domingo, 15 de maio de 2016


A "captatio benevolentiae" foi inventada pelos antigos retóricos gregos e romanos. Consistia de uns paragrafinhos simpáticos colocados no início do discurso para dourar a pílula. No Brasil, porém, ela deixou de ser apenas um exórdio e tornou-se o conteúdo integral de cada discurso. A realidade simplesmente NÃO PODE ser descrita na linguagem usual das classes falantes neste país. Cada um aí fala como se fosse um estudante buscando a aprovação da banca, ou como um ator em busca de aplausos, não como um cientista buscando a verdade junto com os seus pares. A ênfase recai sempre na pessoa do orador, não no assunto.

O de C

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