quinta-feira, 12 de maio de 2016

Quem sente que precisa discordar de mim em algum ponto só para não dar a impressão de que vê em mim um guru infalível padece de "ignoratio elenchi" no mais alto grau. Nunca escrevi uma linha sobre a minha falibilidade ou infalibilidade, não estou interessado nessa merda nem acho que ela seja assunto para um cérebro normal. Portanto isso NUNCA esteve em discussão nesta página nem estará jamais. O que quer que eu diga sobre o que quer que seja não será nunca sobre isso. Se você quer discutir alguma coisa comigo, atenha-se ao ponto em discussão e não desvie a atenção para essa bobagem.

Aristóteles ensinava que perceber a verdade é o NORMAL em todo ser humano. Hoje em dia, no Brasil, basta você exercer essa capacidade para que achem que você pretende ser um guru infalível, um profeta, a voz de Deus. Inverteram a norma de Aristóteles e acham que o erro é obrigatório como prova de humanidade. Medem a espécie humana pela sua própria incapacidade, elevada a norma e padrão.
"Errar é humano" significa apenas que, ao contrário de Deus, o homem PODE errar, não que deva fazê-lo para mostrar que não pretende ser Deus.

Ou você se torna filósofo, buscando a coerência na totalidade das suas idéias antes de se meter em discussões, ou INEVITAVELMENTE qualquer opinião solta que você tenha sobre assuntos isolados só poderá ser certa pela força do acaso.

Todo mundo tem alguma opinião, mas cada um quer que os outros a levem a sério mais do que ele próprio. No mínimo, quer que dêem a ela mais atenção do que ele jamais deu.

Noventa e nove por cento das discussões idiotas desapareceriam se as pessoas seguissem esta regra: Seu direito de que a platéia dê atenção às suas opiniões é proporcional ao tempo que você gastou para criá-las.

Há mais contestadores da infalibilidade do Olavo que da infalibilidade papal. A diferença é que a primeira jamais foi proclamada.

Para que tanta insistência em informar à humanidade que eu não sou Deus se ninguém jamais disse que eu sou?

Acho que é o seguinte: No Brasil, qualquer elogio mais enfático do que um tapinha paternal nas costas já é divinização.

O de C




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