Toneladas de provas, legiões de testemunhas, escândalo atrás de
escândalo, dois milhões de pessoas nas ruas gritando indignadas, não sei
quantos pedidos de impeachment -- nada
disso arranhou no mais mínimo que fosse o esquema de poder
comunolarápio, que continua dominando o país com punho de ferro e o
apoio ostensivo das Forças Armadas. Nada, nada pode contra o "Estado
aparelhado". Mas como teriam os mágicos do PT aparelhado o Estado se
antes não tivessem dominado a mídia, os canais de cultura, o sistema
educacional e tudo o mais que a estratégia gramsciana recomenda
aparelhar antes mesmo de qualquer tentativa de tomada do poder? O sr.
Ostermann se gaba dos dois ou três peidinhos que ele e seus meninos
deram contra o governo, mas onde estavam ele e os meninos quando, em
1993, eu lançava " Nova Era e a Revolução Cultural", resumo de
conferências pronunciadas em dezenas de instituições culturais e
militares, descrevendo a montagem do sistema em tempo de deter o
processo e estrangular o monstro no berço? Os Kims e Holidays, na
época,não eram nem espermatozóides, mas onde estavam as mentes
iluminadas dos liberais e libertarians, bem como as altíssimas
inteligências das Forças Armadas? A repercussão do livro foi tão
gigantesca que a primeira edição se vendeu inteira no dia mesmo do
lançamento -- uma conferência no Centro Educacional da Lagoa com
auditório lotado e telões nos outros cinco andares do edifício para uma
platéia que se espremia até nos corredores. Logo seguiu-se uma segunda
edição, acrescida de artigos que eu ia publicando no Jornal do Brasil e
na Tribuna da Imprensa. Quem pode dizer "Não sabíamos de nada"? Quem,
tendo mantido na época uma atitude hesitante e omissa, pode vir hoje
gangantear que "devemos trabalhar mais pelo país e buscar menos
reconhecimento", quando TUDO o que vêm fazendo -- ele e seus meninos -- é
cavar reconhecimento por tudo o que jamais fizeram de certo e pelo
muito que fizeram de errado?
Ainda há tempo de agir, de salvar o que restou do corpo dilacerado do Brasil? Há:
Esqueçam os carreiristas e suas ridículas manobras parlamentares. Apostem tudo
(a) nos panelaços, que calam a boca dos governantes e cortam sua
comunicação com o país, quebrando sua autoridade na base; (b) nas
manifestações de desrespeito ostensivo onde quer que apareçam
comunolarápios ou seus cúmplices ativos e passivos; (c) nas
investigações da Lava-Jato.
Um panelaço vale por cem passeatas, dá menos trabalho e não custa um tostão furado.
O de C
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