Vocês acreditam que existe um Deus, e que se Ele não vê justiça nos nossos empreendimentos Ele não nos ajuda?
A maior fraqueza do antipetismo é que ele só se mobilizou quando a corrupção federal começou a doer no bolso.
Se antes disso tivéssemos nos revoltado contra o favorecimento ao
banditismo, que mata anualmente sessenta mil dos nossos compatriotas,
Deus estaria do nosso lado.
Não digo que Ele não esteja, mas com certeza Ele não é um entusiasta da nossa causa.
A luta antipetista padece dos mesmos vícios que entregaram o país à
mercê dos comunolarápios: dinheirismo, desprezo aos valores superiores,
culto dos cargos públicos.
É mais valioso destituir UM bispo comunista do que derrubar a Dilma.
Não
é só lícito e moral. É OBRIGATÓRIO. Toda a doutrina da Igreja ensina
isso. Veja o exemplo de Santa Tereza ralhando com o Papa: "Seja homem!" A
atual subserviência às autoridades eclesiásticas corruptas é blasfema
no mais alto grau.
A dívida da Petrobrás para com investidores americanos lesados é tão
grande que jamais poderá ser paga. Na melhor das hipóteses eles
assumirão a propriedade da empresa. Aí quero ver com que cara os
comunolarápios se erguerão contra o "imperialismo", gritando "O petróleo
é nosso!"
Se um povo aceita passivamente toda sorte de horrores e abjeções e só
se revolta quando vê o dinheiro sumir da sua conta bancária, ele é tão
perverso quanto aqueles que o exploram.
Durante quarenta anos, os brasileiros deixaram, sem reclamar, que seu
país se transformasse no maior consumidor de drogas da América Latina;
deixaram que suas escolas se tornassem centrais de propaganda comunista e
bordéis para crianças; deixaram, sem reclamar, que sua cultura superior
fosse substituída pelo império de farsantes semi-analfabetos; deixaram,
sem reclamar, que sua religião tradicional se prostituísse no leito do
comunismo, e correram para buscar abrigo em pseudo-igrejas
improvisadas onde se vendiam falsos milagres por alto preço; deixaram,
sem reclamar, que seus irmãos fossem assassinados em quantidades cada
vez maiores, até que toda a nação tivesse medo de sair às ruas e
começasse a aprisionar-se a si própria atrás de grades impotentes para
protegê-la; deixaram, sem reclamar, que o governo tomasse as suas armas,
e até se apressaram em entregá-las, deixando suas famílias
desprotegidas, para mostrar o quanto eram bonzinhos e obedientes. Depois
de tudo isso, descobriram que os políticos estavam desviando verbas do
Estado, e aí estrilaram, num grito de revolta: "Não! No nosso rico e
santo dinheirinho ninguém mexe!"
Esse é o senso nacional de
justiça. Quem pode seriamente acreditar que Deus está do lado desse
povo em sua "luta contra a corrupção"?
E quem pode levar a sério uma causa que não busca, em primeiro lugar, o apoio de Deus?
As pessoas queixam-se de que suas passeatas, seus protestos, não surtem
efeito. Mas NADA que não tem força interior surte efeito jamais.
Foi por isso que, mais de vinte anos atrás, concluí que só havia um
meio – difícil e trabalhoso, mas realista -- de mudar para melhor o
curso das coisas neste país. Era preciso seguir, “sem parar, sem
precipitar e sem retroceder”, como ensinava o Paulo Mercadante, as
seguintes etapas:
1. Sanear a cultura superior, treinando jovens
para que pudessem produzir obras à altura daquilo que o Brasil tinha até
os anos 50-60 do século passado.
2.
Higienizar, assim, o mercado editorial e a mídia cultural, criando aos
poucos um novo ambiente consumidor de alta cultura e saneando, dessa
maneira, os debates públicos.
3. Sanear a grande mídia, mediante pressão, boicote e ocupação de espaços.
4. Sanear o ambiente religioso -- católico e protestante.
5. Sanear, gradativamente, as instituições de ensino.
6. Por fim, sanear o debate político.
Não existe “caminho das pedras”. Ou se percorrem todas essas etapas,
com paciência, determinação e firmeza, ou tudo não passará de uma
sucessão patética de ejaculações precoces.
Quanto ao ítem número um,
não se impressionem com os apressadinhos que, tendo absorvido
superficialmente alguns ensinamentos meus, já quiseram sair por aí,
brilhando e pontificando, com a presunção de “superar o Olavo de
Carvalho”. Esses são apenas a espuma, bolhas de sabão que o tempo se
encarregará de desfazer. Tenho ainda uma quantidade muito maior de
alunos bons e dedicados que continuam se preparando, em silêncio, para
fazer o trabalho sério no tempo devido.
É óbvio, e não deveria ser necessário explicar, que, nos parágrafos
sobre a degradação moral e cultural do país, o termo "os brasileiros"
designa somente aquela parte da população cujas opiniões se refletem na
grande mídia e no debate político, não à "maioria silenciosa", sobretudo
às classes mais baixas.
O de C
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