sábado, 13 de fevereiro de 2016

Mônica Mendes Martin Sei de teu passado na astrologia e conheço alguém muito especial na astronomia. Adoraria ver o confronto de ideias. Que tal contra argumentar aos argumentos brilhantes de Einstein em favor do socialismo. Vou vibrar vendo você refutar a genial crítica de Einstein ao capitalismo.http://www.diarioliberdade.org/.../60205-um-bom-dia-para...
Olavo de Carvalho Mônica Mendes Martin Sim, tanto que Einstein foi buscar asilo na URSS, não é mesmo? No mais, já tive debates com os astrônomos Ronaldo Freitas Mourão e Lineu Hoffamann. Os dois sifu. Tem mais algum querendo?
Mônica Mendes Martin
Mônica Mendes Martin Leia o texto, Olavo. Os argumentos de Einstein são brilhantes. Quero ver uma contra argumentação ao texto. Seria tua chance de mostrar que esta longe de investigações astrológicas. Aguardo um artigo teu, em resposta às razões de Einstein. Emoticon smile
Hernani Naoki Nippashi
Hernani Naoki Nippashi Faltam aspectos importantes do ser humano que não foram apresentados. Vou deixar uma pergunta para reflexão: com quais valores o imaginário do ser humano deve ser preenchido para que guie suas ações para o bem (na média, obviamente)?
Olavo de Carvalho
Olavo de Carvalho Mônica Mendes Martin Conheço o texto. Os argumentos são PUERIS, só podem impressionar bobocas sem nenhum conhecimento de economia ou ciência política. Einstein era de uma incultura histórica MONSTRUOSA, até mesmo no campo da história das ciências.
Mônica Mendes Martin
Mônica Mendes Martin
Mônica Mendes Martin tua refutação foi fraca. é melhor elaborar com argumentos mais racionais e fundamentados. Emoticon wink
Danilo Siden
Olavo de Carvalho
Olavo de Carvalho Mônica Mendes Martin Mas a idéia de escrever algo a respeito é boa. Agradeço a sugestão.
Mônica Mendes Martin
Mônica Mendes Martin Não se aprece em refutar Einstein, isto sim é pueril. Te aguardo respondendo e refutando os argumentos do texto,. Não batento boca comigo no face. Isto sim e pueril. Aguardo um artigo. Abraços!
Mônica Mendes Martin
Mônica Mendes Martin "os argumentos" Emoticon smile
Mônica Mendes Martin
Mônica Mendes Martin Quem sabe daqui a 100 anos você entenda que Einstein tinha razão. Entim... a humanidade é assim. Emoticon smile
Carleto Nunes
Carleto Nunes Essas crianças acham que o Olavo nasceu ontem kkk
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Hyago Nogueira
Hyago Nogueira Mônica Mendes Martin Você já leu os livros da Escola Austríaca de Economia? Mises, Rothbard,...
Olavo de Carvalho
Olavo de Carvalho Mônica Mendes Martin Uai, digo que VOU escrever a refutação e você acha que já a derrubou com um Kkk? Você é boba demais.
Mônica Mendes Martin
Mônica Mendes Martin Imagina que acho isto. Sei que ele é um malandro velho. Por isto meu desafio. Quero ver uma resposta argumentativa a uma tese genial.
Jean Carlos
Jean Carlos "aprece", " batento".
Nem escrever ela sabe.
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Mônica Mendes Martin
Mônica Mendes Martin Por isto que confio mais na inteligencia de Einstein do que na inteligencia da direita. Ao invés de ler o texto e contra argumentar você tenta me ofender. Isso não leva a nada. Leia o texto.
Yann S. Correia
Yann S. Correia https://resistenciaantisocialismo.wordpress.com/.../a-ig.../

O artigo “Porque o Socialismo”, escrito por Albert Einstein para a publicação de Maio de…
resistenciaantisocialismo.wordpress.com
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Yann S. Correia
Yann S. Correia Era melhor Einstein focar fora disso
Olavo de Carvalho
Olavo de Carvalho Mônica Mendes Martin Mas eu não refutei nada ainda, caraio.
