quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

"A franqueza absoluta, meio de originalidade", recomendava Baudelaire. Mas o sincerismo obsceno que se deleita na descrição das próprias misérias é uma pose, um artifício, um chamariz. A franqueza genuína não está na minúcia dos detalhes escandalosos, mas no julgamento equilibrado e justo que um homem faz de si mesmo no conjunto, porque daí nasce o julgamento equilibrado e justo que fará dos seus semelhantes.

Leonardo Bartel De que forma podemos começar a desenvolver o equilíbrio no julgamento de nós mesmos, prof. Olavo de Carvalho?
· 4 · 13 h
Olavo de Carvalho
Olavo de Carvalho Confessando seus pecados a um Deus que já os conhece melhor que você mesmo.

Dos escritores de memórias, meu preferido é ainda Henry Miller. Ele descrevia os seus pecados sem masoquismo confessional nem afetações de remorso. Dizia tudo com simplicidade e senso de humor, provando que era também homem justo e compreensivo ao julgar seus semelhantes. Você não pode amar o seu próximo como a si mesmo se trata a si próprio como a um condenado do inferno.

O de C

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