domingo, 19 de junho de 2016

guerra cultural contra o Ocidente; Júlio Severo

O problema do Julio Severo é que, além de vigarista desde o ADN, ele é MUITO inculto. Escreve com a maior cara-de-pau (ou inocência perversa) sobre assuntos que estão inalcançavelmente acima não apenas da sua capacidade, mas até da sua imaginação. Numa dessas ele chamou o René Guénon de “ocultista” e “expoente da Nova Era” (expressão que copiou de Nancy Pearcey). Quem quer que conheça a obra e a carreira do Guénon sabe que ele já começou a vida adulta, entre os dezoito e os vinte anos, desmantelando antecipadamente, genialmente e impiedosamente, tudo aquilo que viria a constituir a mentalidade, ou ideologia, da Nova Era: ocultismo, ufologia, teosofia, o escambau.
Para esoteristas islâmicos tarimbados como o próprio Guénon e em geral, os chamados “perenialistas”, todo esse lixo tem, no entanto, uma função histórico-estratégica precisa. O trajeto de um ocidental universitário desde o cristianismo até o Islam obedece a um protocolo fixo, infinitamente repetível. Primeiro o sujeito se revolta contra uma síntese confusa de cristianismo e capitalismo que ele imagina ser a mentalidade "dominante", e se filia a alguma corrente da esquerda revolucionária. A maioria petrifica-se aí mesmo, mas os mais inquietos continuam buscando e mais dia menos dia se interessam por coisas "espirituais". Aí se deslumbram com as "portas da percepção", com experimentos psíquicos de Esalen, com teosofia, enfim, com tudo o que constitui propriamente a "Nova Era". A maioria desses estaciona por aí mesmo, mas alguns mais qualificados continuam em busca de uma espiritualidade mais intelectualizada (de tipo, é claro, não-cristão ou pelo menos não católico). E é aí que o esoterismo islâmico (chamado impropriamente de sufismo, pois o sufismo é somente uma parte dele) colhe os candidatos a membros da futura "elite intelectual" islamizada, destinada a dominar, aos poucos e discretamente, o panorama da alta cultura ocidental, abrindo as portas para a ocupação islâmica. É um cálculo de longuíssimo prazo, mas que raramente falha.
Ao fazer a apologia do falso “conservadorismo cristão” russo, que está perfeitamente integrado no esquema islamizante, o qual sempre usou a Igreja Ortodoxa russa como uma das etapas possíveis da transição de cristãos para o esoterismo islâmico (Frithjof Schuon e Martin Lings capricharam muito nesse ponto), tipos como Julio Severo servem docilmente a essa operação como bonecos de ventríloquo, sem ter a menor idéia do que fazem, pois, por definição, o idiota útil é demasiado idiota para saber a quem é útil. Os esoteristas islâmicos comem gente como ele no café da manhã e ele ainda imagina que os está combatendo bravamente.

P. S. Se algum ortodoxo enfezadinho achar que com essa nota final estou falando “contra” a sua igreja, por favor vá tomar no cu desde já.

Satanás se esforça para conquistar os melhores, os mais capacitados, mas tipinhos como Julio Severo não lhe dão trabalho nenhum, pois já vão se oferecendo a ele de bundinha em flor e chamando isso de "cristianismo".

A criação de uma elite intelectual ocidental islamizada foi uma das operações MAIS LONGAS E COMPLEXAS de intervenção cultural já registradas na História. Não é assunto para macaquinhos como Julio Severo.

Jocivaldo-paula Gilioli Professor se fosse preciso escolher entre o Conservadorismo islâmico e o liberalismo ocidental quais os critérios fundamental a serem considerados por um chefe de família, usei o termo chefe de família porque penso eu ser o único capaz de tomar decisões certas em pro de todos ao seu redor.
Olavo de Carvalho
beralismo ocidental você ainda pode lutar. No Islam, obedece ou morre. A escolha não é difícil.
Silvano Gregorio

Adendo ao post sobre René Guénon: Quem lançou no ar a sugestão de que os católicos desiludidos com o Concílio Vaticano II deveriam buscar abrigo espiritual na Igreja Ortodoxa Russa foi a tariqa do F. Schuon, desde os anos 60. Só se omitiu de avisar que essa Igreja, malgrado suas tradições veneráveis, estava amplamente dominada desde dentro pela KGB. A mesma KGB que, simultaneamente, ia criando líderes islâmicos como Yasser Arafat e espalhando a Teologia da Libertação na América Latina para acabar com o que ali restasse da Igreja Católica. Em suma, Schuon estava apenas cumprindo, mediante uma estratégia de abrangência portentosa, o seu programa de islamizar o Ocidente "per fas et per nefas", programa que a KGB subscrevia integralmente. Se ainda restasse um pingo de consciência cristã na alma podre do Julio Severo, ele entenderia que o melhor que um ignorante tem a fazer nessa área é ficar quieto para não ajudar o inimigo inadvertidamente. Mas de uma coisa tenho certeza: em menos de uma semana, ele já terá uma opinião formada e completa sobre estes assuntos dos quais está ouvindo falar pela primeira vez.


Marcus Eloy Professor, eu li "A crise do mundo moderno" e é impressionante a profundidade dos escritos Guenon. Cada página lida eu parava para refletir seus escritos. Ele foi genial.
Olavo de Carvalho
Olavo de Carvalho Sim, o respeito profundo e sincero à grandeza intelectual não significa adesão, nem muito menos subserviência.
Pedro F. Boer A URSS realmente financiou a formação de padres a partir dos anos 50 ou eles são comunistas por opção própria?
Olavo de Carvalho
Olavo de Carvalho A KGB infiltrou gente no clero católico desde os anos 30 do século passado.
José Nascimento
José Nascimento Não só infiltrou agentes, mas fez de tudo para inserir gays e não vocacionados nos seminários.