Mônica Mendes Martin
Mônica Mendes Martin Era melhor você ler o texto e contra argumentar racionalmente do que pegar jornalecos.
Yann S. Correia
Yann S. Correia O cara que acredita na "mais-valia" já merece risos, não é só pq ele é o maior cientista do século passado, que ele entende de todos os campos
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Olavo de Carvalho
Olavo de Carvalho Mônica Mendes Martin Foi você que entrou aqui me ofendendo, levou um troquinho e já está choramingando.
Mônica Mendes Martin
Mônica Mendes Martin
Mônica Mendes Martin Se diz que te ofendi, releia o que escrevi e mostre onde?
Olavo de Carvalho
Olavo de Carvalho Mônica Mendes Martin Leia a sua primeira mensagem/
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Mônica Mendes Martin
Mônica Mendes Martin Existe alguma ofensa lá?
Mônica Mendes Martin
Mônica Mendes Martin
Mônica Mendes Martin Foi um desafio, sem ofensas. Entendi que aceitou o desafio. Aguardo o artigo ansiosa. Emoticon smile
João Winckler
João Winckler A Mônica queria um tweet em refutação a um texto de vários parágrafos, hehe.
Mônica Mendes Martin
Mônica Mendes Martin Aguardo uma publicação.
Yann S. Correia
Yann S. Correia Mônica, não precisa o Olavo escrever uma refutação, já mandei um texto em português, deve ter milhares em outras línguas
Mônica Mendes Martin
Mônica Mendes Martin Ele aceitou o desafio.
Jorge Bertoluci
Jorge Bertoluci Lendo este texto entendi porque Einstein é famoso pelas suas contribuições na física/astronomia e não por estudos em economia e política.
Danilo Siden
Danilo Siden Calúnia ofende.
Mônica Mendes Martin
Mônica Mendes Martin O que você entendeu não vem ao caso, Jorge.
Mônica Mendes Martin
Mônica Mendes Martin Qual foi a calúnia? A astrologia? Foi o que li. Não é verdade? Se não for me desculpe, a mídia mente muito. Mas o desafio permanece e aceitação do Olavo me alegra.
Ricardo Brazil
Ricardo Brazil É aquela velha história: o sujeito domina um assunto de forma majestosa e começa a achar que pode falar sobre tudo sem que incorra em erro. É o cientificismo sendo exercido com sua irresponsabilidade inerente para se exprimir sobre aquilo que não tem n...Ver mais
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Mônica Mendes Martin
Mônica Mendes Martin Isso também não vem ao caso. O importante é o desafio aceito. Emoticon smile
Mônica Mendes Martin
Mônica Mendes Martin Mas... que o texto de Einstein é brilhante, isto é.
Yann S. Correia
Yann S. Correia Mônica, não sei se é brilhante, mas tem erros que qualquer pessoa vê bem facilmente, o artigo que mandei, tem algum deles
Will B Lauria
Will B Lauria Cumé que uma fulaninha,sem ter o domínio basal de gramática e ortografia,pode se achar no direito de argüir sobre Filosofia,Astronomia ou até mesmo Astrologia?
Elias Machado
Elias Machado Olavo de Carvalho Gostei Professor. Irei esperar um artigo do Senhor, questionando a proposta socialista de Einstein. .
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Fernando Rodrigues
Fernando Rodrigues Ela faz o desafio, o professor aceita e ela fica reclamando q foi ofendida wtf!
Fernando Rodrigues
Fernando Rodrigues Outra coisa, eu não sabia q o Einstein era Deus, até onde eu sei ele é imbatível na física e só nela
Mônica Mendes Martin
Mônica Mendes Martin Einstein não é deus, mas é brilhante, genial, e escreveu um texto brilhante, com razões difíceis de serem refutadas. Por isto o desafio.
