sexta-feira, 27 de maio de 2016

Revolução Brasileira

Só uma força pode salvar o Brasil: o povo organizado. Falta organizá-lo. Mas preferiram desorganizá-lo para usá-lo como mero coadjuvante da classe política.

Somando tudo o que escrevi sobre a crise brasileira desde 2013, se alguma proposta política apresentei -- ainda que de maneira incipiente, geral e vaga -- e se ela pode ser designada sem nenhuma brutal inexatidão por um dos rótulos em circulação no momento, esse rótulo seria o de "populista". Destruição da Nova República, punição implacável dos corruptos e conspiradores, soberania do poder popular sob a forma de uma democracia plebiscitária provisória até a estabilização de novas instituições que garantam o controle popular de TODAS as autoridades -- tudo isso não tem outro nome pelo qual possa ser chamado, embora esse mesmo nome tenha sido usado para designar coisas bem diferentes, incluindo (muito inexatamente) a política comunopetista.
Acontece que todos os opinadores públicos gerados no ventre dos mitos fundadores da "Nova República" são mentes caquéticas, incapazes de desligar-se dos seus estereótipos de juventude. Só sabendo raciocinar na clave da "democracia" formal versus "ditadura militar", tiveram de me catalogar nesta última corrente, por absurdo que fosse, porque contra ela podiam usar os argumentos fixos e repetíveis que aprenderam nas décadas de 70 e 80 do século passado, onde sua inteligência estacionou para nunca mais se mover.
Não é de espantar que um deles, o sr. Azevedo, na ânsia de me xingar de alguma coisa, apelasse ao rótulo de "decadente", que tão exatamente se aplica a ele e seus similares.
By the way, se eu estivesse realmente decadente, ele não poderia sabê-lo, desde que nunca assistiu a uma única aula minha e não tem condições de avaliar se estou progredindo ou regredindo intelectualmente. O rótulo, como todos os demais que ele a mim aplica, é puramente autoprojetivo.


Rosa Brasil Na verdade professor, o Sr. Perde muito tempo se defendendo. Até porque os que lhe atacam são tão zero a esquerda que sua resposta só serve para promove-los
Olavo de Carvalho
Olavo de Carvalho Então por que todos aqueles que "promovi" desde 1993 desapareceram do cenário e não deixram nem lembranças? Leia O Imbecil Coletivo e confirme.
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Soltei no ar a idéia genérica da intervenção popular, mas não dei nenhum esclarecimento mais detalhado de ordem estratégica e tática para a sua realização. Não dei nem darei. Isso não é assunto para discutir em público. Se houvesse líderes interessados, eu falaria disso a eles, em privado. Não sou um desses assanhados do PT, que gostam de imprimir em "teses" tudo o que planejam fazer.

Tiago Cardoso A intervenção popular como você queria, que representa uma total ruptura da ordem constitucional, precisa de apoio armado pra funcionar. Esse apoio no Brasil só pode vir das forças armadas. Quem quer uma consequência quer também as causas dessa consequência e é por isso, suponho, que o Reinaldo concluiu que você defendia, afinal de contas, uma intervenção militar.
Olavo de Carvalho Tiago Cardoso Ao contrário: Uma intervenção popular deve estar preparada para uma REAÇÃO HOSTIL das Forças Armadas. Isto é FUNDAMENTAL.

Em março de 2015, o povo estava preparado para tomar nas mãos as rédeas do seu próprio destino. Era obviamente uma situação revolucionária, que anunciava a destruição da Nova República e do estamento burocrático, precedendo a instauração de uma democracia genuína, marcada pelo controle popular sobre todas as autoridades. Líderes de verdade teriam organizado e consolidado as forças populares, destituindo no muque, à ucraniana, deputados, senadores, juízes do STF etc. e convocado uma série de referendos para erguer um novo quadro institucional mais coerente com a vontade do povo. Infelizmente, o estamento burocrático se adiantou e nomeou artificialmente como líderes os seus próprios agentes, fortemente amparados pela mídia e incumbidos de tirar a iniciativa das mãos do povo para transferi-la à boa e velha classe política. As gravações de Romero Jucá e Renan Calheiros mostram que a operação foi bem sucedida: a revolução popular foi abortada e um arranjo oportunista foi vendido à nação como apoteose da democracia.


Thiago Oliveira Silva Olavo de Carvalho, qual seria a solução para nós saímos deste mar de lama?
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Olavo de Carvalho
Olavo de Carvalho Começar de novo.
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Uma intervenção popular deve IGNORAR as Forças Armadas. Elas que façam o que bem desejem: que consolidem a sua posição de entidade mais respeitada pelo povo ou a joguem no lixo em nome das "nossas instituições".

André Vinícius Carvalho Meira Olavo, essa proposta revolucionária que o senhor sempre defendeu demandaria, necessariamente, para ser implementada, atos de violência e de confronto contra as forças estatais de repressão, o que poderia resultar até em mortes. O senhor não considera temerário perseguir uma solução que poderia desaguar, no limite, em um confronto armado generalizado pelo país afora?
Olavo de Carvalho
Olavo de Carvalho A esquerda não tem força armada suficiente para reprimir nem mesmo uma greve...
Matheus Cantalice
Matheus Cantalice Professor Olavo de Carvalho , o senhor acha que alguma instituição pública realmente representa os brasileiros ?
Olavo de Carvalho
Olavo de Carvalho As polícias e alguns tribunais.
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ISTO deve ser a nossa inspiração:
https://www.youtube.com/watch?v=M3F0M_vqgu4

 A única possibilidade de uma intervenção popular desaguar em violência generalizada é se as Forças Armadas decidirem reprimi-la. Mas, assim como elas não se mobilizaram contra o golpe comunista, dificilmente se mobilizarão contra o povo. As polícias, por sua vez, estão maciçamente do lado do povo. QUEM vai nos bater? O exército do Stedile? Vocês têm medo de ser agredidos a mortadeladas?

