Um mérito não se pode negar à campanha anti-olavista. A sanha
devoradora da sociedade antropofágica permaneceu, até recentemente, uma
força constante, mas discreta, um mal secreto que rastejava nas sombras
em busca das suas vítimas e só se tornava visível pelos seus efeitos de
longo prazo, por sua vez nem sempre ostensivos e espetaculares.
Escritores, artistas, filósofos e sábios iam definhando e morrendo,
sacrificados e servidos na mesa da estupidez sem que se pudesse identificar
pelo nome um grupo de culpados. Velascos, Tirapanis e similares, agora,
encarnam essa força odienta a maligna com uma presença ostensiva, com
uma teatralidade histriônica que jamais poderá voltar ao conforto do
anonimato. Pela primeira vez a antropofagia brasileira tem exemplares
individualizados que podem ser isolados e colhidos para estudo. São como
o abscesso que, traz à flor da pele a infecção longamente escondida no
fundo do organismo.
O de C
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