontece na Europa hoje em dia.

O de C
Reinaldo Azevedo, quem diria, rebaixou-se a macaqueador do Villa, lançando indiretas e rótulos pejorativos sem nome como uma fofoqueira de cortiço. Nunca esperei vê-lo degradar-se dessa maneira, nem posso estar contente diante desse espetáculo abjeto. O homem evidentemente trocou a consciência por uma agenda política das mais chinfrins.
"Cuan dificil es
cuando todo baja,
no bajar también."
(Antonio Machado)

O ÚNICO símbolo unificador e candidato viável da direita à presidência é o Jair Bolsonaro. Ficar contra ele é dividir -- e ainda ter o cinismo de acusar de divisionismo a maioria que o apoia.

A Roxane enviou ao Reinaldo Azevedo o post em que eu dizia que (1) Ele estava lançando indiretas sem nome contra mim; (2) Nisso, seguia os passos do Marco Antonio Villa.
Ele respondeu que não tem medo (repetindo isto quatro vezes), coisa que ninguém lhe havia perguntado.Raiva enlouquece.

O de C

sábado, 30 de janeiro de 2016

Compreendo perfeitamente que o sr. Tirapani, fracassada a sua tentativa de assassinar a minha reputação, sinta que a DELE foi assassinada pelas reações que sua imprudência gerou. A minha, afinal, resiste, cresce e frutifica sob assalto diário e incessante de difamadores e intrigantes há quase vinte anos. A dele não resiste ao primeiro safanão, desencadeado por ele mesmo. Por que? Porque a minha é baseada em obra extensa, publicada e documentada, e a dele em presunção juvenil e blá-blá-bla. Repito a oferta: Peça desculpas e farei todo o possível para que você ainda possa, Tirapani, sair disto não muito machucado e tentar construir uma boa e justa reputação no futuro, baseada em trabalho e não em difamação.

Se alguém chamou o Tirapani de pedófilo, fez muito mal. Ele á apenas pró-pedófilo. O que, como diria Groucho Marx, não melhora em nada a sua situação.

O Tirapani acha mesmo que, por trás do palco, eu controlo as ações de meus 240 mil seguidores no Facebook, como um general que põe suas tropas em marcha. E o louco, evidentemente, sou eu.
Com toda a evidência, ele está meio atrapalhado, pois num dia pede penico, choramingando, e no dia seguinte bate no peito declarando guerra.
Ele se alia aos Velascos, ao Raphael Daher e a dezenas de outros que há VINTE ANOS me atormentam com acusações injustas, e depois de apenas UM DIA de respostas malcriadas na sua página se faz de coitadinho, alegando os sofrimentos que a coisa está causando à sua namorada -- como se eu não tivesse esposa e filhos que há duas décadas assistem, intimidados e deprimidos, ao lindo espetáculo que os Tirapanis da vida nos impõem.
Sua falta de senso das proporções e seu vitimismo fingido mostram que se trata mesmo de criatura abjeta e desprezível.


Pode parecer incrível, mas na mesma mensagem em que se faz de coitadinho o sr. Tirapani me lança MAIS UMA imputação criminal falsa, reincide no crime de calúnia: afirma que mandei alguém -- que não tenho a menor idéia de quem seja -- fazer ameaças à sua namorada. Esse louco me avalia, é claro, pela sua própria baixeza.

O Quintanilha jura destruir a minha reputação, o Maestro Bagos garganteia que vai quebrar a minha cara, e o Mirko roga a Deus que acabe comigo. Nunca vi tanta piedade cristã junta.

Nunca algum comunista, irritado comigo, desceu aos abismos de mendacidade criminosa e odienta em que se deleitam hoje tantos liberais, conservadores, evangélicos e católicos. Como a direita nacional inteira, com a coragem magnífica que a caracteriza, ficou quietinha, prudentemente encolhida no seu canto, só começando a esbravejar contra o petismo quando eu sozinho já havia dado cabo da hegemonia intelectual esquerdista, eu realmente não a conhecia muito bem e não podia adivinhar quantas cobras peçonhentas, escorpiões, ratos e aranhas nela se abrigavam. Será que, na ânsia de libertar o Brasil da quadrilha comunolarápia, abri inadvertidamente a caixa de Pandora?

Uma coisa essa experiência me ensinou: Nunca proteja os covardes. Uma vez livres do perigo eles tratarão de eliminá-lo, para apagar a história da sua covardia e poder gabar-se de que se defenderam sozinhos.

Não conheço conversa mais hipócrita e desprezível do que essa história de "Não tenho nada contra o Olavo, mas os olevettes etc. e tal".
Que é que posso pensar de um aluno que em vez de aprender o que estou ensinando só fica prestando atenção à conduta de seus colegas?
Se estivéssemos todos reunidos numa sala de aula, essa atitude já seria intolerável e, de todas as más condutas, a pior.
Mas, sabendo que cada aluno está separado do outro por quilômetros, sem poder ver-se senão através de posts do Facebook, a curiosidade insana quanto aos colegas é ainda mais porca e abjeta.
Pior ainda quando não se trata de alunos, mas de simples leitores. Que raio de espírito fofoqueiro leva um imbecil a prestar menos atenção ao que lê do que ao comportamento de outros leitores que aliás ele mal conhece, pois jamais os viu?

Nunca, em hipótese alguma, o entusiasmo da platéia por um escritor ou conferenciara pode ser nivelado a uma "seita". Não o pode nem mesmo a histeria fanática de garotas que se descabelam ante o roqueiro da sua preferência. Não há seita sem uma disciplina estrita, ritos hipnóticos, controle comportamental e vigilância disciplinar direta. Mas uma figura de linguagem sem sentido, repetida mil vezes, adquire foros de termo literal e descrição de uma realidade objetiva comprovada. Sabendo-se, ademais, as conotações criminais associadas ao termo "seita", a propagação desse chavão com sentido deslocado acaba valendo como uma prova, a evidência inegável de um crime. Qualquer um que use desse termo referindo-se aos meus cursos e alunos comete crime não apenas de difamação, mas de calúnia.

No Brasil é fanatismo idólatra concordar com quem tem razão.

Somem as páginas publicadas no Facebook ou em qualquer parte sobre o conteúdo das aulas do Olavo e sobre a conduta real ou suposta dos seus alunos e leitores. A proporção é de uma para dez mil. Isso já diz tudo. Só isso já atesta, no mínimo, uma completa falta de foco, uma dispersão mórbida, uma incapacidade intelectual MONSTRUOSA.

Se descrevo as coisas exatamente como você as vê, diga que não concorda, só para não ser xingado de idólatra. É o que os Rodrigos Cocôs, Tirapanis e Veadascos exigem: creia neles, não nos seus próprios olhos.

Afinal, de tudo quanto ensino, eles nunca dizem qual a parte com que não concordam, nem por quê. Apenas não concordam com que você concorde.


O de C
NUNCA uso os termos "psicopata", "psicótico", "doente mental
" etc. como meros insultos. São termos técnicos e devem ser reservados para a descrição objetiva de condutas reais. Quando eu disse que o Lula era um psicopata, fui logo confirmado por um psiquiatra forense.

O de C
Nunca vi em mim mesmo nenhuma qualidade intelectual excelsa, apenas um intenso, irrefreável desejo de compreender, de ver claro no meio da confusão. Nisso, nunca encontrei iguais ou similares. Espero que entre meus alunos apareça algum.

Um dos melhores modelos de compreensão que obtive na vida foi quando ouvi o maestro romeno Sergiu Celibidache regendo, em São Paulo, a 4a. Sinfonia de Brahms, que eu já tinha ouvido em tantas outras interpretações. Atenção, distinção e nitidez em cada detalhe eram as marcas do maestro. Parecia que em todas as outras interpretações faltavam notas.


O de C
Nunca tomei a iniciativa de ofender o Reinaldo Azevedo. Apenas contestei, educadamente, uma interpretação errada que ele fez do texto da Constituição. Foi ele quem tomou a iniciativa de me chamar de vaidoso e senil, encerrando uma amizade que eu prezava. SE ele me pedir desculpas, aceito discutir com ele o pretenso fascismo do Bolsonaro.

Quando deixo de comentar algum livro, artigo ou opinião relevante, em noventa por cento dos casos é por caridade. Apesar da minha admiração por Dom Quixote, não considero que minha missão seja sair pelo mundo "enderechando entuertos". Só endireito "entuertos" muito bem selecionados.

É só por impulso irresistível de psicologismo difamatório que uns fulanos e fulanas acham "vaidade" eu dizer que derrubei a hegemonia intelectual esquerdista sozinho, numa época em que Paulo Francis, Roberto Campos e outros meus antecessores já estavam mortos ou fora de combate e meus possíveis sucessores -- ou melhor, macaqueadores -- não haviam entrado em campo. Essa é uma questão de relevância histórica, não uma disputa de mérito pessoal. A verdade histórica tem de ser defendida a todo preço. Deveria eu traí-la só para que anjos de humildade como Rodrigo Cocô e Reinaldo Azevedo não me chamassem de vaidoso?




O de C

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Alguém acha mesmo que é possível eu estar em comunicação privada com milhares de alunos, tramando em segredo boicotes e sacanagens contra inimigos meus? Só se eu tivesse uma assessoria montada e profissional para isso. Quem tem são os meus detratores, isto é a coisa mais óbvia do mundo.

Há mais de uma década sofro o assédio diário de difamadores odientos, e mal posso responder a dois por cento deles. O Tirapani recebe umas mensagens agressivas UMA VEZ durante UM DIA, e já sai choramingando, se fazendo de vítima. Caráter é tudo nesta vida.

Há nitidamente dois grupos distintos promovendo o assassinato da minha reputação. O primeiro é emebelista-tucano. O segundo é tradicionalista "enragé", russófilo e anti-semita. Não sei se há ligação entre os dois. Também é claro que metade dessa identidade ideológica é mera pose, às vezes sintoma psiquiátrico. Não se trata, na verdade, de nenhuma luta ideológica, e sim de ódio grupal puro e simples.

Alguns dos meus detratores está em condições de discutir algo que ensinei nos meus livros e cursos? Eles já provaram que não. Assassinato de reputação é o que resta. Pretextos ideológicos são mero disfarce. O que há é que a inteligência deficiente enxerga o demônio em tudo o que não compreende. É o ódio do incapaz a tudo o que está além do seu horizonte de consciência. O mesmo ambiente social que sepultou o Mário Ferreira dos Santos e o Gustavo Corção, que fez tudo para boicotar o Gilberto Freyre e encerrou o Otto Maria Carpeaux num engradado de silêncio após a sua morte vislumbrou um novo perigo e imediatamente convocou milhares de imbecis para uma guerra santa.