Tony Pedroza Se Schuon recomendava a ortodoxia não era por motivos puramente ideológicos (no sentido de ser uma estratégia de conquistar o ocidente ou algo do tipo). Ele provavelmente fazia por saber das dimensões iniciáticas presentes na ortodoxia (ele elogiava o Hesicasmo e guenon escrevia que havia 'indícios' de que houvesse algo na ortodoxia). O Sr. Olavo deve saber pois morou na Romênia, que lá Andrei Scrima era muito simpático ao tradicionalismo e defendia que havia uma dimensão mais esotérica na Ortodoxia. Então, se os perenialistas elogiavam a Ortodoxia não era por motivos de islamização, mas por que eles valorizavam o esoterismo em geral
Olavo de Carvalho
Olavo de Carvalho Eu disse para retirarem os bebês da sala. Parece que sobrou um. "Esoterismo em geral", kkkkkkk.
Como no Brasil falante não existem intelectuais, apenas propagandistas e cabos eleitorais embriagados de desejo incontido de louvar ou condenar em bloco, como é do seu ofício, é generalizada e aparentemente invencível a crença de que citar um autor ou mostrar algum respeito intelectual por ele é ser partidário dele, ou até mesmo seu servidor. Daí conclui o prostituto Julio Severo que, por ter divulgado o nome de Guénon (que aliás já era conhecido no Brasil bem antes de mim), sou um agente guénoniano. Mas -- ora bolas -- não fui o primeiríssimo, neste país, a divulgar o nome de Alexander Duguin? Não fui o primeiro -- e por muitos anos o único -- a chamar a atenção para o nome de Antonio Gramsci fora dos círculos esquerdistas? Não fui um dos primeiros a alardear na grande mídia o nome de Ludwig von Mises? Seria eu então um duguinista, um gramsciano, um liberal ou mesmo libertário? (É evidente que Gramsci está, intelectualmente, muito abaixo de Guénon e até de Duguin, mas isto não vem ao caso.)

 Perfeito, Evelin. Só tenho a acrescentar que tão importante quanto escapar da prisão da modernidade é superar toda crítica antimoderna por trás da qual se esconda um projeto de poder global, quer se apresente como "progressista" ou "conservador", "ateístico" ou "religioso". Temos de lutar pela verdade enquanto tal, não por alguma verdade encomendada. É melhor estar perdido do que falsamente orientado. Afinal, se nenhum caminho encontrarmos neste mundo, um dia o próprio Deus nos levará ao outro com mão segura.

Leandro Rodrigues E Como combater?
Olavo de Carvalho
Olavo de Carvalho Lute como um leão para enxergar claro.
Se você disser que escrevi os posts sobre o Guénon para "atacar o Julio Severo", não precisa ir tomar no cu. O seu cu não tem culpa de você ser quem você é.

Josinaldo Luiz Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem. Efésios 4:29


Olavo de Carvalho
Olavo de Carvalho Josinaldo Luiz Ah, sim? E a quem você tem edificado? Não há coisa mais torpe do que usar uma citação bíblica para criar intriga.

Muitas pessoas fazem questão de adorar ou abominar em bloco só para dar a impressão de que personificam o bem contra o mal. Mas o bem e o mal em sentido absoluto só existem na escala do Juizo Final, que por enquanto é inacessível à nossa inteligência. No mundo em que estamos, nem o Julio Severo é totalmente imprestável. Posso xingá-lo, mas não condená-lo em bloco. Deixo a ele a incumbência das condenações totais que só serão levadas à prática na cabeça dele mesmo.

Confundir Guénon com Nova Era é como achar que Karl Marx era os Beatles.

Antiguenonismo é briga feia de gente grande. Deveriam retirar os bebês da sala.



Vou lhes contar como funciona o "esoterismo em geral". Em 1986, a convite do Martin Lings, fui a um congresso de religiões comparadas em Lima, Peru. Estavam lá representantes de várias tradições religiosas e esotéricas, celebridades da Índia, da Espanha, da Itália, de toda parte. Um católico, um ortodoxo, um budista etc. etc., cada um apresentando o "esoterismo em geral" sob o ponto de vista da sua religião. Então o Lings me convidou a ir ao seu apartamento no hotel, naquela noite, para presenciar um "majlis", um encontro ritual da sua tariqa. Fui. Estavam lá o budista, o católico, o ortodoxo, todos eles... Todos eles vestidos de árabes, recitando "dhikrs" e trechos do Corão. Eram TODOS membros da Tariqa. Isso é que é "esoterismo em geral". É SEMPRE assim. "Esoterismo em geral" o caralho.

Lucas Santos Professor, pq deveríamos ler a obra inteira de um autor sendo que mesmo os grandes escritores escrevem porcaria? Não seria prejudicial?


Olavo de Carvalho
Olavo de Carvalho É o risco de estar vivo.


Foi só eu falar um pouco das tariqas, e já brotaram do pleno ar dezenas de especialistas no assunto. Não é uma maravilha este Brasil?

Nada do que escrevi sobre o Guénon é uma resposta ao Julio Soumzero. É só para informação de vocês.


 O de C

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