Por que, nos filmes de Hollywood desde a década de 90, ninguém mais
sabe sofrer calado, a expressão das emoções é tão exagerada e todo mundo
tem crise histérica? Que saudade daqueles atores de antigamente -- um
Gary Cooper, um William Holden, um Robert Taylor --, que sem uma
palavra, sem um gemido, transmitiam no olhar um oceano de emoções
contidas! Agora tudo é barulhento e epidérmico, hiperbólico e
insignificante. Chacoalha mas não comove.
Meu
preferido sempre foi Robert Taylor. Ele sabia, só pelo olhar, parecer
idiota ou inteligente, heróico ou gostosão, um doce de gente ou um
verdadeiro diabo. E os diretores contam que era sempre correto e
profissional, sem frescuras nem estrelismos.
Entre os poucos atores de Hollywood que honram a tradição dos
Coopers, Holdens e Taylors estão Russel Crowe e Leonardo Di Caprio. Clint Eastwood também, mas já está com 173 anos.
O de C
Nenhum comentário:
Postar um comentário