quinta-feira, 16 de junho de 2016

Desde que quebrei a hegemonia intelectual da esquerda, a grande mídia, depois de esforçar-se em vão para dar a impressão de que nada havia acontecido, compreendeu que esse caminho era inviável e passou a dedicar-se, de alma e coração, a uma nova tarefa, única e grandiosa: encontrar substitutos para o Olavo de Carvalho. Era uma maneira quase elegante de reconhecer a derrota sem ter de honrar o vencedor. Foi assim que se abriu espaço para o florescimento de criaturinhas como Rodrigo Constantino, Reinaldo Azevedo, Francisco Razzo, Joel Pinheiro da Fonseca, Kim Katakokinho e centenas de outras. Não há no mundo gremlins suficientes para preencher a vaga.

Assim como aguardei em vão, por anos a fio, que alguém da esquerda refutasse ao menos UM dos meus artigos, tenho, igualmente sem proveito, esperado que algum representante da "direita" o faça. Mas eles não podem fazê-lo, porque estão ocupados demais inventando fofoquinhas sobre os meus alunos, criando lendas urbanas sobre a minha família e me atribuindo idéias que nunca tive.
Não cabe, no entanto, falar de um "Imbecil Coletivo da Direita", pois se trata de um fenômeno totalmente diferente. Os esquerdistas imbecilizavam-se em grupo, levados pela pressão partidária e grupal. Os da direita pervertem-se a si próprios, sem nenhuma pressão de fora, movidos apenas por interesses mesquinhos, ânsia de subir na vida e uma inveja mortal. Muitos deles são criminosos em sentido estrito.

Se eu soubesse a merda em que a direita brasileira iria se transformar pelos bons préstimos de Arruinaldos Azevedos, Renans, Alex Catharinos, Julios Severos, Beltrões, Katakokinhos e tutti quanti, em vez de protegê-la contra os que queriam matá-la no bercinho eu a teria estrangulado com minhas próprias mãos. Infelizmente, mesmo o recordista nacional de previsões certas não pode prever TUDO.

É verdade que, um a um, eles vão se desmoralizando, queimando em quinze segundos sua quota de quinze minutos de fama. Mas isso não adianta nada, porque, para cada um que pifa, aparecem mais duzentos.

Quando digo que quebrei sozinho a hegemonia intelectual esquerdista no Brasil, quem diz que isso é "autoglorificação" é mulher de padre. Nenhuma modéstia ou humildade do mundo pode obrigar um sujeito a negar que fez o que fez. Mesmo que esse feito seja uma bela merda, e no fundo deve ser mesmo, foi meu e de ninguém mais. Arruinaldos Azevedos e similares são subprodutos acidentais de uma transformação histórica que escapa totalmente à sua compreensão.

Afinal, que é que há de tão glorioso em demolir de uma só tacada os prestígios de umas centenas de pseudo-intelectuais de um país periférico do Terceiro Mundo? Foi isso o que eu fiz, e é realmente uma bela merda. Meu trabalho de educador, despertando milhares de inteligências, é muito mais valioso que isso. Mas até a parte mais chinfrim do meu trabalho é tão superior às possibilidades dos Arruinaldos, que eles não passam um minuto sem gritar, entre contorções de inveja infernal: "E eu? E eu? E eu? Eu falei mal do petê! Eu falei mal do petê!"

Abrir algum espacinho para uma "direita" na placa de chumbo da hegemonia esquerdista foi apenas um capítulo menor e lateral na história dos meus esforços, embora aí esteja contida como subproduto a vida inteira daqueles que hoje ocupam esse espacinho como se fossem os donos do pedaço por mandato divino. Minhas verdadeiras ambições foram (a) resolver alguns problemas filosóficos e de ciência política que me tiravam o sono; (b) restaurar a força expressiva da língua portuguesa no Brasil; (c) criar e espalhar uma multidão de gênios e talentos.

O de C

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