Mensagem e resposta:
Paulo Leitão : Olavo, desafio você para um debate público para provar que você e o Padre Paulo Ricardo estão sob excomunhão Letae Sententiae. Aproveito também para defender Dom Odilo e o Papa Francisco dos ataques que fez.
Eu : Não posso ser ao mesmo tempo advogado e réu. Quem propõe um absurdo desses não tem a menor idéia das exigências éticas de um debate. O que você está propondo não é um debate, é um tribunal no qual você é o acusador e eu o réu. Que tal fazer antes disso o SEU julgamento público: Paulo Leitão é ou não é anti-semita?

Paulo Leitão não capta ironia, o que é um sinal de doença mental. Tomou em sentido literal a minha proposta irônica de um debate sobre o seu anti-semitismo. Eu JAMAIS seria porco -- ou leitão -- o suficiente para propor um debate no qual o meu interlocutor fosse ao mesmo tempo debatedor e acusado.

Nas preliminares do "debate" que propõe o infeliz já se melou todo. Provou que não tem a mínima idéia das exigências éticas e lógicas de um debate. Aristóteles já recomendava não discutir com esse tipo de pessoas.

Não podendo compreender o que eu digo, justamente por isso uns quantos fulaninhos tratam de conjeturar intenções secretas, malignas e terrivelmente fascinantes por trás do que me ouvem dizer. Posam de analistas de inteligência, quando são apenas sintetizadores de burrice. Um de seus métodos preferidos é macaquear, com sentido invertido, alguma coisinha que eu disse. O Tirapani, baseado numa informação falsa dos Veadascos, me acusa de guardar informações íntimas dos meus alunos para chantageá-los, e depois, quando desmascarado, diz que está sendo vítima de assassinato de reputação. Alguns fazem isso por malícia, outros por genuína mimetização esquizofrênica da identidade alheia.

Alguns são loucos o bastante para achar que me chamando de "Sidi Muhammad" estão soprando uma temível "inside information". Já falei mil vezes da minha participação na "tariqah" do F. Schuon, uma história de trinta anos atrás (vinte e nove e meio, para ser exato), e até hoje tem neguinho querendo bancar o agente secreto com fragmentos desse episódio.

Paulo Vitor Piñeiro Professor.Naquela época o senhor ainda não havia se convertido ?
Olavo de Carvalho
Olavo de Carvalho Nunca me converti, nunca abandonei o catolicismo. Já expliquei mil vezes que aquela tariqah era uma organização multiconfessional, esotérica, onde inexistia a noção de "conversão". Thomas Merton precisou se converter ao budismo para praticar ascese budista?
Olavo de Carvalho
Olavo de Carvalho Uma tariqah não é uma sociedade secreta. E a do Schuon estava REPLETA DE CATÓLICOS TRADICIONALISTAS (da linha do próprio Leitão). Ainda assim, quando saí da organização, fiz um relato completo do episódio ao meu confessor, que com certeza não era o Leitão.

O que até hoje não compreendi é como posso ser ao mesmo tempo um agente muçulmano, um espião judaizante disfarçado no seio da Igreja Católica e um maçom de sei lá que grau. Os fulaninhos, realmente, me acusam de tudo isso. É a regra de Talleyrand: "Caluniem, caluniem, alguma coisa sempre acabará grudando."
Leiam http://www.olavodecarvalho.org/semana/100920dc.html

O de C

Morte do Juninho

Parece que somente diante da morte é que se ganha uma perspectiva acertada da vida.

Quando a morte poderia ter sido evitada, quando se tem a impressão de que aquele que se foi escorreu por entre nossos dedos, é que se percebe que as boas ações, a bondade é o que deveriam ter sido cultivadas em primeiro lugar. Se tem a impressão de que a ação eficaz para neutralizar e sobrepujar o mal não fez parte das linhas de ações causais que culminaram na tragédia que vitimou a pessoa que poderia ter sido carente de nós.

A última coisa que disse a ele, quando abriram o caixão no cemitério, foi: "Vá com Deus."

 E a coisa constante é voltar à rotina e, a todo tempo, dizer: "Quando fiz esta tarefa ou visitei este lugar ou ação ou qualquer outra coisa que já se tenha feito antes, o Juninho ainda vivia."
Não agüento mais esses tipos que saem por aí vestindo umas cuequinhas, mostrando umas bundinhas, e acham que com isso estão fazendo uma revolução, Lênin fuzilaria todos na mesma hora.

O de C
Toda aristocracia começa com um punhado de heróis e termina num bando de filhinhos-de-papai.

A Casa Real britânica só sobreviveu porque obriga seus filhos a agüentar a dureza da vida militar e a ver de perto os sofrimentos do povo no serviço social.

O de C
Se a grafia das palavras estrangeiras deve fazer uma forcinha para sugerir o som delas na língua original, então não se deve escrever "Islã" nem "Islão", e sim "Islam".
Só os franceses se orgulham de pronunciar errado toda palavra que vem de fora. Isso baseia-se no princípio de que "Ce qui n'est pas Français n'est pas bon."

O de C
A existência de um poder legislativo permanente é a contradição básica da democracia: pagamos os tubos para que setecentos e tantos palpiteiros fiquem o tempo todo nos sobrecarregando de novas proibições e obrigações.

É mais razoável acreditar em duendes do que em fumo passivo, aquecimento global, desarmamento civil e economia sustentável -- tudo aquilo em que os poderes legislativos acreditam com maior devoção.

Qualquer nova lei, pelo simples fato de ser nova, não presta. Só nos países que respeitam suas leis mais antigas existe liberdade.


O de C
Bancos existem para transformar o seu dinheiro em dívidas sem que você tenha comprado nada.

O de C
Um mérito não se pode negar à campanha anti-olavista. A sanha devoradora da sociedade antropofágica permaneceu, até recentemente, uma força constante, mas discreta, um mal secreto que rastejava nas sombras em busca das suas vítimas e só se tornava visível pelos seus efeitos de longo prazo, por sua vez nem sempre ostensivos e espetaculares. Escritores, artistas, filósofos e sábios iam definhando e morrendo, sacrificados e servidos na mesa da estupidez sem que se pudesse identificar pelo nome um grupo de culpados. Velascos, Tirapanis e similares, agora, encarnam essa força odienta a maligna com uma presença ostensiva, com uma teatralidade histriônica que jamais poderá voltar ao conforto do anonimato. Pela primeira vez a antropofagia brasileira tem exemplares individualizados que podem ser isolados e colhidos para estudo. São como o abscesso que, traz à flor da pele a infecção longamente escondida no fundo do organismo.

O de C
Os termos "direita" e "esquerda" têm vários níveis de significado, que correspondem a fenômenos reais especificamente diferentes, que os nossos lindos doutrinadores e comentaristas de mídia confundem até chegar à alucinação completa.
1. Desde logo significam “ideologias”, isto é, modelos gerais de sociedade, documentados historicamente em textos e justificados por interpretações da realidade histórico-social modeladas numa linguagem aparentemente científica, mas criadas propositadamente para justificá-los.
2. Vêm em seguida as auto-imagens justificadoras dos grupos políticos ativistas, as quais só correspondem às ideologias muito esquematicamente, apelando não raro à imitação da linguagem adversária, como por exemplo quando uma facção direitista se apresenta como defensora da “justiça social” ou o esquerdista apela a “valores cristãos”.
Esses dois níveis não podem, de maneira alguma ser descritos e analisados com os mesmos conceitos.
3. Num outro nível, existem os grupos e partidos reais, liderança e militância. Suas ações só coincidem com a auto-imagem e com a ideologia de maneira remota e hipotética, pois, mesmo supondo-se que tenham o sincero desejo de realizar as metas ali delineadas, têm de primeiro tomar o poder. Estratégia e tática de tomada do poder confundem ainda mais os vários níveis de discurso, por causa das exigências imediatas da disputa, das alianças e da propaganda.
Temos, portanto, não uma oposição dual, mas uma complexa dialética de SEIS elementos que se combinam das maneiras mais imprevistas em cada situação concreta. A confusão leva os observadores mais inexperientes a desistir de saber o que são direita e esquerda e, portanto, até a negar que elas existam. Essa incapacidade camufla-se, com freqüência, numa afetação de superioridade olímpica, onde o sujeito, justamente por não conseguir entender o fenômeno, acredita que o “superou”.
O dr. Feuerstein destaca, entre as principais deficiências da inteligência humana, a dificuldade de seguir DUAS linhas de raciocínio ao mesmo tempo. Imaginem agora o que os nossos iluminados doutrinários e comentaristas conseguiriam fazer com SEIS linhas simultâneas. Anos de treino no modelo dialético da cruz de seis pontas são o mínimo necessário para fazer de alguém um verdadeiro cientista político.


Tanto a “direita” quanto a “esquerda”, por sua vez, subdividem-se em vários fenômenos especificamente diferentes, que só podem ser descritos por conceitos criticamente elaborados e distintos. Só para dar um exemplo, o “liberalismo” é um termo que abarca no mínimo seis correntes ideológicas distintas, às quais correspondem na esfera política real não sei quantos grupos entremesclados e confundidos. Não posso explicar isso aqui por extenso e, portanto, só vou dar, a título de amostra, os nomes de seis ideologias liberais:
1) Liberalismo econômico teórico de Adam Smith (que só tardiamente viria a ter alguma encarnação política).
2) Liberalismo antimonárquico.
3) Liberalismo anticatólico.
4) Liberalismo anti-estatista. (austríaco).
5) Liberalismo católico (herético), condenado em várias encíclicas papais, e antecessor, não raro colaborador, de uma corrente esquerdista, a teologia da libertação.
6) Liberalismo pós-moderno (misto de economia de livre-mercado e a “liberação sexual”, de drogas, etc.
Cada um desses liberalismos aproveita-se, às vezes, da lingüagem de alguns dos outros, criando uma confusão dos demônios.
Entendem por que digo que não existem cientistas políticos no Brasil?


A ciência política, como a zoologia, começa pela classificação dos bichos.

O de C
 
O maior desespero de um professor: quando um sujeito não sabe ler, ele não sabe o que é ler, portanto é impossível mostrar a ele que ele não sabe ler.

O de C

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Muitos acham que descobrir a que você tem resistência seria indício de vocação. Não é. Ter resistência é indício de que aquela profissão, aquele ofício, você suportará, mais nada. Vocação é outra coisa, a ela ninguém resiste quando a discerne e não há nada que nela você precise suportar, salvo você mesmo, que costuma atrapalhá-la mais do que ajudar.

Francisco Escorsim
Contrariar os preconceitos e vícios alheios é um ótimo modo de limpar a lista de amigos sem ter trabalho.

A crítica intelectual deve ser movida por razões intelectuais, e portanto só pode ser feita por alguém qualificado. A maioria dos alunos rebeldes não se considera um "par" do professor, e isso já mostra que deveriam estar quietinhos. As críticas são movidas por puro ressentimento.

Rafael Falcon 
Quase toda relação social no Brasil é perniciosa, e aquela que se dá no seio das igrejas não está excluída de modo algum. De que serve, por exemplo, o sujeito dedicar-se à virtude, se por "virtude" ele entende "ser como os outros gostariam que eu fosse"? Assim a virtude se torna apenas mais um instrumento pelo qual o mundo (e seu príncipe) o controla.

