Esperar que os meus críticos e detratores lessem os meus livros e
apostilas seria utópico. Mas tenho a nítida impressão de que não lêem
sequer os meus posts do Facebook. No máximo ouvem algum zunzum por aí e
tiram conclusões infalíveis sobre o meu caráter e o meu pensamento. O
que dizem de mim contrasta de tal maneira com o que sou e o que penso,
que não há como escapar à conclusão de que estão falando de um fantasma
da sua própria invenção, no qual projetam seus pavores e repugnâncias,
como crianças assustadas e malvadinhas.
O atual método brasileiro de análise ideológica consiste em ouvir uma
frase, olhar uma fotografia, ouvir uma opinião de terceiro, e daí já
constelar imediatamente a figura completa de uma personalidade, de uma
mentalidade, de uma obra. Isso é assim para louvar como para
achincalhar.
Qualquer estudo estilístico elementar basta para mostrar que,
invariavelmente, aqueles críticos que mais fazem cara de nojinho ante a
minha pessoa e as minhas idéias são também os mais constantes
macaqueadores de detalhes do meu estilo, Detalhes soltos, é claro,
copiados e usados com uma canhestrice de fazer dó.
O de C
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