sexta-feira, 22 de abril de 2016

Reação internacional ao impeachment da Dilma

Exatamente como avisei, a mera ameaça do impeachment desencadeou uma campanha internacional de intimidação do Brasil. Transferiu o problema da escala local para a mundial. E algum dos nossos políticos caipiras, incapazes de falar três palavras sem errar quatro, está preparado para lidar com as coisas nessa dimensão?

Idiotas da direita achavam que estavam combatendo " a Dilma", "o PT" e "a corrupção", e, por medo se parecer demasiado reacionários, nada queriam enxergar para além disso. Agora vão descobrir que seu inimigo não é nenhum desses, é o movimento esquerdista internacional, um poder monstruoso.

Um treco chamado "PT" nunca foi uma entidade substantiva. É a tribilionésima fachada que o movimento comunista criou para usá-la durante algum tempo e jogá-la fora no momento apropriado, transmutando-se num novo formato com novo nome. Algumas das pessoas mais falantes e destacadas na "direita" nacional achavam que era coisa muito esperta descer o cacete no PT sem falar de comunismo. Outras foram ainda mais estúpidas, achando que, cortando a cabeça da Dilma, destruiriam o monstro inteiro. Mas, de baixo do cadáver político da presidanta, não digo que o movimento comuniata "vai se levantar": Já se levantou, e seus pretensos inimigos na direita levarão tanto tempo para reconhecê-lo, que ele os comerá a todos antes que consigam dizer "ai".

Desde março de 2015, expliquei que o movimento popular precisava de uma estratégia global, que abrangesse todas as implicações nacionais e internacionais do poder petista. Líderes e jornalistas idiotas começaram a discutir impeachment versus intervenção militar, isto é, a querer escolher as táticas antes da estratégia. Não estavam e não estão preparados para lidar com NENHUM problema político sério. Isso inclui Janaína Paschoal e Reinaldo Azevedo.

Não falta muito para que a tese do "golpe" ganhe toda a grande mídia americana e européia, os organismos internacionais, a intelectualidade ativista mundial e a opinião de vários governos. Uma estratégia séria teria se preparado para isso antecipadamente. Não é coisa para gente caipira capacitada apenas a lutar contra "a Dilma".

A turma da KGB espalha a tese do golpe por toda parte, e o Putin, consultado sobre o caso Dilma, posa de Isentão dos Isentões, dizendo, com a cara mais angélica do mundo, que "o Brasil deve resolver seus problemas sem interferência externa". Típico e clássico.

Ainda não temos sequer um mapeamento das forças de esquerda no Brasil, quanto mais na mídia internacional e grandes grupos econômicos europeus e americanos. No Brasil a turminha não sabe nem mesmo que o New York Times é de esquerda.

Objeto de ódio do "beautiful people" internacional: Honduras ontem, o Brasil amanhã.

A CNN já aderiu cem por cento à tese do "golpe". Esperem e verão o tamanho da campanha internacional que se está montando contra o Brasil. Amanhã haverá uma manifestação de brasileiros antipetistas em Nova York, à qual darei meu apoio por vídeo, mas o fato é que NENHUM dos grandes estrategistas do impeachment se preparou para enfrentar a reação mais que previsível dos poderes globalistas, que anunciei com meses de antecedência. O comandante que escolhe uma tática específica antes de haver sequer pensado numa estratégia geral padece de ESTUPIDEZ CRIMINOSA. Nunca fui contra o impeachment em si, como agora querem sugerir para camuflar a leviandade medonha das suas atitudes. Fui contra, isto sim, o fetichismo das táticas -- impeachment ou "intervenção militar" -- escolhidas sem a menor consciência estratégica.

O PT NÃO ESTÁ "tentando angariar apoio internacional". Está pedindo socorro ÀS FORÇAS QUE O GERARAM. A diferença é imensurável.

