sexta-feira, 3 de junho de 2016

Jane Welsh Carlyle, esposa do ensaísta Thomas Carlyle, disse ao pai, quando tinha seis anos: "Quero aprender latim, como um menino". Como a mãe se opusesse, forçou um mestre-escola a lhe ensinar a declinação de uma palavra, "penna". Recitava toda noite: "penna, uma pena; pennae, de uma pena", etc. A mãe cedeu. Aos nove anos, Jane estava em Virgílio. As nossas crianças de dez estão aptas a ler "Dudu Joga Lixo no Lixo" e, se aprendem uma língua, tem de ser com todo tipo de artifício, porque são umas incapazes, coitadas, e o decoreba vai acabar com elas. Será que são da mesma espécie de Jane Welsh Carlyle?

"Jane sempre adorou sua boneca: mas quando chegou a Virgílio, achou uma vergonha cuidar de uma boneca. Em seu décimo aniversário, construiu uma pira funeral de lápis e bastões de canela, e jogou um tipo de perfume por cima. Em seguida, recitou o discurso de Dido, apunhalou sua boneca e deixou toda a serragem sair; por fim, queimou-a até as cinzas, e então explodiu em lágrimas."

O de C

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