domingo, 14 de fevereiro de 2016

Me desculpem os convertidos a causas nobres mas boas intenções não deixam ninguém mais sábio. Se ainda ontem você apregoava tudo quanto é tipo de torpeza, não é por ter mudado hoje que está apto a ensinar os outros a serem homens e mulheres de verdade e "de bem". Gaste pelo menos uns dez aninhos se lapidando primeiro, vai por mim. Eu vejo muito isso por aí, um verdadeiro desserviço à virtude.

Dar testemunho dizendo que estava errado é uma coisa, bancar o especialista em virtude, em "ser mulher", "ser homem", "formar famílias" é outra bem diferente.

Eu vejo muitas pessoas que um ou no máximo dois anos trás eram abortistas, gayzistas, feministas, comunistas ativistas e que hoje bancam de sair ensinando o "bem" para todo mundo, algumas até me escrevem pedindo apoio! Além disso são sempre pessoas com menos de trinta anos e geralmente sem cônjuge ou filhos, ou seja, garotos e garotas. Menos vai...

Aqui eu não estou me referindo aos "recém convertidos" que saem excomungando todo mundo, esses são escória mesmo. Falo dos que parecem mais bem intencionados mas que definitivamente estão precisando de um puxão de orelhas.

Mateus Pool Esse seu comentário, professor Luiz Gonzaga De Carvalho Neto, me fez "sentir" a seguinte dúvida: quando a apologética e o proselitismo religioso são atitudes válidas? Estou excluindo as ideologias: conservadorismo, liberalismo, comunismo, etc.
Curtir · Responder · 4 · 5 h
Luiz Gonzaga De Carvalho Neto Eu PESSOALMENTE não gosto disso para mim, mas a atitude em si é válida sim. O problema está em quem a faz. O sujeito deve praticar e estudar a religião por uns dez anos no mínimo antes de fazer apologética. Além de, durante esse tempo, buscar o convívio de pessoas de santidade ou pelo menos piedade evidente.
César Augusto Da Silva Hernandes
César Augusto Da Silva Hernandes Eu tendo a achar que apologética geralmente não funciona para produzir conversões. As pessoas se convertem pelas vidas ilibadas que testemunham. Pelo menos comigo foi assim. A apologética pode fortalecer a fé de um já convertido, mas muitas vezes o faz de forma precária. Como diz Nosso Senhor, o vento vem e derruba a casa.
Mateus Pool
Mateus Pool E, abusando um pouco, quando a recusa em fazer apologética descamba na covardia e na falta de caridade? Para um fiel católico, como eu, é sempre uma opção válida optar por não fazer apologética e proselitismo? Parece-me que a religião pede justamente o contrário, e isso gera uma tensão em mim.
Curtir · Responder · 1 · 5 h
Luiz Gonzaga De Carvalho Neto
Luiz Gonzaga De Carvalho Neto De jeito nenhum! Se fosse assim todo monge contemplativo ou pessoa piedosa apagada seria um hipócrita covarde e a história da Igreja prova o contrário.   

Nenhum comentário:

Postar um comentário