sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Nem todos os meus detratores são esquerdistas, liberais ou libertarians. Há muitos que pertencem aos seguintes grupos:
a) protestantes enragés que não podem ouvir falar de Nossa Senhora ou da Eucaristia sem ter ataques de nervos.
b) Católicos tradicionalistas que vêem provas de gnosticismo até na Lista Telefônica.
c) Integralistas.
d) Militaristas.
e) Guénonianos e schuonianos entusiastas.
O que há de comum em todos esses indivíduos é a presunção incomparavelmente superior ao seu grau de cultura e inteligência. Nisso eles não falham jamais.


Minha presença no cenário público tem sido o mais doloroso trauma já sofrido pela confortável indolência mental das classes falantes neste país. Todo mundo, aí, tem motivos de queixa contra o Olavo de Carvalho.
O simples fato de eu discutir temas, problemas, autores e livros essenciais dos quais essas pessoas jamais tinham ouvido falar, obrigando-as a um rápido improviso de fingimento diante da platéia, já é motivo para que me odeiem pelos séculos dos séculos.

Também é fato que, de todos os grupos citados, nem todos os anti-olavistas que se revestem da sua identidade para falar contra mim são representantes autênticos. A maioria apenas finge, porque, não tendo substância nem culhão para falar com sua própria voz pessoal, tem de escorar-se no apoio, ao menos imaginário, de algum grupo de referência. Ninguém pode acreditar seriamente, por exemplo, que os Veadascos sejam os católicos tradicionalistas que eles tentam parecer.

Eu teria também de ser muito mais louco do que sou para acreditar na sinceridade da fé evangélica do Julio Severo ou do Don Hank.

O ÚNICO detrator honesto e sincero que já tive foi o dr. Orlando Fedeli. O problema dele era o raciocínio linear, de rigidez cadavérica -- caipira, no fundo -- que ao menor sinal de sutileza dialética já acreditava estar vendo Satanás em pessoa.

Esqueci, na lista, o grupo dos ateístas devotos, como Punheteu, o Maestro Bagos e o Dr. Pirrôla.


O de C

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