quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Os protestos de rua só apareceram PORQUE os partidos "de oposição" eram omissos e cúmplices. O MBL foi criado para dar justamente a esses partidos a autoridade moral e o comando das massas. Não sou contra a passeata do dia 13, desde que nela os Aécios e similares sejam vaiados tanto quanto os comunolarápios.

A palavra "impeachment" tornou-se um símbolo da destruição completa do sistema comunolarápio, mas, na realidade, ele só servirá para uma destas duas coisas: (a) salvar o Temer da cassação do seu mandato e salvar o Toffoli de um processo por fraude eleitoral; ou (b) ser anulado mais tarde caso ainda seja possível cassar os mandatos e processar o Toffoli (hipótese na qual não acredito).

Não haverá impeachment. Se a situação apertar, a Dilma renunciará e irá para as Bahamas gastar o dinheiro do povo, enquanto os Aécios e demais traidores posam de salvadores da pátria. Foi para isso que as massas indignadas foram às ruas em março de 2015?

Quem lançou a palavra de ordem "impeachment" sabia o que estava fazendo. Lançou-a PORQUE sabia que era um processo demorado, infinitamente adiável. Lançou-a PORQUE ela fazia da classe política, que o povo abominava, o juiz único e soberano da situação. Lançou-a PORQUE sabia que ela adiava e amortecia as investigações sobre a fraude eleitoral.

Democracia, no meu entender, é o governo do povo. No entender dos Azevedos, é o governo do tucanato.

Depois de mostrar total desprezo pela massa, o tucanato agora tenta assumir a liderança dela e usá-la como instrumento de pressão para alcançar seus objetivos, que são a conservação da "Nova República" e do seu próprio poder.

Processar a chapa Dilma-Temer no TSE é pedir ao autor da fraude que castigue os beneficiários dela.

Vamos falar o português claro: se todas as instituições foram aparelhadas, confiar na “via institucional” é coisa de idiota ou vendido. Só uma intervenção popular direta pode salvar o Brasil. E tudo o que tucanos e emebelistas vêm fazendo destina-se a bloquear essa intervenção e reforçar a “via institucional”.

O Raymundo Faoro tinha razão: o “estamento burocrático” estrangula o país — com o agravante de que nunca antes foi tão prepotente e cínico quanto se tornou na “Nova República”.

Enquanto a capital continuar em Brasília, o estamento burocrático será inatingível e indestrutível, exceto por uma greve geral.

Brasília é o templo e fortaleza que o estamento burocrático erigiu para sua própria glória e perpetuação. Nada mais.

O fiasco do regime militar é a melhor prova de que as Forças Armadas NÃO PODEM contra o estamento burocrático. Só o povo pode.

D. Pedro II não tinha a vocação de reinar. Parece que o resto da Casa Real também não tem. Se tivesse, seria a liderança ideal para um resgate da nacionalidade.

Se a classe política tivesse um pingo de vergonha na cara, faria um plebiscito com a pergunta: “É legítima uma eleição sem acesso popular à contagem de votos?” Não fará isso nunca.

A Igreja católica, as igrejas evangélicas, a mídia inteira, o empresariado e as Forças Armadas foram engolidos pelo estamento burocrático. A maçonaria está dividida. So restam a Casa Real e o povo, além de figuras isoladas como Jair Bolsonaro e Sérgio Moro.

Se os militares de 1964 tivessem governado na base de consultas permanentes ao povo em vez de se fechar numa igrejinha de tecnocratas iluminados, teriam se tornado indestrutíveis e seriam os melhores governantes brasileiros de todos os tempos. Mas acho que não tinham autoconfiança bastante para isso.

Pelo que se viu nos protestos de 2015, o povão ainda tem, no fundo, idéias políticas equilibradas e saudáveis, ainda que não muito claras. Esse é o nosso maior patrimônio, a rigor a nossa única força.

O povão não acredita em socialismo, não acredita em ditadura, não acredita em tecnocratas iluminados e não confia nem um pouquinho na classe política. Tudo isso é sinal de saúde.

O PT falava em “controle externo” do Legislativo e do Judiciário, mas era um controle a ser exercido por ONGs a serviço do próprio PT. Um engodo demoníaco. O controle legítimo tem de ser através de plebiscito, voto distrital e recall. Sem Smartmatic, é claro.

Nada impede o Temer de ser um grande presidente, se quiser. Mas parece que ele quer apenas “preservar as instituições”, e aí surge a famosa “pergunta que não quer calar”, da qual falava o Bruno Tolentino: “Sim, mas o cu era de quem?”

Pixaram a sede do PSOL em Porto Alegre com os dizeres: “Anarco-olavismo”. Não fui eu quem mandou, mas a idéia não é má.

