Peço especial atenção dos MEUS ALUNOS para esta mensagem. É uma verdade
conhecida desde os tempos de Platão que a circulação das idéias na
sociedade não é um processo aleatório:
obedece a leis objetivas que podem ser compreendidas e utilizadas.
Manejá-las é uma arte sutil que, como a poesia, pode ser aprendida, mas
não ensinada.
Comparadas com essa arte, as técnicas dos modernos engenheiros sociais são toscas, pesadonas, custosas e pouco eficazes.
Uma das leis é que uma idéia transmitida a um pequeno grupo de pessoas
intelectualmente ativas e vigorosas se espalha pela sociedade em
círculos concêntricos, em formas cada vez mais diluídas, até atingir
multidões de pessoas que não têm o menor conhecimento da origem da
influência e só a apreendem nos seus aspectos mais periféricos e
mecânicos.
As idéias transformam-se em slogans, chavões e por fim em meros cacoetes mentais que se propagam como fungos.
Algumas pessoas – pouquíssimas – são espertas o bastante para
pressentir a mensagem mais densa por trás dessas ondas periféricas e
remontar à fonte para aprender mais.
A maioria toma o reflexo
diluído como se fosse ele próprio a fonte de luz, e o repete
mecanicamente, não raro acreditando que é da sua própria invenção.
Uma parte dessas reações periféricas é necessariamente negativa,
apedrejando a fonte sem enxergá-la. Calculo essa parcela em um menos de
um milésimo do conjunto.
No geral, entretanto, a irradiação
reflete diretamente o intuito da fonte, repetindo, sob formas
simplificadas e mecânicas, a mensagem dada inicialmente a um pequeno
círculo de ouvintes.
Os fatores mais decisivos no processo são o MOMENTO e a FORMA da mensagem originária.
Não recomendo a NINGUÉM que tente fazer igual.
Quando lancei "O Imbecil Coletivo", na forma e no momento que escolhi,
sabia que o livro, por si, completaria a primeira fase da destruição da
hegemonia esquerdista: fazer com que os
intelectuais de partido recuassem do debate aberto para o espaço
protegido da salas de aula, onde podiam, sem o perigo de um revide,
ainda bancar os gostosões diante de aluninhos amedrontados e inermes. A
segunda fase -- expulsá-los das salas de aula --
é um processo muito mais demorado, mas já em curso. Como diria Jack o Estripador, vamos por partes.
O de C
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