sábado, 16 de janeiro de 2016

Olavo de Carvalho A moral sexual é o último refúgio dos canalhas.

A busca da perfeição quantitativa na conduta, se não é empreendida com todos os cuidados e sutilezas de dois milênios de teologia ascética, é a maneira mais rápida de destruir a qualidade da alma.

Confesso que no mais das vezes sou indiferente a problemas de moral sexual, exceto quando têm repercussões civilizacionais catastróficas. Na era do genocídio, ficar discutindo se o menino que tocou punheta vai para o inferno é faltar com o senso das proporções, portanto com a verdade. Pode-se discutir isso com o próprio menino, em privado, mas uma vasta pregação pública antipunheta num país que tem setenta mil homicídios e não sei quantos milhões de abortos por ano é ela própria uma punheta.

A moral sexual cristã laicizada é uma monstruosidade temível. Uma coisa é você sacrificar os seus desejos sexuais no altar de Deus, outra coisa é fazê-lo no altar da sociedade laica, do Estado e dos vizinhos fofoqueiros. Antes um putanheiro do que um idólatra.

Nenhum comentário:

Postar um comentário