domingo, 24 de janeiro de 2016

Toneladas de provas, legiões de testemunhas, escândalo atrás de escândalo, dois milhões de pessoas nas ruas gritando indignadas, não sei quantos pedidos de impeachment -- nada disso arranhou no mais mínimo que fosse o esquema de poder comunolarápio, que continua dominando o país com punho de ferro e o apoio ostensivo das Forças Armadas. Nada, nada pode contra o "Estado aparelhado". Mas como teriam os mágicos do PT aparelhado o Estado se antes não tivessem dominado a mídia, os canais de cultura, o sistema educacional e tudo o mais que a estratégia gramsciana recomenda aparelhar antes mesmo de qualquer tentativa de tomada do poder? O sr. Ostermann se gaba dos dois ou três peidinhos que ele e seus meninos deram contra o governo, mas onde estavam ele e os meninos quando, em 1993, eu lançava " Nova Era e a Revolução Cultural", resumo de conferências pronunciadas em dezenas de instituições culturais e militares, descrevendo a montagem do sistema em tempo de deter o processo e estrangular o monstro no berço? Os Kims e Holidays, na época,não eram nem espermatozóides, mas onde estavam as mentes iluminadas dos liberais e libertarians, bem como as altíssimas inteligências das Forças Armadas? A repercussão do livro foi tão gigantesca que a primeira edição se vendeu inteira no dia mesmo do lançamento -- uma conferência no Centro Educacional da Lagoa com auditório lotado e telões nos outros cinco andares do edifício para uma platéia que se espremia até nos corredores. Logo seguiu-se uma segunda edição, acrescida de artigos que eu ia publicando no Jornal do Brasil e na Tribuna da Imprensa. Quem pode dizer "Não sabíamos de nada"? Quem, tendo mantido na época uma atitude hesitante e omissa, pode vir hoje gangantear que "devemos trabalhar mais pelo país e buscar menos reconhecimento", quando TUDO o que vêm fazendo -- ele e seus meninos -- é cavar reconhecimento por tudo o que jamais fizeram de certo e pelo muito que fizeram de errado?

Ainda há tempo de agir, de salvar o que restou do corpo dilacerado do Brasil? Há:
Esqueçam os carreiristas e suas ridículas manobras parlamentares. Apostem tudo (a) nos panelaços, que calam a boca dos governantes e cortam sua comunicação com o país, quebrando sua autoridade na base; (b) nas manifestações de desrespeito ostensivo onde quer que apareçam comunolarápios ou seus cúmplices ativos e passivos; (c) nas investigações da Lava-Jato.


Um panelaço vale por cem passeatas, dá menos trabalho e não custa um tostão furado.

O de C
 

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