Eluis Ruano
Eluis Ruano Ai ai ai Olavo...não seja tão generoso com esses fakes, eles vem aqui apenas para provocar; um sonoro "Vai tomar no Cú" seguido de uma ejaculada "blocante" é tudo que devem receber !
Mônica Mendes Martin
Mônica Mendes Martin A direita prefere ofensas grosseiras a argumentos racionais? Quem foi ofendida aqui fui eu com palavra chula. E não sou fake.
Roger Novello
Roger Novello Sobre astrologia, o Olavo poderia postar resposta parecida com a que deu ao Pedro Bial , direta e efetiva.
Quanto ao texto do Einstein, requer um artigo resposta por sua extensão, não pela sua consistência pois é facilmente rebatido.
Lembrando que Einstein era físico, mas nunca aceitou alguns aspectos da mecânica quântica que foram provados mais tarde. Isto quer dizer que era um gênio, mas não era Deus, e errou até na sua área.
Mas mané ouve o nome dele e tu que lê sobre o tal vira lei, pois não é capaz de buscar um corpo de evidências e teorias pra raciocinar e avaliar oque lê.
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http://www.diarioliberdade.org/artigos-em-destaque/414-batalha-de-ideias/60205-um-bom-dia-para-reivindicarmos-einstein-porque-o-socialismo.html
einstein socialismoDiário Liberdade - Estudiosos norte-americano acabam de verificar de maneira empírica previsões que Albert Einstein tinha avançado um século atrás, em 1916, sobre a existência de ondas gravitacionais, curvas espaço-tempo geradas por violentos fenómenos do cosmos.

Foi o Observatório de Interferometria de Ondas Gravitacionais (LIGO) que detetou o chamado "som do universo", numa experiência realizada nos Estados Unidos que confirma a validade fundamental dos grandes estudos científicos que Einstein realizou.
São muitas a aproximações possíveis à figura do maior cientista do século XX. Nós propomos reler a avaliação por ele realizada em torno de uma outra questão colocada já no seu tempo: a questão do socialismo. Eis o artigo que Albert Einstein dedicou ao assunto em 1949.
Porque o socialismo?
Será aconselhável para quem não é especialista em assuntos económicos e sociais exprimir opiniões sobre a questão do socialismo? Eu penso que sim, por uma série de razões.
Consideremos antes de mais a questão sob o ponto de vista do conhecimento científico. Poderá parecer que não há diferenças metodológicas essenciais entre a astronomia e a economia: os cientistas em ambos os campos tentam descobrir leis de aceitação geral para um grupo circunscrito de fenómenos de forma a tornar a interligação destes fenómenos tão claramente compreensível quanto possível. Mas, na realidade, estas diferenças metodológicas existem. A descoberta de leis gerais no campo da economia torna-se difícil pela circunstância de que os fenómenos económicos observados são frequentemente afectados por muitos factores que são muito difíceis de avaliar separadamente. Além disso, a experiência acumulada desde o início do chamado período civilizado da história humana tem sido – como é bem conhecido – largamente influenciada e limitada por causas que não são, de forma alguma, exclusivamente económicas por natureza. Por exemplo, a maior parte dos principais estados da história ficou a dever a sua existência à conquista. Os povos conquistadores estabeleceram-se, legal e economicamente, como a classe privilegiada do país conquistado. Monopolizaram as terras e nomearam um clero de entre as suas próprias fileiras. Os sacerdotes, que controlavam a educação, tornaram a divisão de classes da sociedade numa instituição permanente e criaram um sistema de valores segundo o qual as pessoas se têm guiado desde então, até grande medida de forma inconsciente, no seu comportamento social.
Mas a tradição histórica é, por assim dizer, coisa do passado; em lado nenhum ultrapassámos de facto o que Thorstein Veblen chamou de “fase predatória” do desenvolvimento humano. Os factos económicos observáveis pertencem a essa fase e mesmo as leis que podemos deduzir a partir deles não são aplicáveis a outras fases. Uma vez que o verdadeiro objectivo do socialismo é precisamente ultrapassar e ir além da fase predatória do desenvolvimento humano, a ciência económica no seu actual estado não consegue dar grandes esclarecimentos sobre a sociedade socialista do futuro.
