Toda crença religiosa pode alegar milagres que supostamente a
comprovem, mas no cristianismo a função do milagre é bem outra, já que
ele próprio, de alto a baixo, se constitui de milagres, ao ponto de que o
observador externo não precisa deles para comprová-lo ou impugná-lo,
mas até para compreendê-lo ainda que de modo rudimentar. O cristianismo
nunca foi uma doutrina que se comprova em milagres, mas uma sucessão de
milagres dos quais a tradição foi, aos poucos, deduzindo uma doutrina.
Todo aquele que se aventura a dar palpites sobre o cristianismo sem um
longo estudo dos milagres está falando apenas de um objeto da sua
própria invenção.
O de C
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