Há algo que os pais possam fazer para ajudar na resolução positiva desse drama?
Rafael Falcón Tratar
os filhos como adultos ignorantes, não como crianças metidas a besta. O
que é mais necessário ao adolescente é um bom conjunto de mentores
compreensivos, sejam eles pais, professores, quanto mais, melhor.
A geração passada manifestou sua rebeldia juvenil de modo puramente
epidérmico, por meio dos movimentos contraculturais, do rock, etc.
Viraram isso que estamos cansados de ver. Falando objetivamente, não é
um bom exemplo a seguir.
Creio que uma adolescência saudável consista no convívio dialético permanente de dois fatores:
1) A recusa a aceitar a mediocridade reinante; a insistência em entender a fundo tudo o que me causa revolta; a transformação dos meus dramas numa verdadeira jornada intelectual e existencial.
2) A atitude geral de perdão a todos os erros e defeitos das pessoas, e especialmente das que têm poder sobre mim. Aceitar que o mundo pós-adâmico é o reino do demônio, que ignorância e injustiça se espalham por necessidade cósmica, não por culpa exclusiva dos indivíduos.
Creio que uma adolescência saudável consista no convívio dialético permanente de dois fatores:
1) A recusa a aceitar a mediocridade reinante; a insistência em entender a fundo tudo o que me causa revolta; a transformação dos meus dramas numa verdadeira jornada intelectual e existencial.
2) A atitude geral de perdão a todos os erros e defeitos das pessoas, e especialmente das que têm poder sobre mim. Aceitar que o mundo pós-adâmico é o reino do demônio, que ignorância e injustiça se espalham por necessidade cósmica, não por culpa exclusiva dos indivíduos.
Numa palavra, a aceitação dos deveres próprios da juventude, mas
acompanhada da aguda consciência de que os adultos também se enganam.
Esse equilíbrio resulta numa ação obediente, mas insatisfeita;
respeitosa, mas emulativa; ambiciosa, mas paciente; piedosa, mas audaz.
RFalcon
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