Segundo, o socialismo é dirigido para um fim sócio-ético. A ciência, contudo, não pode criar fins e, muito menos, incuti-los nos seres humanos; quando muito, a ciência pode fornecer os meios para atingir determinados fins. Mas os próprios fins são concebidos por personalidades com ideais éticos elevados e – se estes ideais não nascerem já votados ao insucesso, mas forem vitais e vigorosos – adoptados e transportados por aqueles muitos seres humanos que, semi-inconscientemente, determinam a evolução lenta da sociedade.
Por estas razões, devemos precaver-nos para não sobrestimarmos a ciência e os métodos científicos quando se trata de problemas humanos; e não devemos assumir que os peritos são os únicos que têm o direito a expressarem-se sobre questões que afectam a organização da sociedade.
Inúmeras vozes afirmam desde há algum tempo que a sociedade humana está a passar por uma crise, que a sua estabilidade foi gravemente abalada. É característico desta situação que os indivíduos se sintam indiferentes ou mesmo hostis em relação ao grupo, pequeno ou grande, a que pertencem. Para ilustrar o meu pensamento, permitam-me que exponha aqui uma experiência pessoal. Falei recentemente com um homem inteligente e cordial sobre a ameaça de outra guerra, que, na minha opinião, colocaria em sério risco a existência da humanidade, e comentei que só uma organização supra-nacional ofereceria protecção contra esse perigo. Imediatamente o meu visitante, muito calma e friamente, disse-me: “Porque se opõe tão profundamente ao desaparecimento da raça humana?”
Tenho a certeza de que há tão pouco tempo como um século atrás ninguém teria feito uma afirmação deste tipo de forma tão leve. É a afirmação de um homem que tentou em vão atingir um equilíbrio interior e que perdeu mais ou menos a esperança de ser bem sucedido. É a expressão de uma solidão e isolamento dolorosos de que sofre tanta gente hoje em dia. Qual é a causa? Haverá uma saída?
É fácil levantar estas questões, mas é difícil responder-lhes com um certo grau de segurança. No entanto, devo tentar o melhor que posso, embora esteja consciente do facto de que os nossos sentimentos e esforços são muitas vezes contraditórios e obscuros e que não podem ser expressos em fórmulas fáceis e simples.
O homem é, simultaneamente, um ser solitário e um ser social. Enquanto ser solitário, tenta proteger a sua própria existência e a daqueles que lhe são próximos, satisfazer os seus desejos pessoais, e desenvolver as suas capacidades inatas. Enquanto ser social, procura ganhar o reconhecimento e afeição dos seus semelhantess, partilhar os seus prazeres, confortá-los nas suas tristezas e melhorar as suas condições de vida. Apenas a existência destes esforços diversos e frequentemente conflituosos respondem pelo carácter especial de um ser humano, e a sua combinação específica determina até que ponto um indivíduo pode atingir um equilíbrio interior e pode contribuir para o bem-estar da sociedade. É perfeitamente possível que a força relativa destes dois impulsos seja, no essencial, fixada por herança. Mas a personalidae que finalmente emerge é largamente formada pelo ambinte em que um indivíduo acaba por se descobrir a si próprio durante o seu desenvolvimento, pela estrutura da sociedade em que cresce, pela tradição dessa sociedade, e pelo apreço por determinados tipos de comportamento. O conceito abstracto de “sociedade” significa para o ser humano individual o conjunto das suas relações directas e indirectas com os seus contemporâneos e com todas as pessoas de gerações anteriores. O indíviduo é capaz de pensar, sentir, lutar e trabalhar sozinho, mas depende tanto da sociedade – na sua existência física, intelectual e emocional – que é impossível pensar nele, ou compreendê-lo, fora da estrutura da sociedade. É a “sociedade” que lhe fornece comida, roupa, casa, instrumentos de trabalho, língua, formas de pensamento, e a maior parte do conteúdo do pensamento; a sua vida foi tornada possível através do trabalho e da concretização dos muitos milhões passados e presentes que estão todos escondidos atrás da pequena palavra “sociedade”.
