sábado, 18 de junho de 2016

Quando eu era jovem, quem reclamasse dos palavrões nos livros de Jorge Amado, Graciliano Ramos ou José Lins do Rego era imediatamente excluído dos ambientes cultos como um filisteu burguês inimigo da cultura. Era um similar daqueles que se escandalizavam com Flaubert, James Joyce ou Henry Miller. A cultura superior teve de ser totalmente erradicada deste país para que professores e estudantes universitários, cada um mais analfabeto funcional que o outro, começassem a ter chiliques de moralidade ofendida ante um autor que diga "bosta" ou "filho da puta".

O de C

Nenhum comentário:

Postar um comentário