Em 2004 escrevi: "Há pelo menos quinze anos venho dizendo: 'Querem saber o que é entreguismo? Esperem o PT chegar ao poder." Referia-me a uma conferência feita na Casa do Estudante do Brasil em 1989. Desde essa época a função do PT no esquema globalista já estava clara para mim, mas até hoje os iluminados da mídia e da universidade não a perceberam.
Nesse ínterim, 35 por cento do território nacional já foram entregues a ONGs européias, a indústria nacional foi destruída para que os estrangeiros possam comprar tudo a preço de banana, e agora uma presidente em vias de sofrer impedimento vai à ONU pedir apoio internacional contra o seu próprio povo -- apoio que já lhe está praticamente garantido de antemão.
Em 2015 expliquei que, para livrar-nos do governo Dilma e do PT, o melhor era seguir a via judicial, mediante uma tempestade de processos dirigidos não ao TSE, mas à justiça comum, CONTRA o TSE, acusando-o de conspirar em segredo para enganar os eleitores brasileiros, que foram votar sem saber que a apuração seria secreta. Essa estratégia não poderia jamais ser explorada contra o Brasil na esfera internacional, de vez que, por um lado, não se tratava de luta partidária e sim de questão criminal comum, e, de outro, seria vista com simpatia em muitos países que já estavam processando a Smartmatic, empresa parceira do TSE na fraude.
Os iluminados, ansiosos para fazer da classe política e especialmente do tucanato os heróis de uma história que até entãodesprezavam, preferiram privilegiar a via mais demorada e problemática do impeachment, que, sendo uma decisão política e não jurídica, é um chamariz irresistível para uma campanha internacional anti-Brasil, similar à que se fez contra Honduras e que levou à eleição de um parceiro do presidente derrubado.
Não era, como se vê, assunto para cronistas de mídia, advogadinhos e bons meninos.


Mudar a atitude da mídia americana e européia quanto ao Brasil, desfazer a impressão de "golpe", é um trabalho de enorme envergadura, uma tarefa quase impossível. Eu avisei em tempo, informei que o inimigo era bem maior que a Dilma, o PT e toda a esquerda nacional, mas não adiantou. Como sempre.

Manifestações e esclarecimentos ajudam um pouco, mas não podem competir com liames de solidariedade e apoio mútuo sedimentados há décadas. A reação internacional não é coisa improvisada, mas a defesa contra ela sim, porque os gênios do impeachment, caipiras presunçosos, só viram o seu inimigo na escala local e imediata. Na cabeça deles, conexões internacionais eram uma coisa remota, quase invisível, infinitesimal. Não prestaram atenção nem mesmo ao fato fundamental de que o Foro de São Paulo nasceu sob a proteção do Diálogo Interamericano, o think-tank do Partido Democrata. Como sempre, não adiantou avisar. Tudo o que eu dizia eles respondiam na clave do ciúme mais boboca, julgando que era boicote ao seu querido impeachment ou então um apelo "de extrema direita" à "intervenção militar"(cujos adeptos, por sua vez, me achavam um inimigo das Forças Armadas). Não entendem o que eu digo, respondem sempre a um fantasma da sua própria invenção, com certeza porque só conseguem raciocinar na base do "apoio" e "repúdio". É o teatrinho nacional.

A Dilma não precisa "angariar apoio" no exterior. Já o tem, sempre teve, pela simples razão de que não está se dirigindo a um público novo e estranho, mas às próprias fontes que criaram o PT e que fizeram dele o porta-voz fiel do seu programa globalista. Tudo o que ela tem a fazer é renovar o contrato. Na "direita", só quem tem alguma capacidade de competir com ela no trabalho de agradar aos patrões estrangeiros são alguns poucos tucanos, que foram gerados no mesmo ventre e conhecem seus progenitores. Tratarão de persuadi-los de que podem continuar o serviço um pouco melhor do que a Dilma. O restante da direita, a massa tucana inclusive, não tem nem nunca teve a menor idéia da função do PT (nem muito menos do PSDB) no esquema maior da esquerda mundial. Não pensou no assunto dois minutos, apesar de todos os avisos que recebeu.

TODO o programa gayzista, abortista, racialista e droguista, por exemplo, veio pronto da ONU. PT é apenas um dos capatazes que o patrão incumbiu de aplicá-lo no nosso território. Só analfabetos políticos podiam imaginar, como de fato imaginaram, que a luta anti-PT era um mero problema local a ser resolvido mediante um simples impeachment.

Entrar na conferência da Dilma em NY? O nosso embaixador em Washington não deu crachá nem para o José Carlos Aleluia. Como daria um para mim?

O de C

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