É evidente, portanto, que a dependência do indivíduo em relação à sociedade é um facto da natureza que não pode ser abolido – tal como no caso das formigas e das abelhas. No entanto, enquanto todo o processo de vida das formigas e abelhas é reduzido ao mais pequeno pormenor por instintos hereditários rígidos, o padrão social e as interrelações dos seres humanos são muito variáveis e susceptíveis de mudança. A memória, a capacidade de fazer novas combinações, o dom da comunicação oral tornaram possíveis os desenvolvimentos entre os seres humanos que não são ditados por necessidades biológicas. Estes desenvolvimentos manifestam-se nas tradições, instituições e organizações; na literatura; nas obras científicas e de engenharia; nas obras de arte. Isto explica a forma como, num determinado sentido, o homem pode influenciar a sua vida através da sua própria conduta, e como neste processo o pensamento e a vontade conscientes podem desempenhar um papel.
O homem adquire à nascença, através da hereditariedade, uma constituição biológica que devemos considerar fixa ou inalterável, incluindo os desejos naturais que são característicos da espécie humana. Além disso, durante a sua vida, adquire uma constituição cultural que adopta da sociedade através da comunicação e através de muitos outros tipos de influências. É esta constituição cultural que, com a passagem do tempo, está sujeita à mudança e que determina, em larga medida, a relação entre o indivíduo e a sociedade. A antropologia moderna ensina-nos, através da investigação comparativa das chamadas culturas primitivas, que o comportamento social dos seres humanos pode divergir grandemente, dependendo dos padrões culturais dominantes e dos tipos de organização que predominam na sociedade. É nisto que aqueles que lutam por melhorar a sorte do homem podem fundamentar as suas esperanças: os seres humanos não estão condenados, devido à sua constituição biológica, a exterminarem-se uns aos outros ou a ficarem à mercê de um destino cruel e auto-infligido.
Se nos interrogarmos sobre como deveria mudar a estrutura da sociedade e a atitude cultural do homem para tornar a vida humana o mais satisfatória possível, devemos estar permanentemente conscientes do facto de que há determinadas condições que não podemos alterar. Como mencionado anteriormente, a natureza biológica do homem, para todos os objectivos práticos, não está sujeita à mudança. Além disso, os desenvolvimentos tecnológicos e demográficos dos últimos séculos criaram condições que vieram para ficar. Em populações com fixação relativamente densa e com bens indispensáveis à sua existência continuada, é absolutamente necessário haver uma extrema divisão do trabalho e um aparelho produtivo altamente centralizado. Já lá vai o tempo – que, olhando para trás, parece ser idílico – em que os indivíduos ou grupos relativamente pequenos podiam ser completamente auto-suficientes. É apenas um pequeno exagero dizer-se que a humanidade constitui, mesmo actualmente, uma comunidade planetária de produção e consumo.
Cheguei agora ao ponto em que vou indicar sucintamente o que para mim constitui a essência da crise do nosso tempo. Diz respeito à relação do indivíduo com a sociedade. O indivíduo tornou-se mais consciente do que nunca da sua dependência relativamente à sociedade. Mas ele não sente esta dependência como um bem positivo, como um laço orgânico, como uma força protectora, mas mesmo como uma ameaça aos seus direitos naturais, ou ainda à sua existência económica. Além disso, a sua posição na sociedade é tal que os impulsos egotistas da sua composição estão constantemente a ser acentuados, enquanto os seus impulsos sociais, que são por natureza mais fracos, se deterioram progressivamente. Todos os seres humanos, seja qual for a sua posição na sociedade, sofrem este processo de deterioração. Inconscientemente prisioneiros do seu próprio egotismo, sentem-se inseguros, sós, e privados do gozo naïve, simples e não sofisticado da vida. O homem pode encontrar sentido na vida, curta e perigosa como é, apenas dedicando-se à sociedade.
