O Brasil não sairá do buraco sem a TOTAL DESTRUIÇÃO do "estamento
burocrático" e a instauração de uma DEMOCRACIA EFETIVA, na qual os
eleitores mantenham os políticos sob rédea curta.
Alguém me pergunta se ainda é possível instaurar no Brasil uma democracia efetiva tal como a defini acima. Resposta:
-- Sim, mas primeiro é preciso remover do caminho os demagogos que
querem desviar o movimento popular de seus objetivos iniciais e fazê-lo
trabalhar pelo estamento burocrático, apelidado carinhosamente de
"nossas instituições".
Se o povo não abrir os olhos nos próximos meses, o PT ou qualquer
equivalente dele, sob os auspícios do tucanato, sobreviverá, e
continuará dividindo com esse seu amável concorrente o espaço
disponível. Graças aos peregrinos brasilienses e seus instrutores
iluminados, o Brasil perdeu aquilo que parece ter sido sua última chance
de derrubar o "estamento burocrático". "Nossas instituições" se
eternizarão e manterão o povo brasileiro em estado de inermidade pueril e
sonsa até o dia em que, deglutidas todas as soberanias nacionais pelo
Estado global, não seja mais preciso existir um Brasil.
O Brasil NÃO PODE ser consertado por via parlamentar porque, nas
"nossas instituições", os políticos, luízes da Suprema Côrte e
burocratas em geral estão legalmente BLINDADOS contra um povo que
desprezam. Só a intervenção popular direta, à moda ucraniana, pode mudar
para melhor o curso das coisas, mas o ímpeto popular já foi desviado e
neutralizado. Não sei se é recuperável.
Uma intervenção popular direta e maciça não viola a Constituição em
absolutamente nada. O texto constitucional é muito claro: o poder
soberano pertence ao povo, "que o exerce seja através de seus
representantes, SEJA DIRETAMENTE". É possível alguém não entender isso?
Só é possível fingir que não entendeu.
Desde o início, vendo a dificuldade de mover massas de manifestantes
até Brasília, concluí que a forma mais eficiente e disponível de
protesto eram os panelaços. Os sábios riram. Até agora, o ÚNICO
resultado efetivo dos protestos, o ÚNICO recuo substancial do inimigo --
a retirada dos nomes de Lula e Dilma da propaganda do PT -- foi obtido
pelo panelaço e excluvivamente pelo panelaço. O próprio PT confessa
isso.
Não ter valorizado e incentivado mais os panelaços foi de uma burrice
tática comparável à burrice estratégica da "Marcha para Brasília".
Em março de 2015, o povão estava compreendendo tudo. Os "líderes", nada. Não compreenderam nada até agora.
O de C
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