Poderíamos fazer um glossário das virtudes cristo-brasileiras. "Paciência" é ser conivente com as maldades alheias; "humildade" é esforçar-se para persuadir todo mundo de que você não é melhor que eles; "vaidade" é fazer uso das suas prerrogativas por méritos objetivos; etc.

Além das relações sociais, o Brasil sofre muito com o analfabetismo funcional e a pressa de julgar sem entender.

A virtude não se mede como um "meio-termo", mas como adequação da atitude ao seu objeto. Por exemplo, a humildade é uma atitude adequada ao valor objetivo do sujeito. Você pode estar no meio-termo absoluto, e mesmo assim não estar na virtude.

A diferença entre coragem e temeridade não está na "quantidade de virtude" (como se "coragem demais" fosse um vício), mas no objeto da ação. Quanto mais virtude, melhor. A temeridade consiste numa caricatura ou deformação da coragem, não em seu excesso. P. ex., entregar-se ao perigo sem necessidade é temerário, e entregar-se ao perigo por um bem superior é coragem. O objeto é que é diferente, não a intensidade da virtude.    

Perante Deus, por exemplo, o valor objetivo de todo ser humano é minúsculo. Por isso meditar sobre a grandeza de Deus torna os homens humildes.

Rafael Falcon  
O exercício do Carlos Velasco foi guardado justamente por ser uma exceção: o texto era enorme, fora de foco e absurdamente presunçoso. Não era um necrológio. Era um autopanegírico. O próprio print-screen que você publica confirma isso. Decidi guardá-lo como curiosidade, porque desconfiei que o remetente fosse um doente mental. Quando mais tarde ele confessou que havia entrado no curso "só para fazer contatos", sem nenhum interesse pessoal pela filosofia, localizei no meu arquivo o bizarro documento para mostrar como ele havia tentado me enganar. Agora entendo que a acusação INTEIRA que me fazem é baseada numa ampliação-generalização do caso Velasco, narrado com sentido deformado. Vocês não têm mesmo NENHUMA VERGONHA NA CARA.
Desde que manifestei, não digo sequer uma adesão formal, mas alguma simpatia pela candidatura Jair Bolsonaro à presidência da República, coisas estranhas começaram a acontecer no Facebook:
Desde logo, tornou-se mais intenso e visível o procedimento-padrão da quadrilha de difamadores e caluniadores que não me deixam em paz desde os tempos do Orkut: tão logo alguém publique qualquer acusação contra mim, juntam-se em bandos para dar-lhe apoio coletivo, negando aos meus amigos, alunos e leitores o direito de retrucar individualmente ou em grupo, que de imediato lhes vale o rótulo de “fanáticos idólatras”, “teleguiados” e outros semelhantes.
Quando denunciei o ardil em termos que não deixavam margem a dúvidas quanto à regularidade e constância do procedimento, minha página no Facebook foi imediatamente bloqueada, sob o pretexto claramente artificioso de uma foto publicada um ano atrás. A foto, fazendo gozação com a crise econômica, mostrava duas moças (vestidas) com um cartaz à beira da estrada: “Pague uma e coma duas.” Coisa realmente de uma obscenidade fora do comum, capaz de escandalizar o Maníaco do Parque, o Champinha e a comunidade pedófila internacional, talvez até uns ministros do governo.
Como então eu passasse a usar a conta da minha esposa, Roxane, para enviar mensagens à minha Fan-Page e não ficar totalmente desprovido de meios de defesa, a resposta não demorou:
Desde logo, um adepto – não sei se militante -- do MBL, Cassiano Tirapani, começou a me caluniar da maneira mais torpe. Além de repetir os chavões já bem conhecidos (“chefe de seita”, etc.), ele me acusava também de coletar informações sobre a vida íntima dos meus alunos para mantê-los sob controle mediante ameaça de chantagem.
Desmascarado o jogo sujo, graças à intervenção dos próprios alunos do Curso Online de Filosofia que na página mesma do sr. Tirapani desmentiam a acusação, a conta da Roxane foi bloqueada também, sob a desculpa de que era “inadequado” xingar o caluniador em vez de tratá-lo com o respeito devido a criatura tão nobre e santa.
É inútil esbravejar contra o Facebook. Os bloqueios acontecem automaticamente quando a empresa recebe denúncias em massa. A responsabilidade do fechamento incumbe, com toda a evidência, à militância organizada em torno do sr. Tirapani, erguido por essa mimosa comunidade à condição de bola da vez – a enésima encarnação do líder salvador, do santo guerreiro incumbido de eliminar o dragão da maldade, o execrável Olavo de Carvalho.
O próprio sr. Tirapani parece ter-se persuadido da missão sublime à qual os céus o convocaram, como se vê pela sua foto em trajes heróicos de cavaleiro andante, que ele mesmo publicou na sua página com exibicionismo histriônico digno de um folião em concurso de fantasias.
O papel que o destino lhe reservou, no entanto, parece um pouco diferente.
Esquerdista até 2013, segundo ele mesmo confessa, converteu-se depois não só à direita, mas ao “olavismo” mais extremado e devoto, desfilando numa passeata com o cartaz “Olavo tem razão”, e, mal assentada a poeira de tão radical transformação interior, embarcando logo em seguida na onda do anti-olavismo mais odiento e caluniador.
Se ele foi sincero nessas trocas de camiseta, a velocidade mesma com que elas se sucederam e o entusiasmo belicoso com que ele aderiu ao pró e ao contra já bastariam para evidenciar que se trata de uma personalidade instável, imatura e indigna de confiança.
Porém um exame da foto em que ele posa de olavista devoto na passeata de março de 2015 mostra-o na atitude exagerada e teatral de alguém que não expressa um sentimento genuíno, mas desempenha um papel premeditado. Muito provavelmente o seu olavismo temporário nada mais foi que uma encenação destinada a encobrir antecipadamente com um verniz de confiabilidade os futuros ataques caluniosos que ele já planejava desferir contra mim. Neste caso, não se trata de uma personalidade neurótica e vacilante, mas de uma personalidade psicopática, amoral, fria e calculista.
Qualquer que seja o caso, a esta altura a existência de uma campanha organizada de assassinato de reputação voltada contra a minha pessoa já se mostra como um fato patente e inegável.
Que essa campanha tenha se intensificado após as minhas expressões de simpatia ao deputado Jair Bolsonaro parece indicar uma fonte política bem definida – o que não impede que um ou outro desafeto individual vindo de outras épocas e de índole ideológica diversa – colhido entre anti-semitas, russófilos, tradicionalistas fanáticos etc. --, preste à campanha umas ajudinhas ocasionais, sem ter a menor idéia de a quem serve com isso.
Olavo de Carvalho
28 de janeiro de 2016

Sempre haverá Tirapanis e Velascos para ser usados nesse jogo sujo. Todos fracasarão e, no devido tempo, serão jogados fora, mas sempre aparecerão candidatos aos seus empregos. O mal não tem fim neste mundo.
"Um escritor de verdade não escreve nem um bilhetinho, nem um post do FB, sem deixar ali a marca do seu estilo e da invenção literária. Este critério já basta para separar os carneiros e os bodes.

Ah, já sei. "Mas ele fala cu..." E quem expeliu os cus da alta literatura? "Saura mon col que mon cul poise." (François Villon)

"

O de C

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

De tudo o que sai na mídia brasileira, o melhor que se pode esperar é alguma redação jornalística correta, como a do Reinaldo Azevedo. De valor literário, NADA.

Até os anos 70 do século passado, você abria um jornal e lia Julio de Mesquita Filho, Arnaldo Pedroso d'Horta, Antônio Maria, Rubem Braga, Fernando Sabino, Lívio Xavier, Sérgio Milliet, Otto Maria Carpeaux, Nicolas Boer, Gustavo Corção, Oliveiros da Silva Ferreira, Rolf Kuntz, Meira Penna, Antonio Olinto, Paulo Francis e dezenas de outros do mesmo calibre. Hoje lê Sakamoto, Leandro Narloch e Rodrigo Cocô. A mídia brasileira é uma espécie em extinção. Vamos ajudá-la a realizar sua vocação mortuária.

O de C
É claro que ninguém vai entender coisa nenhuma da minha alma por meio de adivinhações pejorativas ao estilo Rodrigo Cocô e Tirapani. Nem eu imaginei jamais que essas criaturas tivessem, seja a intenção, seja a maturidade requerida para me entender. Também é fato que pouco se saberá da minha vida interior pelos esparsos fragmentos autobiográficos que espalhei pelo Facebook, quase todos eles de natureza humorística. Mas os raros poemas que escrevi revelam, com certeza, alguma coisa.

Bruno Tolentino foi o maior poeta da língua portuguesa em muitos séculos, e o primeiro livro que se publicou sobre ele no Brasil foi uma curiosidadezinha biográfica a respeito de um caso homossexual que ele teve na Inglaterra. Isso revela TUDO sobre o estado mental da sociedade brasileira.

No Brasil não se discutem idéias, aliás nem pessoas. Discutem-se lendas urbanas e fofocas. Essa tendência sempre existiu neste país, mas agora ela domina integralmente o cenário mental nacional. Crítica literária, hoje, consiste em averiguar quem comeu quem.

A mais recente e popular lenda urbana colocada em circulação pelos meus detratores é a de que participei de surubas na tariqa do Schuon. Não há baixeza, não há sordidez, não há fantasia porca em que essa gente não se enlameie com prazer indescritível.


O de C


Não sei se vocês já repararam, mas não tenho nenhum espaço na grande mídia, não desfruto dos favores paternais da classe política, não tenho nenhum dos meios dos quais os meus detratores dispõem em abundância, e mesmo assim eles têm de se juntar às centenas, aos milhares para tentar dar cabo da minha reputação, obtendo nisso, no fim das contas, um resultado pífio. Faça as contas e veja se estou mesmo necessitado das suas lições de "ação".

Por favor, parem com essa bobagem de dizer que atraio públco para meus detratores. Alguém aí se lembra de Gustavo Costa, Armindo Abreu, Bertone Souza, Ely Vieira e tutti quanti? Concedo-lhes um espacinho porque sei que, tão logo o retire, eles desaparecem. Só alimento o bicho para depois poder mais facilmente matá-lo de fome.

Existe uma massa anti-olavette, desde os tempos do Orkut. Constitui-se de umas cinco mil pessoas. Onde quer que vejam alguém dizer algo contra mim, correm para apoiá-lo e chamar de "fanáticos idólatras" quem o contrarie, infundindo no engraçadinho uma impressão de popularidade, tão falsa quanto fugaz. São sempre os mesmos.

Essa turminha está sempre em busca do herói salvador que vai dar cabo do Olavo. Qualquer um que fale mal de mim se torna imediatamente o líder ungido do grupinho -- cargo que mantém durante alguma semanas, meses no máximo, para em seguida desaparecer no esquecimento como seus antecessores.