Não boicotem a passeata do dia 13. Vão lá com cartazes “Bolsonaro Presidente”.

Se o povo não oferecer o mais breve possível uma reação firme e intransigente não só “à Dilma” ou “ao PT”, mas a toda a casta governante, e não impuser um verdadeiro regime democrático, com transparência, voto distrital e recall, onde os eleitores controlem seus representantes e pelo menos partes essenciais do funcionalismo público, em poucas décadas o Brasil desaparecerá do mapa sem deixar vestígios e será substituído por algo de totalmente diverso, imposto desde fora.

Alex Barreto Cypriano Seria tão interessante se Olavo dissesse mais a respeito desse desaparecimento do Brasil e seu sucessor…
Olavo de Carvalho Unificação mundial por meio de integrações regionais. O plano tem mais de meio século…

Vocês pensam que planos de dominação global são brincadeira, história da carochinha, teoria da conspiração? Vão pensando. O cu é seu.

Nenhuma grande mutação histórica foi jamais feita pela maioria. Cem mil brasileiros decididos são mais que suficientes para vencer esta etapa.

QUALQUER exigência popular que dependa do beneplácito da atual classe política é armadilha. Pela via judicial ainda se pode conseguir alguma coisa, se a pressão popular encorajar os juízes. No mais, só organização da massa e resistência pacífica.

Venho anunciando isto HÁ MESES. O PT vai tirar sua lasquinha no impeachment. A palavra-de-ordem é: Vão-se as hemorróidas, mas fiquem os cus.

http://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/pt-amea%C3%A7a-se-afastar-de-dilma-rousseff-diz-colunista/ar-BBq2993?li=AAggXC1&ocid=UP74DHP

Depois dessa, vocês AINDA TÊM ALGUMA DÚVIDA de que há algo de podre na idéia do mero impeachment? Tudo o que se passa na política brasileira há duas décadas só se esclarecerá quando soubermos o que o sr. Fernando Henrique Cardoso combinou com os líderes do Foro de São Paulo na reunião que teve com eles em Miami em 5 de março de 1993, a qual só foi noticiada num ÚNICO jornal do mundo, o “Granma” edição cubana (não a internacional).

Adiar a renúncia da Dilma até levar o povo inteiro ao desespero, de modo a que a simples saída da dona, sem maiores conquistas populares nem danos maiores para o PT, seja celebrada com fogos de artifício. É ÓBVIO que a tucanada quer isso. O próprio FHC, um dos padrinhos do “impeachment” bicudiano, já declarou que É PRECISO PRESERVAR O PT. Não sei se o plano vai dar certo, mas que é esse, é. Podemos aproveitar a onda impeachmentista para arrancar o braço de quem nos oferece um dedo mindinho? Podemos. Mas só se NEM POR UM MINUTO acreditarmos que “tirar a Dilma” é a salvação da pátria. É, isto sim, a salvação do PT. Isso já estava claro desde que, meses atrás, o Lula já não conseguia mais esconder a sua irritação com a dona.

Na verdade não haverá nem impeachment. A dona renuncia e sai limpinha, pronta para se candidatar a senadora quando quiser. Garanto que ela está só esperando o aviso.

É ÓBVIO que todos aqueles que mantêm um discurso “anti-corrupção” de tons apolíticos e ideologicamente neutros trabalham, sabendo ou não, para a salvação e perpetuação do PT, seja no poder, seja numa segunda posição, subordinada ao tucanismo, em ambos os casos sem NENHUMA mudança substantiva do quadro institucional.

Nunca subestimem o maquiavelismo tucano.

Pessoas que adoram e exigem “tomadas de posição”, que perguntam “Você é a favor do impeachment ou da cassação? A favor da resistência pacífica ou da intervenção militar?” etc. não entenderão NUNCA o jogo dialético da política mundial, aliás nem mesmo local. Sua rigidez faz delas as eternas perdedoras.

Socialistas, radicais ou moderados o quanto se queira, não são apenas dissimulados nas ações. Até o socialismo deles — todo socialismo — é dissimulação. Por trás da dissimulação há apenas niilismo e satanismo. Foi sempre assim. Leia Dostoiévski, “Os Demônios”, o livro que Lênin mais odiava.

Só analfabetos políticos acham que apoiar um candidato ou uma campanha qualquer é assumir um compromisso ideológico. Não é nem sequer lance estratégico. É movimento tático, que pode e deve ser mudado tão logo se altere o jogo de forças. Quem não entende nem isso, como esses retardados do ” Refutando Olavo de Carvalho”, não pode nem ir tomar no cu, porque não sabe onde é.

 O de C

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