Numa época em que qualquer zé-mané quer "transformar o mundo", nunca é
demais lembrar que a esfera de ação de cada ser humano é muito
limitada. Mesmo os grandes líderes, revolucionários e tiranos, que
desencadeiam ações de vasta envergadura, não têm nenhuma capacidade de
controlá-las e com freqüência são arrastados na voragem das
conseqüências indesejadas. A coisa mais certa é você calcular exatamente
a área das conseqüências que deseja produzir e o círculo exato das
pessoas que planeja atingir, e trabalhar com persistência e profundidade
dentro desses limites. Isso é a ação REAL, sem sonhos de grandeza nem
desperdício de energias. A possível expansão das conseqüências para além
desse quadro foge ao seu controle, e tudo o que você pode fazer é rezar
para que Deus, e não o diabo, assuma esse controle.
Sempre admirei as ações reais capazes de levar o mais exatamente
possível aos resultados pretendidos. A defesa da Finlândia contra a URSS
na "Guerra do Inverno" de 1939 é um exemplo que raia o espetacular. O
mínimo que se pode dizer do general Gustaf Mannerheim, que a comandou, é
que foi um gênio militar fora do comum.
O de C
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