Quem acha que me envolvo em "briguinhas" não entende NADA do que está acontecendo. O anti-olavismo é o fenômeno sociopolítico MAIS IMPORTANTE E REVELADOR DO MOMENTO. Nele está a chave de toda a disputa de poder neste país. Esperem e verão.


O de C


Kim Jung Il Katacokinho é o futuro do Brasil.

A favor de "privatizações", meninada, até o Raul Castro é.

Quando o pessoal vai aprender que uma corrente política não se define pelo "modelo econômico" ou "modelo de sociedade" que defende, mas pelos grupos e esquemas de poder aos quais serve ou se alia?

"Je vais agir, c' est à dire, parler." (Charles de Gaulle)
Pessoas que nunca pensaram no assunto mas já têm opinião formada são as que tipicamente exigem "menos palavras e mais ações". Nenhuma delas me mostrou jamais alguma ação política que, excluída a violência física, não consistisse essencialmente de palavras.

Você sabe preparar uma assembléia para que ela, sem perceber que é conduzida, acabe votando o que você quer? Você sabe organizar uma greve, um piquete em porta de fábrica? Você sabe como criar uma rede para distribuição de propaganda proibida pela polícia? Você sabe como esconder fugitivos de tal modo que eles simplesmente desapareçam? Você sabe escrever notícias que transmitam precisamente a informação proibida pela censure sem que a censura perceba? Você sabe fazer bombas com materiais banais colhidos na sua cozinha?
Se não sabe, por favor, não me dê lições de política. Eu já sabia todas essas coisas -- e muitas outras parecidas -- aos dezoito anos.

Você sabe preparar e redigir um informe de inteligência? Aprenda isso primeiro antes de fornecer ao mundo as suas belas lições de política.

Se você acha que sabe alguma coisa de política, tome o poder na sua escola, no seu sindicato, na sua comunidade religiosa, na sua sociedade de bairro. Vença e derrube UM professor, UM intelectual público, UM figurão do partido adversário de modo a excluí-lo do páreo.
Depois venha me dizer o que fazer.

Você não percebeu, ô cretino, que boa parte das difamações que sofro acontecem só porque bloqueei a entrada em massa do duguinismo nas nossas universidades, deixando-lhe somente o espaço de conchavos diplomáticos com o governo? Empreenda com sucesso uma operação desse tipo e depois venha me ensinar a "agir".

Abra para você mesmo, sem dinheiro e com meios de ação restritos, um espaço igual ou superior à de mil inimigos bem subsidiados, e depois me ensine a "agir".

Se, depois de protestos que levaram dois milhões de pessoas às ruas, em vez de passar a organizar a militância no seio da sociedade -- nas escolas, nas igrejas, nas sociedades de bairro --, uma mente iluminada prefere andar a pé até Brasília para pedir que Suas Incelenças votem um "impeachment", só um cego, surdo, mudo e mentecapto não percebe que a referida criatura está boicotando o movimento popular em vez de fomentá-lo. A simples teimosia de continuar discutindo uma coisa tão óbvia já denota alto grau de analfabetismo político praticamente incurável.

Um verdadeiro líder popular age diretamente junto à população, longe das câmeras e dos sorrisos paternais da grande mídia. Um fantoche age sobretudo diante dos holofotes, só se comunicando com a população pela telinha. É O KIM JUNG IL KATAKOKINHO.

O Lech Walesa passou décadas organizando a militância popular, e só apareceu na mídia quando já era um quarentão. Pensem nisso.

Eu VI com meus próprios olhos, acompanhei de perto o movimento anti-aborto, que a mídia não sabia sequer que existia, crescer em segredo durante trinta anos, com trabalho sério de militância, e depois surgir como que do nada, impondo espetaculares derrotas parlamentares aos seus inimigos.

Será que ninguém mais neste país sabe distinguir entre um líder e um poster-boy?

O sr. Hélio Beltrão é, sim, um líder. Só que ele não fabrica outros líderes -- porque não sabe ou não quer. Só fabrica poster-boys.

O interesse pelas modas intelectuais estrangeiras, aliado ao desinteresse pela cultura brasileira, é uma das marcas registradas do presente liberalismo, que por isso mesmo jamais tocará o coração das massas e sempre terá inveja de quem toca. Os bons e verdadeiros liberais, um Donald Stewart Jr., um Antonio Paim, um Meira Penna, um Paulo Mercadante, jamais padeceram desse defeito horrível.

O de C














É realmente um absurdo aplaudir o Bolsonaro como se fosse o salvador da pátria. Todo mundo sabe que o salvador da pátria é o Kim.

O de C
Algo que, entre pessoas cultas, nem seria preciso dizer, mas que no Brasil soará até como um escândalo e um insulto, é que o liberalismo, na sua acepção atual -- nascido da escola austríaca de economia --, não faz parte da corrente central do pensamento mundial, é uma subcultura, um departamento menor e limitadíssimo, seja na sua esfera de interesses, seja na envergadura filosófica dos seus representantes. Nenhum "pensador liberal" se elevou jamais às alturas de Husserl e Jaspers, Scheler e Wittgenstein, Gabriel Marcel e tutti quanti. Nenhum deles pode nem mesmo concorrer com os marxistas Georg Lukács, Ernst Bloch ou Karl Korsch em densidade filosófica. Você pode passar a vida lendo livros liberais e não se tornará por isso uma pessoa culta. Isso dificulta um bocado o diálogo com liberais no Brasil, cada um deles preso na sua esfera de "special interests", desconhecendo tudo em volta e se achando o rei da cocada preta,

O de C

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Aviso importantíssimo: A conta do Olavo foi novamente suspensa, por 30 dias, a pretexto de uma foto inócua publicada mais de um ano atrás. É evidente que o motivo real foi o apoio que ele tem dado à candidatura Bolsonaro. Durante esse período, as mensagens dele serão publicadas no Real Talk e nesta Fan Page.

O maior perigo para a direita brasileira não é a sua "divisão": é a sua infiltração por novos e velhos carreiristas empenhados em neutralizar o movimento popular e preservar intacto o poder do estamento burocrático, se não o do próprio PT. Só um louco aceita "unidade" com agentes inimigos infiltrados.

Peço que todos compartilhem na minha página bloqueada as mensagens que coloco nesta Fan-Page. Vamos furar o muro da censura.

A coisa mais imbecil do mundo é reclamar que um sujeito "sempre acha que tem razão". Alguém no mundo defende alguma opinião por achar que ela está errada? Onde quer que vocês leiam uma acusação desse tipo, saibam que estão lidando com um "poseur" e vigarista.

É CLARO, é óbvio, é patente e inegável que, ao apresentar alguma opinião, acho que tenho razão. Se não achasse não a emitiria. Não sou vigarista como aqueles que, ao falar, sabem que estão errados, mas continuam fingindo.

"Cassiano Tirapani
Quem me conhece ou me lê há algum tempo sabe que o Olavo de Carvalho foi influente na minha forma de pensar e escrever. Sem o Pondé eu nunca teria me posicionado à direita, mas o Olavo passou a ser mais importante pra mim depois de eu abandonar a esquerda oficialmente, em 2013. Mas eu já lia ambos desde 2008, quando eu ainda era um esquerdista dissidente.
Sim, nunca me encaixei bem no que a esquerda esperava de mim, e a leitura do Olavo e do Pondé só acentuava o problema. Em 2012, eu lia A Filosofia e seu Inverso, sempre escondido na bolsa, protegido entre outros livros, quase como se fosse uma coisa proibida - e de fato era. Mas em 2012 poucas pessoas conheciam o Olavo fora do seu círculo de alunos e leitores ocasionais. Foi em 2013, com o lançamento do Mínimo, que o Olavo tornou-se razoavelmente mais conhecido.
O que eu gosto no Olavo é seu raciocínio quase sempre lógico aliado a uma boa retórica. Mas é claro que o Olavo comete erros, como qualquer autor. Já disseram - e o Olavo mesmo concordou que havia verdade nisso - que ele é uma mistura de Aristóteles com Alborguetti. Ser comparado a Aristóteles não é pouca coisa, é o filósofo mais genial, rigoroso e lúcido que já li. O problema é que essa metáfora parece ter tomado uma dimensão real na psique do Olavo. É duro escrever isso, e não o faço com a menor alegria, mas hoje eu vejo que o Olavo tornou-se mais um exemplo de sua paralaxe cognitiva - o que ele é e sua obra não estão exatamente de acordo. Há o filósofo, escritor, e analista político de um lado; e há o líder de seita, histriônico, sofista que "sempre tem razão" do outro. Quase sempre eles podem ser distinguidos segundo o veículo em que se expressam: o filósofo escreve livros, o sofista escreve posts de facebook.
O que eu vejo hoje na direita é a péssima influência do "olavismo cultural", que criou uma cultura histérica, persecutória, neurótica, e coletivista. O espírito da manada está entre nós, e a manada atropela, pisoteia, porque é estúpida. O populacho olavette lincha os dissidentes - que podem ser reais, ou meramente alguns coitados dotados de espírito e inteligência. O coletivismo que vivemos hoje fomenta a burrice, porque é necessário abandonar toda a inteligência para ser capaz de atacar qualquer um que não esteja alinhado, enquadrado, catalogado no paupérrimo imaginário moral e político dos seguidores do Olavo.
Na época em que Olavo e Francisco Razzo tiveram sua treta, só o Gustavo Nogy - aluno de longa data do Olavo - teve coragem pra dizer - muito respeitosamente - que o rei estava nu, e acrescento da minha parte: sofrendo de delírios megalômanos. O Olavo se ressentiu por não ser citado pelo Razzo como influência em sua formação, e assim persistiu em sua posição por tempo indeterminado. Note que há uma contradição implícita em ridicularizar e ofender alguém que você gostaria que admitisse que recebeu sua influência.
Muitos conservadores, por medo de discordar do Olavo, se calaram quanto a isso, inclusive eu. Eu pensei: "isso vai passar, é só um siricutico do Olavo", mas não passou. Piorou. Os episódios de perseguição se seguiram para todo e qualquer pensador de direita que não lhe dê as primícias de sua obra. A perseguição chegou a fazer um "expurgo" de suas alunas protestantes no ano passado (2015), um episódio vergonhoso, em que o Olavo de Carvalho exigiu expressões públicas de fidelidade de seus alunos. Pessoas realmente boas e sinceras foram humilhadas e excluídas do "convívio dos eleitos".
Agora, os olavettes estão flertando com discursos revolucionários, e criticam todos os que não reconhecem o Olavo como senhor e salvador. No fundo esses jovens são pobres diabos aterrorizados pelo poder retórico do seu professor, a quem chamam abertamente de "mestre" - o que é vergonhosamente aprovado e estimulado pelo filósofo. É o retrato claro de uma geração se afogando no naufrágio moral da modernidade, se agarrando a ídolos de barro em busca de salvação.
O Olavo hoje acredita que ele influenciou milhões de pessoas a irem às ruas pedir o Impeachment da Dilma - o que é totalmente falso. Poucas pessoas levantaram cartazes declarando que "Olavo Tem Razão", eu estava entre elas. O resto do povo jamais tinha ouvido falar de Olavo nenhum.
Ele acredita que vai restaurar a alta cultura formando uma legião de adoradores irracionais, robóticos, que só sabem reclamar do governo e, agora, dos que trabalham para derrubá-lo dentro da ordem política. Por isso o Olavo vomita ofensas e baixarias alborguettianas sobre o MBL, Kim Patroca Kataguiri, Reinaldo Azevedo, Fábio Osterman e outros. Até o Rodrigo Constantino, que já deu provas contundentes de que não é um liberal relativista, e sim um homem sério e comedido, foi soterrado com a torrente de ofensas alucinadas do Olavo.
O problema - entendam bem aqui meu ponto - é que precisamos parar de isentar o Olavo da responsabilidade sobre sua militância histriônica e burra. O Olavo ajudou a criar o monstrinho, ele moldou essa galera à sua imagem e semelhança, os alimentou com intrigas, e com aquilo que ele mesmo chama de auto-persuasão hipnótica. Essas crianças acreditam que são templários, mestres apologetas, gênios da filosofia universal que não conseguem compreender a diferença entre um non sequitur e uma bicicleta! Estes bostinhas não podem sequer colocar ordem na Igreja Católica, que está apinhada de comunistas, e vêm querer opinar sobre a política do Brasil?
O próprio Olavo falou tantas vezes que a estratégia deveria ser a ocupação dos espaços, a ocupação dos jornais, das universidades e dos partidos políticos. "Tomem um partido político antes de pensarem em intervenção militar" - dizia ele. Agora os caras do MBL vão lá ocupar espaços no PSDB, na Folha, no Senado, e o Olavo fala tudo o contrário do que havia dito! Uma das características do sofista é que ele está sempre certo, mesmo quando ele diz hoje o contrário do que disse ontem, vide Górgias. Vocês nunca repararam que o Olavo afirma uma coisa agora, e o exato oposto disso semanas depois com a mesma convicção enfática?
O Olavo poderia ter sido o unificador de toda a direita brasileira em um programa liberal-conservador, uma aliança estratégica para tornarmos o Brasil um país habitável, minimamente civilizado, e menos hostil à inteligência e à cultura. Mas essa oportunidade passou, e a oportunidade se toma no momento, ou se perde para sempre. Ele só precisava ter convocado um debate aberto, chamado os líderes das diversas frentes para conversar, estimulado a cooperação estratégica. Mas houve um problema de ego inflamado, e isso tornou-se impossível. O Olavo tem outros interesses que não são exatamente a reforma nacional.
A única coisa que os olavettes serão capazes de fazer hoje é espernear, inventar apelidos toscos pra gente, se enfurnarem em sua seita, difamar as "conservadias" (como eles dizem), tremerem e odiarem os "socialistas fabianos". Se você é conservador, ou gostaria de ser, faça um favor a si mesmo e leia Edmund Burke, leia Russel Kirk, Michael Oakeshott, leia nosso portuga João Pereira Coutinho. Leia Chesterton, Montaigne, Pascal, Bernanos, Tomás de Aquino, Santo Agostinho. Eu sei que é fácil pegar tudo isso mastigado nos artigos do Olavo, mas o que vem mastigado vem também babado de saliva pegajosa. É uma questão de higiene."

