Desde que a luta de classes não deu os resultados esperados -- coisa
que já se tornou clara no tempo da Primeira Guerra Mundial --, os
comunistas começaram a explorar conflitos alternativos: luta de raças,
luta de religões, luta de civilizacões, luta entre os sexos, luta de
gerações, luta de homos e heteros e agora, com os banheiros unissex, a
luta entre gays e mulheres. Quem não vê que todo o posadíssimo ideal
humanitário que eles ostentam não passa de intriga e cizânia, o bom e
velho "dividir para reinar"?
Quando constatamos que os regimes comunistas mataram mais gente do
que duas guerras mundiais somadas (mais todos os terremotos e epidemias
do século XX), os comunistas e seus associados têm reações de horror
ante o que chamam de "contabilidade macabra". No seu entender, o mal
não consiste em fazer cadáveres, mas em contá-los. A regra, no entanto, é
repentinamente suspensa quando se trata de comparar as vítimas do
terrorismo com as da ditadura. Aí, o fato de que eles mataram apenas
duzentas pessoas e a ditadura quatrocentas passa a ser prova de que eles
eram uns anjos e os militares uns demônioc.
Pessoas que vivem de atiçar e explorar a luta entre as classes, as
raças, as civilizações, as gerações, os sexos e as preferências eróticas
não são confiáveis nunca, em circunstância nenhuma e para finalidade
nenhuma, Dostoiévski chamava-as de demônios. Deveriam ser sumariamente
banidas da vida pública.
O livro que Lênin mais odiava era "Os Demônios", de Dostoiévski. É o melhor retrato da mente de um comunista.
O de C
Nenhum comentário:
Postar um comentário