Em março de 2015 só faltou uma coisa ao povo: líderes capacitados. Previ que isso ia acontecer, pois o saneamento cultural ainda estava no começo, e sem ele não aparecem verdadeiros líderes políticos. Com os Kims na dianteira, foi como tentar engravidar uma égua com um piru de rato.

Não se pode organizar a massa popular diretamente para uma ação imediata, como se tentou no caso dos caminhoneiros. A organização tem de criar raízes, primeiro, na resistência passiva,

Líderes revolucionários, organizadores da massa, NÃO SÃO pessoas conhecidas da massa nem da mídia. São militantes discretos, que trabalham com vários pequenos grupos. O Partido Comunista sempre soube disso. Os verdadeiros líderes comunistas dos anos 60-70 jamais se tornaram famosos, exceto entre os pesquisadores da área.

Renato Arruda 1o passo: estabelecer pauta de reivindicações.
2o passo: iniciar greve fiscal.
3o passo: só encerrar a greve fiscal depois que todos os pontos da pauta forem cumpridos.
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Olavo de Carvalho
Olavo de Carvalho Isso não é o primeiro passo. Vem muita coisa antes,
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O de C 

Antes de derrubar o poder do estamento burocrático, é preciso quebrar o da mídia cúmplice. Há muitos meios de fazer isso, mas não acho bom entregar o ouro ao bandido.

Alguém ainda tinha alguma dúvida? E é para defender esses picaretinhas que o Azevedo pergunta "Quem paga o Olavo de Carvalho".

http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2016/05/27/maquina-de-partidos-foi-utilizada-em-atos-pro-impeachment-diz-lider-do-mbl.htm

Os piores dentre os brasileiros são aqueles que, depreciando a capacidade de ação do povo, como se não fosse ela a grande impulsionadora das mudanças, celebram o adesismo tardio da classe política e a vitória do estamento burocrático como grandes progressos da democracia.
 
Fazem troça do povo, como se a ele fossem muito superiores, e querem nos fazer crer que sem os políticos, anjos salvadores da pátria, estaríamos todos ferrados, seríamos escravos do PT para sempre.

Se organizar as massas para a resistência civil é "proposta utópica", como dizem os sapientíssimos, então é claro que toda iniciativa terá de partir da elite governante, e esta continuará fazendo o que bem entende, sem jamais ter de prestar satisfações ao povo, cumprindo-se assim a célebre profecia: "As moscas mudam, mas a merda é a mesma".

André Augusto Custódio Quando a esquerda realiza pequenas ações aparentemente inócuas como arregimentar militância para paralizar uma escola secundária lá no cufundó do judas, onde poderá recrutar, doutrinar e treinar militantes em ações práticas mais simples e locais, ela estaria trabalhando esta parte de "organizar as massas"?
Olavo de Carvalho André Augusto Custódio É ISSO, CARAIO! É ISSO!

ATÉ HOJE os movimentos "de direita" não formaram sequer um estado-maior para descrever a situação e delinear cenários. Não têm nem mesmo um serviço de informações. São todos palpiteiros loucos agindo às tontas. Por isso são feitos de trouxas pela classe política, que não se compõe de amadores.

Por favor, entendam de uma vez por todas: Quando os militares dizem que só vão intervir "a chamado da sociedade civil", eles não estão se referindo a massas gritando nas ruas, mas à ELITE: mídia, empresariado, políticos. Em 1964 toda essa gente queria a intervenção. Hoje, não quer mais. So simple as that.

Meio século de "revolução cultural" enfraqueceu ideologicamente parte da elite e corrompeu a parte restante. Só restou, de saudável, o povo.

Eu sei quem paga o Olavo de Carvalho: são vocês. Mas agora também sei quem paga o MBL -- e não são vocês.

Um movimento que não consegue obter seus fundos da sua própria militância, e que por isso precisa de patrocinadores, não merece existir.

Convém lembrar: O PT, no início, cresceu com as contribuições de seus militantes, sem mecenas, e FOI ISSO o que lhe deu a credibilidade que viria a perder depois.

Se as Forças Armadas -- segundo o artigo de Raul Jungmann -- não excluem a possibilidade de intervir, eis aí mais um motivo para que os civis se adiantem e façam a INTERVENÇÃO POPULAR saneadora, que certamente contará com o apoio discreto dos militares.

O Grupo de Estudos Ibn Khaldun, que criei em 2003, era o modelo de um estado-maior p;ara um movimento civil.

Vivendo e aprendendo:
http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2016/05/27/mbl-engana-o-publico-e-tasca-a-coisa-publica/

Se você recebe dinheiro de um partido político, deve confessar abertamente que trabalha para ele. Embolsar a grana e fazer-se da apartidário, ou suprapartidário, é vigarice pura. Não deveria ser preciso explicar isso, mas hoje em dia, sacumé.

O de C

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