Cassiano Tirapani é um difamador malicioso, um vigarista em toda a linha. Darei um jeito nele quando me sobrar um tempinho.

Se me desgasto em vão na tentativa utópica de responder a milhares de difamadores, cuja produção já sobe a mais de duzentas mil páginas, sou acusado de dar valor a ninharias, de atacar pobres inocentes, de ser um brigão incorrigível. Se meus alunos e leitores, vendo a desproporção numérica monstruosa, assumem a minha defesa, é a prova de que são fanáticos idólatras membros de uma seita. Sendo portanto condenável qualquer tentativa de me defender sozinho ou acompanhado, a única maneira de contentar meus detratores é deixar-me prender na "espiral do silêncio" e consentir em ser esfolado sem reclamar. Mas, se eu fizer isso, vão me acusar de querer bancar o Cristo na cruz, e aí sim ficarão provadas as minhas pretensões divinas.

Um dos chavões mais freqüentemente brandidos contra mim é: "Ele não aceita divergências." Mas cadê as divergências? Só vem difamação, fofoca, maledicência porca. Ninguém discorda das minhas idéias. Só discordam de que eu exista.

By the way, criei o conceito de "paralaxe cognitiva" como um instrumento técnico para descrever um fenômeno bem preciso que se torna endêmico na modernidade entre os séculos XVI e XIX. Identificar o deslocamento entre o eixo de uma construção teórica e a experiência vivida do seu autor exige, no mínimo, o conhecimento dos fundamentos da construção e o da biografia interior do filósofo. Como tudo quanto de bom se injeta na sociedade brasileira logo se transmuta em cocô, inevitavelmente apareceram macaqueadores semi-analfabetos (um deles é o sr. Cassiano Tirapani) que transformaram o conceito num puro xingamento e passaram a usá-lo como rótulo depreciativo para designar qualquer contradiçãozinha moral -- real ou aparente -- entre uma declaração e uma ação quaisquer, algo como cobrar de um candidato eleito a falha em cumprir suas promessas de campanha...

Só os Veadascos, que muito provavelmente se dedicam a isso como profissão, já produziram contra mim umas quinhentas páginas, no mínimo, repletas de documentos com datas e circunstâncias propositadamente alteradas, acusando-me dos piores crimes. Quantas páginas eu precisaria escrever para esclarecer cada um dos pontos que eles falsificam e distorcem? Devo consagrar meses da minha vida a desmentir historietas grotescas nas quais só idiotas iguais aos seus autores podem acreditar? De outro lado, se eu contratasse um advogado para processá-los, quanto tempo deveria esse profissional consagrar ao caso -- só a esse caso, sem contar os outros --, até compreender cada falsificação em detalhe e poder redigir uma petição de centenas de páginas? Tudo é feito, enfim, para tornar impossível qualquer discussão honesta e para bloquear até mesmo os meus mais elementares meios de defesa. Não espanta que os Veadascos, assanhadíssimos, corressem para apoiar o sr. Tirapani.

O papel de um escritor na origem dos grandes movimentos populares é despertar potenciais de consciência que já estão latentes na sociedade e que necessitam apenas encontrar a expressão verbal adequada para poder manifestar-se à plena luz do dia. É óbvio que sua influência direta se limita a grupos relativamente limitados de leitores, mas através destes, e por mil e um canais que ele não controla, as fórmulas verbais que ele encontrou acabam correndo de boca em boca e se tornando "vox populi", inclusive entre pessoas que jamais ouviram falar dele. Para perceber qual foi o meu papel na origem dos protestos populares, basta fazer um "experimento imaginário" como recomendava Max Weber. Suprima da história de 1990 a 2005 a ação do Olavo de Carvalho e pergunte se o muro da hegemonia intelectual esquerdista teria ruído mediante a ação de Constantios, Pondés, Azevedos e tutti quanti, que só entraram em cena quando o serviço já estava feito e cujas críticas ao sistema esquerdista sempre se limitaram aos seus aspectos mais periféricos. O sr. Tirapani não tem a menor idéia do que seja influência cultural. Imagina que para um escritor desencadear uma tranformação na sociedade ele precisa ir de porta em porta distribuindo seus livros até alcançar a maioria da população. Para avaliar o quanto o seu critério é estúpido, basta perguntar quantos esquerdistas leram Karl Marx, ou quantos russos insatisfeitos com o regime soviético leram Soljenítsin.

Muitos advogados já se ofereceram para me ajudar e acabaram não fazendo nada. Não os critico por isso. Se o volume imensurável dos ataques já basta para sufocar a voz do próprio acusado, quanto mais a de um terceiro que chega tarde ao combate!
A coisa é realmente uma operação gigantesca de assassinato de reputação, apresentada cinicamente como "divergência".

O confusionismo proposital é tanto, que os mais dedicados dos meus detratores, os Veadascos, entre centenas de páginas de difamação e calúnia, nem mesmo esclareceram de quê, especificamente, estão me acusando. É de ser um agente islâmico enrustido, um muçulmano apóstata, um agente do Mossad ou um maçom infiltrado na Igreja Católica? Eles me acusam de tudo isso ao mesmo tempo e de muitas outras coisas. O objetivo, evidentemente, não é provar nada mas apenas empestear a atmosfera em torno de mim.

Sempre reconheci o trabalho dos meus antecessores, seja na filosofia, seja no combate cultural. Neste último caso, sempre reconheci minha dívida para com Paulo Francis, Roberto Campos, Paulo Mercadante e tantos outros. Mas o fato é que todos eles juntos JAMAIS QUEBRARAM A HEGEMONIA INTELECTUAL ESQUERDISTA, a qual estava viva e mais forte do que nunca quando eles já estavam perto da morte. Foi justamente isso o que me fez entrar na briga. A quebra da hegemonia intelectual esquerdista foi obra minha e somente minha. Pondés e Azevedos entraram em cena muito depois, num ambiente já bastante saneado. Não estou pedindo gratidão, apenas exigindo que se respeite a verdade histórica.

Também sempre reconheci que EU MESMO cheguei muito tarde a compreender a importância do Foro de São Paulo, para a qual o dr. José Carlos Graça Wagner, e só ele, me abriu os olhos. Mas todos os que depois consentiram, aos poucos e timidamente, a começar a falar do assunto chegaram mais tarde ainda, depois de fazer tudo para ocultar os fatos.

Devo dizer que não fiz o que fiz, só para que primores de modéstia e humildade como Rodrigo Cocô e Reinaldo Azevedo não me chamem de vaidoso?

O sr. Tirapani diz que só me tornei mais conhecido a partir de 2012. Falsíssimo. Minhas colunas de O Globo, Época e Zero Hora, que cessaram em 2005, tinham aproximadamente 300 mil leitores. Um de cada três comprou "O Mínimo". O livro não fez o meu público, apenas tirou proveito de um público preexistente -- aliás, de uma parte dele. O sr. Tirapani confunde a história do país com a história do seu cérebro.

Até 2005 eu não só tinha colunas em grandes órgãos de mídia (totalizando, como já disse, pelo menos 300 mil leitores), mas a toda hora aparecia em entrevistas na TV e no rádio, além de fazer viagens para conferências em toda parte, sempre com platéia lotada. A partir de então, tudo isso sumiu. Com o True Outspeak, "O Mínimo" e o Facebook recuperei UMA PARTE do público. Pode-se dizer que a partir de 2011-2012 começaram a aparecer CONSEQÜÊNCIAS POLÍTICAS da minha ação -- não meu público. Esse pessoal não tem a menor idéia de história...

 Não é coincidência que os efeitos políticos da minha ação só começassem a surgir justamente quando os meus meios de comunicação com o público já estavam restritos, quase estrangulados. O que aconteceu foi que parcela do meu público decidiu AGIR, o que seria impossível se esse público, longamente preparado, já não estivesse no ponto certo para isso.

