quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Algo que, entre pessoas cultas, nem seria preciso dizer, mas que no Brasil soará até como um escândalo e um insulto, é que o liberalismo, na sua acepção atual -- nascido da escola austríaca de economia --, não faz parte da corrente central do pensamento mundial, é uma subcultura, um departamento menor e limitadíssimo, seja na sua esfera de interesses, seja na envergadura filosófica dos seus representantes. Nenhum "pensador liberal" se elevou jamais às alturas de Husserl e Jaspers, Scheler e Wittgenstein, Gabriel Marcel e tutti quanti. Nenhum deles pode nem mesmo concorrer com os marxistas Georg Lukács, Ernst Bloch ou Karl Korsch em densidade filosófica. Você pode passar a vida lendo livros liberais e não se tornará por isso uma pessoa culta. Isso dificulta um bocado o diálogo com liberais no Brasil, cada um deles preso na sua esfera de "special interests", desconhecendo tudo em volta e se achando o rei da cocada preta,

O de C

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