sexta-feira, 10 de junho de 2016

Às vezes me chegam, com anos de atraso, vídeos de professores universitários ou cientistas profissionais que prometem demolir o Olavo de Carvalho mediante a impugnação, não de alguma tese central dos livros e aulas dele, mas de alguma frase ocasional que ele soltou num programa de rádio ou similar. Coisas desse tipo são produzidas aos milhares, desde pontos de vista acidentais e desencontrados. Evidentemente, seria impossível responder a cada uma, e seus autores deveriam estar conscientes de que objeções de detalhe, em número inabarcável, proferidas em desordem, já constituem por si um truque erístico bem chinfrim. Mas de vez em quando alguma delas me chama atenção por aliar à presunção de autoridade científica uma quota de estupidez superior à média. Um rapaz de nome Yuri, que se apresenta como neurocientista, vê que eu citei um dia o livro do dr. Mario Beauregard, e acha que, desancando o livro, dá cabo da MINHA reputação. Isso por si já é prova de analfabetismo funcional. Mas, não contente com esse desempenho, o rapaz toma o argumento do Dr. Beauregard, de que nossa identidade pessoal é imaterial, já que as células cerebrais vão sendo trocadas ao longo do tempo, e responde, com ares triunfais, que é uma falácia, porque, diz ele, se trocarmos todas as telhas do nosso telhado, ele ainda será o mesmo, já que conserva seu "padrão" ou forma. Como posso discutir com um jumento científico que não entende e nem mesmo vislumbra de longe que, retirados os elementos materiais componentes, O PADRÃO OU FORMA QUE PERMANECE É IMATERIAL?

O de C

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