Jane Welsh Carlyle, esposa do ensaísta Thomas Carlyle, disse ao pai,
quando tinha seis anos: "Quero aprender latim, como um menino". Como a
mãe se opusesse, forçou um mestre-escola a lhe ensinar a declinação de
uma palavra, "penna". Recitava toda noite: "penna, uma pena; pennae, de
uma pena", etc. A mãe cedeu. Aos nove anos, Jane estava em Virgílio. As
nossas crianças de dez estão aptas a ler "Dudu Joga Lixo no Lixo" e, se
aprendem uma língua, tem de ser com todo tipo de artifício, porque são
umas incapazes, coitadas, e o decoreba vai acabar com elas. Será que são
da mesma espécie de Jane Welsh Carlyle?
"Jane sempre adorou sua boneca: mas quando chegou a Virgílio, achou
uma vergonha cuidar de uma boneca. Em seu décimo aniversário, construiu
uma pira funeral de lápis e bastões de canela, e jogou um tipo de
perfume por cima. Em seguida, recitou o discurso de Dido, apunhalou sua
boneca e deixou toda a serragem sair; por fim, queimou-a até as cinzas, e
então explodiu em lágrimas."
O de C
Nenhum comentário:
Postar um comentário