Se para demolir a hegemonia intelectual esquerdista bastasse falar mal do PT, gabar as vantagens da economia de mercado e tecer loas ao Estado democrático de direito, qualquer Rodrigo Cocô ou Kim Kataguiri, para não falar de tipos bem melhores como Reinaldo Azevedo e Marco Antonio Villa, se desincumbiria da tarefa com sucesso. Mas, como dizia Nietzsche, só se vence aquilo que se substitui. É ridículo nivelar as polêmicas jornalísticas dessas pessoas, maiores e menores, com o trabalho profundo de formação de uma nova cultura brasileira desde bases universais, que empreendo desde o início dos anos 90, trabalho documentado na coleção inteira da "História Essencial da Filosofia", em dez livros de filosofia e em mais de duas mil páginas de aulas transcritas, sem contar as aulas que circulam ainda como gravações. Sem esse trabalho, toda a gritaria antipetista permaneceria impotente, por falta de lastro intelectual. A diferença é gritante para quem quer que tenha algum conhecimento do que é história cultural, mas, para quem só enxerga a superfície -- mídia e Facebook --, é tudo a mesma coisa. De novo, não se trata de pedir gratidão nem reconhecimento, mas de manter as coisas na devida perspectiva histórica e no adequado senso das proporções.

Na verdade, NENHUM comentarista de mídia faz NADA contra a hegemonia intelectual esquerdista, mesmo porque nenhum tinha preparo para isso. Todos, sem exceção, entraram diretamente na luta POLÍTICA E PROPAGANDÍSTICA, quando a hegemonia intelectual já tinha sido derrubada.

Ser famoso no Brasil é a máxima desgraça que pode acontecer a um cidadão. O sujeito começa a ser roído pelos vermes antes de morrer.

Não é materialmente possível responder nem mesmo a um por cento dos ataques difamatórios que me chegam diariamente. Mas alguma quota mínima TEM de ser respondida. Deixar de fazê-lo é cair na "espiral do silêncio".

Não é preciso somar os milhões roubados da Petrobrás e do BNDES para confirmar que o Brasil é uma sociedade podre. Basta notar o número de pessoas que, sem mostrar a mais mínima compreensão das idéias de um autor, e mesmo sem ter lido dele mais que alguns artigos ou às vezes nem isso, apenas posts do Facebook, já se consideram habilitadas a apreender as suas intenções mais íntimas, os seus sentimentos mais secretos, e até os conteúdos do seu inconsciente.

O fenômeno MAIS SIGNIFICATIVO na política brasileiral de hoje é o surgimento, dentro do quadro geral da "direita", de uma facção que pretende representar o melhor do direitismo, a sua versão mais linda e civilizada, e que já entra em cena, desde seus primeiros momentos, fazendo uso maciço dos mesmos procedimentos de ASSASSINATO DE REPUTAÇÕES característicos do comunopetismo. Isso, por si -- sem contar o esforço dessa facção para desviar o movimento popular de seus objetivos originários e transformá-lo em servidor da mesma classe política que ele abomina -- já não prenuncia nada de bom.

O Cassiano Tirapani é um exemplo claríssimo do fenômeno que já descrevi: Lendo-me, os inteligentes ficam mais inteligentes, os burros ficam loucos.

Centenas de anti-olavettes correm imediatamente em socorro de qualquer Zé Ruela que diga alguma bobagem contra mim, e ninguém vê nisso nada de anormal, mas, se os meus alunos tomam a minha defesa, são fanáticos idólatras. É evidente que as regras que os meus atacantes impõem à conversação são psicóticas no mais alto grau, para não dizer pura e simplesmente criminosas.

Se é verdade o que diz o filho do Pondé, que em casa o pai dele se refere ao "submundo do olavismo", o distinto me deve no mínimo uma explicação.

A mensagem dessa putada toda é no fundo sempre a mesma:
-- O Olavo tem razão, mas eu sou melhor que ele. Venham a mim as criancinhas.




O de C
O papel de um escritor na origem dos grandes movimentos populares é despertar potenciais de consciência que já estão latentes na sociedade e que necessitam apenas encontrar a expressão verbal adequada para poder manifestar-se à plena luz do dia. É óbvio que sua influência direta se limita a grupos relativamente limitados de leitores, mas através destes, e por mil e um canais que ele não controla, as fórmulas verbais que ele encontrou acabam correndo de boca em boca e se tornando "vox populi", inclusive entre pessoas que jamais ouviram falar dele. Para perceber qual foi o meu papel na origem dos protestos populares, basta fazer um "experimento imaginário" como recomendava Max Weber. Suprima da história de 1990 a 2005 a ação do Olavo de Carvalho e pergunte se o muro da hegemonia intelectual esquerdista teria ruído mediante a ação de Constantios, Pondés, Azevedos e tutti quanti, que só entraram em cena quando o serviço já estava feito e cujas críticas ao sistema esquerdista sempre se limitaram aos seus aspectos mais periféricos. O sr. Tirapani não tem a menor idéia do que seja influência cultural. Imagina que para um escritor desencadear uma tranformação na sociedade ele precisa ir de porta em porta distribuindo seus livros até alcançar a maioria da população. Para avaliar o quanto o seu critério é estúpido, basta perguntar quantos esquerdistas leram Karl Marx, ou quantos russos insatisfeitos com o regime soviético leram Soljenítsin.

O de C
A coisa mais imbecil do mundo é reclamar que um sujeito "sempre acha que tem razão". Alguém no mundo defende alguma opinião por achar que ela está errada? Onde quer que vocês leiam uma acusação desse tipo, saibam que estão lidando com um "poseur" e vigarista.

É CLARO, é óbvio, é patente e inegável que, ao apresentar alguma opinião, acho que tenho razão. Se não achasse não a emitiria. Não sou vigarista como aqueles que, ao falar, sabem que estão errados, mas continuam fingindo.

Se me desgasto em vão na tentativa utópica de responder a milhares de difamadores, cuja produção já sobe a mais de duzentas mil páginas, sou acusado de dar valor a ninharias, de atacar pobres inocentes, de ser um brigão incorrigível. Se meus alunos e leitores, vendo a desproporção numérica monstruosa, assumem a minha defesa, é a prova de que são fanáticos idólatras membros de uma seita. Sendo portanto condenável qualquer tentativa de me defender sozinho ou acompanhado, a única maneira de contentar meus detratores é deixar-me prender na "espiral do silêncio" e consentir em ser esfolado sem reclamar. Mas, se eu fizer isso, vão me acusar de querer bancar o Cristo na cruz, e aí sim ficarão provadas as minhas pretensões divinas.




O de C
O maior perigo para a direita brasileira não é a sua "divisão": é a sua infiltração por novos e velhos carreiristas empenhados em neutralizar o movimento popular e preservar intacto o poder do estamento burocrático, se não o do próprio PT. Só um louco aceita "unidade" com agentes inimigos infiltrados.

O de C

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

“São Tomás de Aquino definia a amizade como querer as mesmas coisas e rejeitar as mesmas coisas. Você só é amigo das pessoas que estão indo para o mesmo lugar, que têm os mesmos valores que você; os outros, ainda que sejam seus parentes, ainda que seja a sua mulher, seu pai, sua mãe ou seu filho, não são seus amigos, mas apenas pessoas conhecidas. Com essas pessoas, a atitude que você tem de ter é de caridade. Qual é a caridade que você pode ter com elas? Ensiná-las.
Se você ainda tem medo delas, e não está preparado para ensiná-las, fuja. Fique na solidão, se prepare, e quando você estiver fortinho volta lá, ativamente, com paciência, mas com firmeza. Nunca aceite a convivência nesses termos; nunca aceite a convivência mediocrizante, que vai te rebaixar, porque isso é o que a Bíblia chama de ‘roda dos escarnecedores’, e você não pode ter nada que ver com essa gente. Veja que se afastar das pessoas não quer dizer que você as odeie e não tenha amor por elas.”
- Olavo de Carvalho, trecho do Curso Online de Filosofia e uma dica básica preciosa para os que querem enveredar pela busca de verdade. "Idem velle, idem nolle": amigo é o sujeito que quer a mesma coisa que você e rejeita a mesma coisa que você.
A recepção entusiástica dada ao deputado Jair Bolsonaro por onde quer que ele passe mostra que, se a presente geração tem uma missão histórica, é a de realizar, sem extinguir uma só instituição democrática, o que os militares de 1964, extinguindo várias, não fizeram: extirpar o comunismo da vida política nacional, integralmente e para sempre.

O de C
"NENHUM destino individual é predeterminado. A liberdade de escolha é um fato. Ocorre, porém, que o "destino individual" é apenas uma construção abstrata. Cada escolha, cada ação humana está presa numa rede inabarcável de trajetórias individuais, familiares, grupais etc., que, não podendo ser controlada pelo indivíduo nem mesmo em pensamento, pesa sobre as conseqüencias de seus atos, levando-as numa direção que em geral ele não imagina e criando, pelo peso da sua irreversibilidade, a impressão de determinismo." - Olavo de Carvalho

Mais urgente do que "derrubar a Dilma" é sanear as igrejas -- católica e protestante --. excluindo até o último comunopetista infiltrado. Isso é condição indispensável para a organização da massa. É algo que tem de ser feito sem a menor complacência, sem o menor respeito humano.

O de C
Deus nos deu a imaginação para duas coisas: (a) ajudar-nos a ter compaixão pelos nossos semelhantes; (b) inventar situações possíveis para medir melhor a situação real. Quando, porém, se torna escrava do desejo, ela só serve para cobiçar os bens do próximo e inspirar uma bela punheta.

O de C
Quando alguma das ciências existentes não consegue confirmar por seus meios especializados alguma verdade que é óbvia e patente para qualquer ser humano normal, ela se apressa a declarar que essa verdade não existe em vez de confessar a limitação dos seus próprios métodos, limitação que na verdade a constitui e define como ciência especializada. É assim que uma parcela considerável da classe dos cientistas se torna uma quadrilha de usurpadores empenhados em negar a racionalidade humana para afirmar-se acima dela como única autoridade genuína. Sem esse fenômeno, o poder globalista jamais teria podido vir a existir.

Qualquer ser humano razoavelmente perceptivo nota, por exemplo, que a conduta transexual é uma construção secundária composta de fragmentos dos próprios estereótipos de gênero cuja validade ela finge negar. Mas, seguindo os conselhos dos cientistas em vez dos nossos próprios olhos, chegamos a crer que ensinar um menino a comportar-se como menino é impor-lhe um odioso estereótipo masculino, mas ensiná-lo a comportar-se como menina é apenas deixar que a sua natureza se expresse livremente.


O de C
Se, para aderir a uma idéia, você tem de esperar até que todos os ricos e famosos a aprovem, lembre-se de que a elite romana levou ao menos trezentos anos para começar a aceitar o Evangelho, e mesmo assim só o aceitou quando os bárbaros já tinham arrombado as portas do Império.

