Nos anos 50, todo mundo dizia que Octavio de Faria, grande
romancista, era mau escritor, desleixado com a língua portuguesa. Já
houve quem dissesse coisa similar do próprio Balzac. Mário Ferreira dos
Santos, sem dúvida o maior filósofo brasileiro de todos os tempos, e a
meu ver um dos maiores do mundo, reconhecia que seus livros estavam
horrivelmente escritos, e, prevendo que iria morrer logo, esperava que
alguém os consertasse um dia. Mas no Brasil de hoje não se pode dizer
que um ensaísta principiante, a despeito de todo o seu talento de
estudioso, escreve mal, que a coisa soa como ofensa intolerável.
O de C
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