Assim como o antigo Império Mongol considerava que fora dele não
existiam Estados legítimos, apenas territórios rebeldes ainda não
ocupados, os comunistas acreditam piamente que, fora dos países que eles
governam, não há Estados soberanos, apenas regiões provisoriamente fora
do seu alcance. Quando um comunista se elege governante de um desses
países, sua única missão, em última análise, é transferir a posse dele,
da população local para o movimento comunista internacional. Foi
exatamente isso o que o PT fez, usando para tanto os esquemas do
Mensalão, do Petrolão, do BNDES e da Casa da Moeda. A campanha mundial
antibrasileira que os petistas estão promovendo é apenas a natural
mobilização da única autoridade legítima que eles conhecem -- o
comunismo internacional -- para punir a região rebelde que se recusa a
entregar os seus bens e abdicar da sua liberdade.
Os brasileiros que
apostaram tudo no mero impeachment, sem desarticular previamente as
organizações de esquerda, agiram como caipiras que se deixam entusiasmar
pelo espetáculo do momento, sem avaliar o quadro maior e as
conseqüências de longo prazo.
Nunca foi contra o impeachment
enquanto tal, apenas adverti que antes dele havia coisas mais
importantes a fazer, que em nome dele os deslumbrados se recusaram a
fazer.
Eram tão alienados que, no mais das vezes, focavam suas
atenções apenas na "corrupção" enquanto fenômeno criminal isolado, sem
querer pensar nas suas conexões com o comunismo internacional ou até
negando que elas existissem exceto como "teoria da conspiração" na
cabeça de malucos como eu.
Oro a Deus para que o sr. Michel Temer, a despeito de toda a
fragilidade do seu mandato, entenda com precisão o que está acontecendo
e, em vez de tentar uma impossível conciliação com os traidores, não
hesite em desmantelar por completo as suas organizações, em extrair
delas até o último tostão que possuam e em mover contra elas e suas
associadas estrangeiras uma campanha internacional tão severa quanto
aquela que estão movendo contra o Brasil.
Se ele fizer isso, a própria ilegitimidade
do seu mandato será esquecida e ele não só se consagrará como
governante legítimo "ex post facto", mas crescerá às dimensões de um
herói nacional.
Lembro ao novo presidente o exemplo patético do
ex-presidente americano George W. Bush, que, vendo seu país atacado pelo
terrorismo internacional, tentou voltar a reação integralmente contra o
inimigo estrangeiro, sem tocar nos seus aliados locais do Partido
Democrata, antes tratando-os como amigos e parceiros confiáveis numa
aliança patriótica, só para que depois denunciassem como crime o esforço
de guerra que haviam, num primeiro momento, jurado apoiar.
Tudo o que era preciso fazer ANTES do impeachment terá de ser feito
DEPOIS. Essa é a substância da luta, da qual o impeachment -- ainda não
efetivado, cabe lembrar -- é apenas o cartaz luminoso.
O de C
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