sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Quando falamos, uma subcorrente de imagens, evocações, associações e sentimentos acompanha, no fundo da nossa consciência, o fluxo verbal. É no intercâmbio entre duas subcorrentes, quando fluem em harmonia, que se dá a verdadeira conversação. O resto é papagaiada.

Com um pouco de prática, você apreende o que o seu interlocutor está vislumbrando por dentro quando vocês conversam. E aí a diferença entre a conversa substantiva e o falatório vazio aparece com uma nitidez contundente.

Alex Gonçalvex Seu Olavo, é verdade q o senhor não tem nem o ensino médio, e q é autodidata, e todo o conhecimento vasto q o senhor adiquiriu veio da sua 'compulsão' por leitura?
Olavo de Carvalho
Olavo de Carvalho Compulsão pelo aprendizado, não pela leitura em si. Quando converso com uma pessoa sábia, guardo suas palavras na memória para sempre. Ao ler um livro, se não sinto que é coisa que desejo guardar na memória, largo o livro na mesma hora.

Você pode também cair na esparrela de preencher com o seu próprio conteúdo interno a fala vazia do seu interlocutor, e sentir que ele está dizendo alguma coisa quando não está dizendo absolutamente nada.

O de C

Nenhum comentário:

Postar um comentário