José Serra, no Ministério das Relações Exteriores, está tendo de
combater tudo aquilo que, por ações e omissões, ajudou a construir. Se
como candidato presidencial ele tivesse denunciado o Foro de São Paulo,
teria vencido as eleições de 2002 e teria impedido que o Brasil se
tornasse vítima de uma brutal campanha internacional de difamação contra
a qual agora, como ministro, ele tem de fazer tardiamente o que se
recusou a fazer no momento certo.
O José Serra deixou de ser globalista para ser nacionalista? Se isso
aconteceu, é uma grande notícia, ainda que deploravelmente tardia.
Lembro aos distintos que em meados dos anos 90 eu já tentava, por
intermédio do Itamar Franco, injetar uma espécie de neo-nacionalismo nas
cabeças de alguns políticos e militares.
Prosseguindo o comentário sobre o José Serra: Cheguei até a planejar,
para o ex-presidente Itamar Franco, um "congresso nacionalista
intercontinental", que reuniria líderes nacionalistas de diferentes
correntes para discutir a sorte das soberanias nacionais no novo quadro
globalista hostil. Infelizmente, o homem morreu antes de poder levar o
projeto adiante.Alguém me disse que o esboço do projeto foi roubado do
Itamar Franco e repassado ao Ignacio Ramonet, do "Le Monde", que o
esquerdizou e transformou no Fórum Social Mundial. Não sei se essa
história procede.
A repentina e aparente conversão do sr. José Serra ao nacionalismo
pode ser apenas a aparência superficial da adesão de mais um esquerdista
à farsa do antiglobalismo eurasiano.
O de C
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