A TOTALIDADE da crítica liberal e libertária brasileira ao comunismo
abarca uma fração ínfima do pensamento marxista. Se, no confronto com os
esquerdistas, obtive mais sucesso do que os meus antecessores liberais e
libertários, foi justamente porque examinei aspectos do marxismo que
eles nem mesmo conheciam ou aos quais não davam a mínima atenção. Nunca
deparei sequer com um deles que houvesse estudado a atuação da KGB ou
conhecesse a estrutura interna do movimento comunista.
Como posso discutir a sério com pretensos anticomunistas para os
quais a ação da KGB no mundo e no Brasil é "teoria da conspiração" e
tudo o que há a fazer contra o comunismo é entoar as loas da economia
liberal?
Qual liberal brasileiro chegou jamais a perceber que Maquiavel era um
professor de derrota? Qual teve um confronto vantajoso com a
psicanálise, com Nietzsche, com Kant ou com o método dialético de Hegel?
Essa gente é MUITO SUPERFICIAL. Não percebe sequer que Hayek, Mises ou
Popper não são pensadores de primeira grandeza, fontes originárias do
pensamento filosófico, mas epígonos que se movem inteiramente num espaço
intelectual alheio.
O de C
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