quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Kim Jung Il Katacokinho é o futuro do Brasil.

A favor de "privatizações", meninada, até o Raul Castro é.

Quando o pessoal vai aprender que uma corrente política não se define pelo "modelo econômico" ou "modelo de sociedade" que defende, mas pelos grupos e esquemas de poder aos quais serve ou se alia?

"Je vais agir, c' est à dire, parler." (Charles de Gaulle)
Pessoas que nunca pensaram no assunto mas já têm opinião formada são as que tipicamente exigem "menos palavras e mais ações". Nenhuma delas me mostrou jamais alguma ação política que, excluída a violência física, não consistisse essencialmente de palavras.

Você sabe preparar uma assembléia para que ela, sem perceber que é conduzida, acabe votando o que você quer? Você sabe organizar uma greve, um piquete em porta de fábrica? Você sabe como criar uma rede para distribuição de propaganda proibida pela polícia? Você sabe como esconder fugitivos de tal modo que eles simplesmente desapareçam? Você sabe escrever notícias que transmitam precisamente a informação proibida pela censure sem que a censura perceba? Você sabe fazer bombas com materiais banais colhidos na sua cozinha?
Se não sabe, por favor, não me dê lições de política. Eu já sabia todas essas coisas -- e muitas outras parecidas -- aos dezoito anos.

Você sabe preparar e redigir um informe de inteligência? Aprenda isso primeiro antes de fornecer ao mundo as suas belas lições de política.

Se você acha que sabe alguma coisa de política, tome o poder na sua escola, no seu sindicato, na sua comunidade religiosa, na sua sociedade de bairro. Vença e derrube UM professor, UM intelectual público, UM figurão do partido adversário de modo a excluí-lo do páreo.
Depois venha me dizer o que fazer.

Você não percebeu, ô cretino, que boa parte das difamações que sofro acontecem só porque bloqueei a entrada em massa do duguinismo nas nossas universidades, deixando-lhe somente o espaço de conchavos diplomáticos com o governo? Empreenda com sucesso uma operação desse tipo e depois venha me ensinar a "agir".

Abra para você mesmo, sem dinheiro e com meios de ação restritos, um espaço igual ou superior à de mil inimigos bem subsidiados, e depois me ensine a "agir".

Se, depois de protestos que levaram dois milhões de pessoas às ruas, em vez de passar a organizar a militância no seio da sociedade -- nas escolas, nas igrejas, nas sociedades de bairro --, uma mente iluminada prefere andar a pé até Brasília para pedir que Suas Incelenças votem um "impeachment", só um cego, surdo, mudo e mentecapto não percebe que a referida criatura está boicotando o movimento popular em vez de fomentá-lo. A simples teimosia de continuar discutindo uma coisa tão óbvia já denota alto grau de analfabetismo político praticamente incurável.

Um verdadeiro líder popular age diretamente junto à população, longe das câmeras e dos sorrisos paternais da grande mídia. Um fantoche age sobretudo diante dos holofotes, só se comunicando com a população pela telinha. É O KIM JUNG IL KATAKOKINHO.

O Lech Walesa passou décadas organizando a militância popular, e só apareceu na mídia quando já era um quarentão. Pensem nisso.

Eu VI com meus próprios olhos, acompanhei de perto o movimento anti-aborto, que a mídia não sabia sequer que existia, crescer em segredo durante trinta anos, com trabalho sério de militância, e depois surgir como que do nada, impondo espetaculares derrotas parlamentares aos seus inimigos.

Será que ninguém mais neste país sabe distinguir entre um líder e um poster-boy?

O sr. Hélio Beltrão é, sim, um líder. Só que ele não fabrica outros líderes -- porque não sabe ou não quer. Só fabrica poster-boys.

O interesse pelas modas intelectuais estrangeiras, aliado ao desinteresse pela cultura brasileira, é uma das marcas registradas do presente liberalismo, que por isso mesmo jamais tocará o coração das massas e sempre terá inveja de quem toca. Os bons e verdadeiros liberais, um Donald Stewart Jr., um Antonio Paim, um Meira Penna, um Paulo Mercadante, jamais padeceram desse defeito horrível.

O de C














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