A anarquia económica da sociedade capitalista como existe actualmente é, na minha opinião, a verdadeira origem do mal. Vemos perante nós uma enorme comunidade de produtores cujos membros lutam incessantemente para despojar os outros dos frutos do seu trabalho colectivo – não pela força, mas, em geral, em conformidade com as regras legalmente estabelecidas. A este respeito, é importante compreender que os meios de produção – ou seja, toda a capacidade produtiva que é necessária para produzir bens de consumo bem como bens de equipamento adicionais – podem ser legalmente, e na sua maior parte são, propriedade privada de indivíduos.
Para simplificar, no debate que se segue, chamo “trabalhadores” a todos aqueles que não partilham a posse dos meios de produção – embora isto não corresponda exactamente à utilização habitual do termo. O detentor dos meios de produção está em posição de comprar a mão-de-obra. Ao utilizar os meios de produção, o trabalhador produz novos bens que se tornam propriedade do capitalista. A questão essencial deste processo é a relação entre o que o trabalhador produz e o que recebe, ambos medidos em termos de valor real. Na medida em que o contrato de trabalho é “livre”, o que o trabalhador recebe é determinado não pelo valor real dos bens que produz, mas pelas suas necessidades mínimas e pelas exigências dos capitalistas para a mão-de-obra em relação ao número de trabalhadores que concorrem aos empregos. É importante compreender que, mesmo em teoria, o pagamento do trabalhador não é determinado pelo valor do seu produto.
O capital privado tende a concentrar-se em poucas mãos, em parte por causa da concorrência entre os capitalistas e em parte porque o desenvolvimento tecnológico e a crescente divisão do trabalho encorajam a formação de unidades de produção maiores à custa de outras mais pequenas. O resultado destes desenvolvimentos é uma oligarquia de capital privado cujo enorme poder não pode ser eficazmente controlado mesmo por uma sociedade política democraticamente organizada. Isto é verdade, uma vez que os membros dos órgãos legislativos são escolhidos pelos partidos políticos, largamente financiados ou influenciados pelos capitalistas privados que, para todos os efeitos práticos, separam o eleitorado da legislatura. A consequência é que os representantes do povo não protegem suficientemente os interesses das secções sub-privilegidas da população. Além disso, nas condições existentes, os capitalistas privados controlam inevitavelmente, directa ou indirectamente, as principais fontes de informação (imprensa, rádio, educação). É assim extremamente difícil e mesmo, na maior parte dos casos, completamente impossível, para o cidadão individual, chegar a conclusões objectivas e utilizar inteligentemente os seus direitos políticos.
Assim, a situação predominante numa economia baseada na propriedade privada do capital caracteriza-se por dois principais princípios: primeiro, os meios de produção (capital) são privados e os detentores utilizam-nos como acham adequado; segundo, o contrato de trabalho é livre. Claro que não há tal coisa como uma sociedade capitalista pura neste sentido. É de notar, em particular, que os trabalhadores, através de longas e duras lutas políticas, conseguiram garantir uma forma algo melhorada do “contrato de trabalho livre” para determinadas categorias de trabalhadores. Mas tomada no seu conjunto, a economia actual não difere muito do capitalismo “puro”.
A produção é feita para o lucro e não para o uso. Não há nenhuma disposição em que todos os que possam e queiram trabalhar estejam sempre em posição de encontrar emprego; existe quase sempre um “exército de desempregados. O trabalhador está constantemente com medo de perder o seu emprego. Uma vez que os desempregados e os trabalhadores mal pagos não fornecem um mercado rentável, a produção de bens de consumo é restrita e tem como consequência a miséria. O progresso tecnológico resulta frequentemente em mais desemprego e não no alívio do fardo da carga de trabalho para todos. O motivo lucro, em conjunto com a concorrência entre capitalistas, é responsável por uma instabilidade na acumulação e utilização do capital que conduz a depressões cada vez mais graves. A concorrência sem limites conduz a um enorme desperdício do trabalho e a esse enfraquecimento consciência social dos indivíduos que mencionei anteriormente.