O de C

domingo, 24 de janeiro de 2016

Se o povo não aceitava nenhum político nos palanques, transferir a briga das ruas para o Congresso só pode ter sido idéia de jerico ou de raposa.
Provavelmente as raposas deram a idéia e os jericos foram andando a pé até Brasília para realizá-la.

O mais patético de tudo foi os meninos acreditarem que a massa se juntaria a eles na caminhada. É a prova de que nunca tiveram um emprego na vida.

O Jânio Quadros também acreditou que a massa iria a Brasília exigir o seu retorno à presidência. Mas ele tinha ao menos o atenuante de que era reconhecidamente maluco.

O de C

Quem capricha demais em manter uma pose de normalidade, das duas uma: ou é um psicopata manipulador com uma conversa de raposa tranqüilizando as galinhas, ou é um cagão histérico empenhado em camufar o medo desproporcional que amolece desde a base a sua espinha dorsal.
Não tenha medo de parecer louco quando descreve com racionalidade objetiva uma situação louca.


O de C
Quando o Lula perceber que a rejeição popular veio para ficar e é totalmente irremediável, sua psicopatia regredirá para doença mental puro e simples, e ele se tornará fraco, inofensivo e incapaz de defender-se. Será um espetáculo deprimente, mas curativo.

Psicopatia não tem cura, mas pode ser detida por um surto de psicose.

Um louco a mais, um criminoso a menos.

O destampatório histérico do Lula sobre a sua própria honestidade insuperável JÁ É sinal de uma psicose incipiente.

O homem que vive da própria imagem projetada não suporta o isolamento, o confronto solitário com a própria miséria (que é a experiência diária do fiel cristão). Isolem-no, e ele ruirá como um castelo de areia.

O de C



Toneladas de provas, legiões de testemunhas, escândalo atrás de escândalo, dois milhões de pessoas nas ruas gritando indignadas, não sei quantos pedidos de impeachment -- nada disso arranhou no mais mínimo que fosse o esquema de poder comunolarápio, que continua dominando o país com punho de ferro e o apoio ostensivo das Forças Armadas. Nada, nada pode contra o "Estado aparelhado". Mas como teriam os mágicos do PT aparelhado o Estado se antes não tivessem dominado a mídia, os canais de cultura, o sistema educacional e tudo o mais que a estratégia gramsciana recomenda aparelhar antes mesmo de qualquer tentativa de tomada do poder? O sr. Ostermann se gaba dos dois ou três peidinhos que ele e seus meninos deram contra o governo, mas onde estavam ele e os meninos quando, em 1993, eu lançava " Nova Era e a Revolução Cultural", resumo de conferências pronunciadas em dezenas de instituições culturais e militares, descrevendo a montagem do sistema em tempo de deter o processo e estrangular o monstro no berço? Os Kims e Holidays, na época,não eram nem espermatozóides, mas onde estavam as mentes iluminadas dos liberais e libertarians, bem como as altíssimas inteligências das Forças Armadas? A repercussão do livro foi tão gigantesca que a primeira edição se vendeu inteira no dia mesmo do lançamento -- uma conferência no Centro Educacional da Lagoa com auditório lotado e telões nos outros cinco andares do edifício para uma platéia que se espremia até nos corredores. Logo seguiu-se uma segunda edição, acrescida de artigos que eu ia publicando no Jornal do Brasil e na Tribuna da Imprensa. Quem pode dizer "Não sabíamos de nada"? Quem, tendo mantido na época uma atitude hesitante e omissa, pode vir hoje gangantear que "devemos trabalhar mais pelo país e buscar menos reconhecimento", quando TUDO o que vêm fazendo -- ele e seus meninos -- é cavar reconhecimento por tudo o que jamais fizeram de certo e pelo muito que fizeram de errado?

Ainda há tempo de agir, de salvar o que restou do corpo dilacerado do Brasil? Há:
Esqueçam os carreiristas e suas ridículas manobras parlamentares. Apostem tudo (a) nos panelaços, que calam a boca dos governantes e cortam sua comunicação com o país, quebrando sua autoridade na base; (b) nas manifestações de desrespeito ostensivo onde quer que apareçam comunolarápios ou seus cúmplices ativos e passivos; (c) nas investigações da Lava-Jato.


Um panelaço vale por cem passeatas, dá menos trabalho e não custa um tostão furado.

O de C
 

sábado, 23 de janeiro de 2016

Há quanto tempo aviso aos políticos conservadores que simplesmente NÃO SE VAi a certos lugares sem levar uma massa de militantes para reagir a ataques e frustrá-los? Mas eles insistem. É como tentar ensinar álgebra a um fóssil de tartaruga.

A lei número um da luta política, como da guerra, é: VENCER. Vencer SEMPRE. Na política e na guerra, toda derrota digna é indigna.

Se você vai a um lugar que está repleto de inimigos, tem de ir com a firme resolução E OS MEIOS de intimidá-los, humilhá-los e colocá-los de joelhos. Ou então não vá.

É horrível ver homens honestos e nobres como Dom Bertrand e Jair Bolsonaro ser expulsos de ambientes estudantis por umas dezenas de baderneiros. Isso NUNCA deveria acontecer. NUNCA se deve contar com a boa educação do inimigo, sobretudo quando você já sabe que ele é mal educado.

O de C


sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Nem todos os meus detratores são esquerdistas, liberais ou libertarians. Há muitos que pertencem aos seguintes grupos:
a) protestantes enragés que não podem ouvir falar de Nossa Senhora ou da Eucaristia sem ter ataques de nervos.
b) Católicos tradicionalistas que vêem provas de gnosticismo até na Lista Telefônica.
c) Integralistas.
d) Militaristas.
e) Guénonianos e schuonianos entusiastas.
O que há de comum em todos esses indivíduos é a presunção incomparavelmente superior ao seu grau de cultura e inteligência. Nisso eles não falham jamais.


Minha presença no cenário público tem sido o mais doloroso trauma já sofrido pela confortável indolência mental das classes falantes neste país. Todo mundo, aí, tem motivos de queixa contra o Olavo de Carvalho.
O simples fato de eu discutir temas, problemas, autores e livros essenciais dos quais essas pessoas jamais tinham ouvido falar, obrigando-as a um rápido improviso de fingimento diante da platéia, já é motivo para que me odeiem pelos séculos dos séculos.

Também é fato que, de todos os grupos citados, nem todos os anti-olavistas que se revestem da sua identidade para falar contra mim são representantes autênticos. A maioria apenas finge, porque, não tendo substância nem culhão para falar com sua própria voz pessoal, tem de escorar-se no apoio, ao menos imaginário, de algum grupo de referência. Ninguém pode acreditar seriamente, por exemplo, que os Veadascos sejam os católicos tradicionalistas que eles tentam parecer.

Eu teria também de ser muito mais louco do que sou para acreditar na sinceridade da fé evangélica do Julio Severo ou do Don Hank.

O ÚNICO detrator honesto e sincero que já tive foi o dr. Orlando Fedeli. O problema dele era o raciocínio linear, de rigidez cadavérica -- caipira, no fundo -- que ao menor sinal de sutileza dialética já acreditava estar vendo Satanás em pessoa.

Esqueci, na lista, o grupo dos ateístas devotos, como Punheteu, o Maestro Bagos e o Dr. Pirrôla.


O de C
Nos EUA os conservadores pó-de-arroz têm mais horror ao Donald Trump do que ao Obama. O Trump viola os seus códigos de polidez, desperta arrepios e gritinhos de "Ui ui!". Essa gente não vale o que peida.

Ninguém colabora mais que os conservadores para dar à esquerda o monopólio da linguagem agressiva. E mesmo lendo um pouco de Gramsci eles não entendem o que é engenharia da linguagem, nem muito menos a importância crucial que nela tem o aproveitamento das inibições verbais do adversário.

A linguagem presa na camisa-de-força de algum código de polidez e bom-mocismo é a marca inconfundível dos fracos e derrotados.

O Lula quebrou a espinha de toda essa gente mediante o simples expediente de xingá-la de coisas que ela se sentia envergonhada de revidar à altura. O petismo onipotente só começou a cair quando o povão, mais desinibido, começou a gritar "Vá tomar no cu!".

A grossura estudada do Lula aterrorizava os burgueses pó-de-arroz, que então corriam para puxar o seu saco.

Jamais conseguirei explicar a um americano, pelo menos da elite conservadora, a importância estratégica da linguagem de palavrões que adotei no Facebook, a qual, conforme o planejado, acabou por se alastrar por toda a sociedade, quebrando a magia tenebrosa do temor reverencial por trás do qual se abrigavam os comunolarápios. Palavrão, em inglês, é "profanity" ou "curse word", blasfêmia e maldição, coisa horrível que fere e põe em pânico as alminhas cândidas. No Brasil é gozação, esculacho, uma arma decisiva no combate à autoridade religiosa do mal.

Você pode discutir durante décadas com um bispo comunista da CNBB, denunciá-lo, citar contra ele todos os Santos Padres e cada palavra do Código de Direito Canônico, e ele continuará no seu posto, impávido colosso, deleitando-se na solenidade do cargo e olhando você de cima para baixo. Mande-o tomar no cu, em público, e tudo isso acaba em dois segundos.

Nos EUA só quem diz palavrões é a esquerda. Basta isso para explicar por que os conservadores, mesmo quando têm maioria, estão sempre em desvantagem. Amarrar o adversário na camisa-de-força de uma inibição lingüística é um TRUQUE MORTAL.

Quem acha que digo palavrões por um impulso instintivo e irrefreável só mostra que é um analfabeto funcional. Sou um ESCRITOR, caraio, alguém que, por definição, não usa NENHUMA palavra sem premeditação. Mas quem, no Brasil de hoje, sabe o que é um escritor?

O Brasil está repleto de pessoas escreventes que não conseguem sequer expressar seus sentimentos e impressões com alguma precisão, quanto mais calcular o efeito social do que dizem. Se tivessem um pingo de engenharia verbal, meus detratores já teriam acabado com a minha reputação faz tempo. Escrevendo como escrevem, só conseguem me encher o saco e arruinar-se a si próprios.

Farsantes devem ser enforcados com o próprio manto de respeitabilidade solene do qual se revestem.

Nos filmes de Hollywood, em cada três palavras duas são "fuck". É isso o que isola e debilita os conservadores.

Lênin já sabia que, na política, quem xinga mais sempre leva vantagem.

Num discurso recente o Trump usou duas vezes a palavra "fucking". Foi uma onda de chiliques que não parou até agora.


O de C
Norma universal: É mais fácil revoltar-se contra uma autoridade branda e paternal do que contra um tirano sanguinário. Daí que haja mais jovens "enragés" nas democracias burguesas do que nas sociedades totalitárias. Eis também porque todo jovem "enragé" é sempre um farsante e, em geral, nada mais.

