Quando eu era jovem, quem reclamasse dos palavrões nos livros de
Jorge Amado, Graciliano Ramos ou José Lins do Rego era imediatamente
excluído dos ambientes cultos como um filisteu burguês inimigo da
cultura. Era um similar daqueles que se escandalizavam com Flaubert,
James Joyce ou Henry Miller. A cultura superior teve de ser totalmente
erradicada deste país para que professores e estudantes universitários,
cada um mais analfabeto funcional que o outro, começassem a ter
chiliques de moralidade ofendida ante um autor que diga "bosta" ou
"filho da puta".
O de C
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