Considero este enfraquecimento dos indivíduos como o pior mal do capitalismo. Todo o nosso sistema educativo sofre deste mal. É incutida uma atitude exageradamente competitiva no aluno, que é formado para venerar o sucesso de aquisição como preparação para a sua futura carreira.
Estou convencido que só há uma forma de eliminar estes sérios males, nomeadamente através da constituição de uma economia socialista, acompanhada por um sistema educativo orientado para objectivos sociais. Nesta economia, os meios de produção são detidos pela própria sociedade e são utilizados de forma planeada. Uma economia planeada, que adeque a produção às necessidades da comunidade, distribuiria o trabalho a ser feito entre aqueles que podem trabalhar e garantiria o sustento a todos os homens, mulheres e crianças. A educação do indivíduo, além de promover as suas próprias capacidades inatas, tentaria desenvolver nele um sentido de responsabilidade pelo seu semelhante em vez da glorificação do poder e do sucesso na nossa actual sociedade.
No entanto, é necessário lembrar que uma economia planeada não é ainda o socialismo. Uma tal economia planeada pode ser acompanhada pela completa opressão do indivíduo. A concretização do socialismo exige a solução de problemas socio-políticos extremamente difíceis; como é possível, perante a centralização de longo alcance do poder económico e político, evitar a burocracia de se tornar toda-poderosa e vangloriosa? Como podem ser protegidos os direitos do indivíduo e com isso assegurar-se um contrapeso democrático ao poder da burocracia?
A clareza sobre os objectivos e problemas do socialismo é da maior importância na nossa época de transição. Visto que, nas actuais circunstâncias, a discussão livre e sem entraves destes problemas surge sob um tabu poderoso, considero a fundação desta revista como um serviço público importante.
Texto escrito por Einstein para o lançamento da revista Monthly Review, cujo primeiro número foi publicado em Maio de 1949. Tradução de Anabela Magalhães.
Fonte: Resistir.

Uma senhora ou senhorita de nome Mônica Mendes Martin me desafiou a ler e refutar um artigo em defesa do socialismo que Albert Einstein escreveu em 1949 para a Monthly Review (da qual fui assinante e fã aos dezenove anos). Não há necessidade de nenhuma refutação. Após uma longa a embromatória "captatio benevolentiae", composta de lugares-comuns das ciências sociais, o ÚNICO argumento que o físico apresenta em favor do socialismo é a boa e velha teoria da mais-valia, já reduzida a pó pela escola austríaca na década de 20 do século passado. Chega a ser inacreditável que a leitora não tenha percebido isso. Se achou que o artigo trazia grandes e espetaculares novidades, só prova sua total ignorância do "status quaestionis" de 1949 e, mais ainda, de hoje. Einstein nada acrescenta ao debate exceto o brilho publicitário da sua figura de "poster boy".

Os parágrafos finais do artigo de Einstein, onde ele diz que o socialismo precisa tomar cuidado para não dar muito poder à burocracia, são uma das coisas mais bobocas que já li. Nem o Sakamoto escreveu algo tão pueril.

Quando um sujeito escreve um livro para colocar-se a si próprio no topo da evolução da humanidade, mesmo tendo dado contribuições efetivas em outros domínios ele é um charlatão. Einstein fez isso em "A Evolução da Física". Entre outros erros históricos medonhos, necessários para dar credibilidade à sua tese. ele começa por dizer que antes de Newton a Física de Aristóteles havia dominado o pensamento europeu por mil anos. A Física de Aristóteles só chegou à Europa no século XIII -- e foi imediatamente condenada por um Concílio. Einstein está tão habilitado a ensinar história das ciências quanto eu a refutar as suas equações.


O de C

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