Anti-petismo não é nenhum mérito. Até o Quartim de Moraes é
anti-petista. Então vamos parar de mimimi sobre o Tucanaldo Azevedo. O
que vocês esperavam? Ele é um empregadinho do José Serra. Sempre foi.
Procurem no blog dele alguma menção ao anti-tabagismo totalitário do
carecão da Mooca, por exemplo. Ou da norma técnica que regulamentou a
prática de aborto pelo SUS. Ou das clínicas do SUS exclusivas para
transexuais. Ainda na época da República-Primeira Leitura, O PSDB
impunha uma agenda mega-esquerdista e o
Reinaldo se silenciava. O problema era o PT, porque o PT atrapalhava as
tucanagens. Com o fim do governo FHC, e com a consequente falência da
Primeira Leitura, Tucanaldo sabia que teria de se aliar com o
anti-petismo da direita - e ele sabe que o Olavo sempre foi a maior voz
contra o projeto de poder do PT, desde meados dos anos 1990. Enquanto o
PT era governo, a aliança puramente tática se mantinha. Quando o menino
da Libelu vislumbrou a possibilidade do PSDB voltar ao poder, numa
aliança com a velha oligarquia PMDBista, usando da inexperiência e
deslumbramento das lideranças do MBL, ele percebeu que era hora de
começar a desmanchar a parceria de ocasião e tentar oferecer o PSDB como
a direita possível, afastando conservadores e cristãos da luta
política, porque esses podem atrapalhar a agenda tucana. E a estratégia
para isso é muito simples e óbvia: tentar queimar as vozes que não
querem a continuação de um governo de esquerda, ainda que em plumas de
tucano. Reinaldo não traiu ninguém, nem mudou de lado. Ele continua
sendo o que sempre foi, a voz de FHC-Serra na imprensa. E agora que o PT
está fora do jogo, é hora de começar a trabalhar na campanha do PSDB
para 2018 e afastar o verdadeiro perigo: Jair Messias Bolsonaro.
Escandalizar-se, surpreender-se ou indignar-se com a baixeza e com as mentiras do ataque dele contra Olavo de Carvalho é ignorar completamente o funcionamento anormal da cabeça de um esquerdista.
Silvio Grimaldo
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