O de C
Muitas pessoas apoiaram o MBL, a bicudagem, etc., simplesmente porque, no entusiasmo geral dos movimentos de protesto que rompiam um silêncio de trinta anos, não conseguiam imaginar que pudessem existir, entre seus companheiros de passeata, indivíduos tão pérfidos e maquiavélicos ao ponto de planejar torcer o sentido do movimento e fazê-lo trabalhar pela mesma classe política, pelas mesmas raposas velhas que o povo nas ruas abominava. Um cérebro traumatizado e cansado rejeita automaticamente uma carga adicional de más notícias. Muitos até hoje apegam-se loucamente à esperança de que por trás dessa operação astuta haja alguma boa intenção e de que seja possível uma "unidade" entre os que desejam a derrubada do estamento burocrático e os que só sonham em conquistar um lugarzinho dentro dele, se é que já não o têm.
O temor da decepção é uma forma sutil de covardia intelectual que faz aderir à mentira para evitar o confronto com uma verdade que se antevê como insuportável.
A coragem de encarar as coisas como são é muito mais rara do que a bravura física ou do que a disposição moral de lutar pelas boas causas.


O panelaço foi, até agora, a ÚNICA ação que teve algum efeito real. O resto é tudo mimimi de politiqueiros. Só o desrespeito organizado derruba o esquema comunolarápio.

Não será possível derrubar o esquema comunolarápio sem derrubar junto os demagogos que prometem, da boca para fora, derrubá-lo pelas vias institucionais.

Todo o esforço de emebelistas, bicudistas, tucanistas etc. é para boicotar a aplicação do único remédio possível para este país: a intervenção popular maciça.

Na esperança de todos esses, em vez do povo ocupando o Congresso teremos o Fernando Holiday ocupando a prefeitura de São Paulo.

Apoio QUALQUER manifestação pública anti-PT, mesmo que promovida pelo MBL. Só sou contra é a fazer todo esse bafafá para depois passar a bola à classe política.



O de C

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Lembrem-se de que devemos ao governo FHC:
a) O estímulo e proteção ao crime.
b) O início da propaganda comunista nas escolas.
c) A destruição das inteligências infantis por meio do socioconstrutivismo
d) A transformação do MST em poderoso movimento nacional, por meio de verbas do Estado.
e) O fomento a políticas abortistas, feministas e gayzistas.
f) A partilha do espaço político entre PSDB e PT, de modo a que nas eleições seguintes todos os candidatos fossem de esquerda.
Vocês ainda querem uma aliança com esse sujeito e seu partido para "acabar com a corrupção petista"?


Não tenho dados para um diagnóstico final, mas parece que, a esta altura, o processo de desvio do movimento popular para colocá-lo a serviço da tucanalha já está adiantado demais para ser detido. Ou a massa reage nas próximas passeatas, expelindo dos palanques os heroizinhos biônicos envolvidos nesse processo, ou tudo o que o povo fez nas manifestações não terá servido senão para validar uma farsa.

O de C
Com o Mário Ferreira em plena atividade, filósofos, no Brasil, eram o Gianotti e a Chauí. É de espantar que ao Olavo de Carvalho prefiram a Tiburi e o Safatle?
O Brasil optou, DEFINITIVAMENTE, pelo inferior.

O Brasil tem sempre o pior porque ESCOLHE o pior.

Só falta agora a próxima disputa presidencial ser entre Lula e Zé Serra.

O Brasil é realmente a sociedade antropofágica: tudo o que ela produz de melhor, ela come. Só sobrevive quem cai fora.


O de C

Encontrar a própria voz, o próprio tom, é essencial na vida em geral, mas na vida literária é PRIORIDADE UM. Encontrar, e não criar.

Vamos falar o português claro: na sociedade brasileira quase todo mundo se sente fracassado, e com justa razão. A compensação mais imediata, automática e desastrosa desse sentimento é o sujeito fingir que é o que não é. Se você quer ser um escritor, tem de primeiro aprender a falar com a voz do seu fracasso. Um pouco de autogozação ajuda muito.

Os livros brasileiros seriam muito melhores se todos começassem com a frase: "Sou um bosta, mas..."

Um leitor precisa ser muito tapado para não perceber que, nos meus escritos, os palavrões expressam apenas a recusa humilde de toda solenidade fingida.

Não quero falar a ninguém num tom que eu não possa usar num botequim de favela.

É por isso que sou muito mais aceito pelo povão -- ou por grandes escritores -- do que pela pseudo-elite da mídia e das universidades. Falo para os de cima e para os de baixo. Os do meio que vão tomar no(s) cu(s).

Ser um escritor é falar -- sempre -- de coração nas mãos.

Poses, trejeitos, afetações de polidez, teatralismos vários -- tudo tem de ser jogado na lata de lixo de uma vez para sempre.

Nos anos 50, todo mundo com ambições literárias sabia disso. A destruição da cultura superior veio junto com a ascensão da falsa polidez.

Naquela época, quem quer que dissesse que Graciliano Ramos, Jorge Amado ou Nelson Rodrigues eram "bocas sujas" estava imediatamente condenado ao ridículo.

Quando desaparece a literatura, desaparece logo em seguida a população de leitores capacitados. Esse é talvez o maior problema político do Brasil de hoje: você tem de educar o mesmo público que está julgando o seu trabalho. Os retóricos romanos já sabiam que essa é a situação de discurso mais temível e ameaçadora.

Tudo o que é necessário para você JAMAIS se tornar um escritor é meter-se em discussões prematuras e, na ânsia de vencê-las, apelar aos chavões mais usuais e correntes, cortejando a aprovação fácil da parte mais preguiçosa da platéia. Escritores existem para banir os chavões e preencher o lugar deles com linguagem viva. Entre ceder espaço a um chavão e perder a afeição dos imbecis, um escritor preferirá SEMPRE esta última alternativa.

Enquanto Lima Barreto afundava no isolamento que o levaria à bebedeira e à loucura, o escritor mais celebrado pela mídia da época era um tal de Pelino Guedes, que, obviamente, acabou desaparecendo no esgoto da História. A mídia brasileira sempre foi o templo da imbecilidade -- e, como o inglês da piada da vaca, não mudou nada.

O dia em que mais me senti realizado como escritor foi quando ouvi a massa nos estádios gritando "Hei, Dilma, vá tomar no cu." Por um milhão de vias sutis e não identificáveis, minha mensagem tinha chegado ao povão. Semanas depois a turma saiu às ruas com os cartazes de "Olavo tem razão", confirmando oficialmente o recebimento da mensagem. Outra mensagem bem acolhida foi o apelo ao panelaço, que produziu sobre a empáfia comunopetista os resultados mais devastadores -- na verdade, os únicos resultados substantivos obtidos até agora. Que é que eu faço quando vem algum Fábio Ostermann querendo me dar lições de política?


O de C

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Privado de qualquer possibilidade de diálogo intelectual à altura dos meus interesses, por absoluta ausência de interlocutores no panorama acadêmico e midiático no Brasil de hoje, e constantemente exposto, por outro lado, a maledicências grosseiras da parte de delinqüentes caricatos como Julio Severo, Rodrigo Cocô, Maestro Bagos, Veadascos, Paulo Porcão e inumeráveis outros, é mais difícil do que vocês imaginam manter minha atenção concentrada nos altos temas que leciono aos sábados e dos quais escrevo nos meus livros e apostilas. Nada mais irônico, nesse quadro, do que os conselhos (nem sempre bem intencionados) de que eu ignore essas baixezas por completo e me encerre numa torre de marfim enquanto em volta milhares de detratores enlameiam o meu nome impunemente, sem nem ao menos o temor de um revide -- conselhos tão insensatos e impraticáveis que, com certeza absoluta, nenhum de seus remetentes os seguiria se o nome achincalhado, mesmo numa proporção dez mil vezes menor, fosse o dele e não o meu.
Num cálculo modesto, são mais de duzentas mil páginas de calúnias, lendas urbanas e acusações insanas de toda sorte que circulam contra mim, e mesmo respondendo-as em dose incomparavelmente menor, opondo breves notinhas a destampatórios quilométricos e incessantes, acabo sempre sendo eu o acusado (mesmo por pretensos amigos) de xingar, de atacar, de "dividir", ou pelo menos de não me encastelar numa indiferença olímpica, de ser mesquinho ao ponto de... prestar atenção aos crimes que se praticam contra mim! A massa de ódio verbal aí já alcançou as proporções de um fenômeno de patologia social jamais visto antes em qualquer outra época e lugar.
Não tenho dúvidas que, se parte dele nasce da espontânea hostilidade de analfabetos funcionais ante quem tem algo a ensinar, outra parte, a maior, é uma operação de larga escala calculada para promover, não somente o meu descrédito, mas a destruição da minha psique. Operação que com certeza não terá o menor sucesso, mas que me mantém ao menos num estado de permanente cansaço físico e mental.
É também certo que um aspecto essencial da operação é achincalhar os meus leitores, alunos e seguidores do FB, rotulando-os de idólatras e fanáticos para me isolar, dissuadindo-os de dizer uma palavra em minha defesa ou obrigando-os pelo menos a fazer preceder de um humilhante "disclaimer" as palavras de defesa.
A mera possibilidade de processar um décimo dos caluniadores e difamadores é utópica, tão grande é o número deles, embora pequeno no confronto com o número total dos meus leitores e seguidores FB.

Falar de coisas que os mais burros não compreendem é despertar neles um desconforto, uma revolta, um ódio incontrolável. De tudo o que digo, muitos só captam uma coisa: a morte próxima da sua auto-imagem. Defendem-se dessa ameaça com a fúria de ratos encalacrados no esgoto, mas, para não confessar que estão lutando apenas em causa própria, dizem que estão defendendo a justiça social, o Estado democrático de direito ou qualquer outra coisa bonitinha. Todos sempre em luta, é claro, contra o fascismo.
É IMPOSSÍVEL defender-me de tantos ataques simultâneos, de tanta maledicência acumulada. Seus autores sabem perfeitamente bem que, incapazes de discutir a sério comigo, tentam vencer pelo número e pela velocidade alucinante, sobrecarregando-me de mais acusações do que eu poderia responder em dez anos, trabalhando full-time. Cada um deles, é claro, se faz de inocente, fingindo acreditar que é o único, que é um caso isolado, que portanto lhe devo a atenção de uma resposta detalhada, além de polidíssima. O efeito global é sufocante, é desesperador. É um estrangulamento de caráter.
É óbvio que estão usando contra mim a técnica da "'Death of a thousand cuts"
"If something is suffering the death of a thousand cuts, or death by a thousand cuts, lots of small bad things are happening, none of which are fatal in themselves, but which add up to a slow and painful demise."
Ninguém faz isso espontaneamente ou sem perceber.

Ainda mais impossível é lidar com essa situação e continuar tendo uma produtividade intelectual à altura do que meus alunos e leitores esperam. O objetivo da coisa toda, no fim das contas, é paralisar o meu trabalho ou ao menos deteriorá-lo pouco a pouco.
Não conseguiram ainda, mas quem disse que vão parar?


O de C